Onde tem diversidade, tem inovação
A evolução é inevitável e, quando penso nas corporações e no papel do RH diante ao tema inovação, imediatamente me vem à cabeça a palavra diversidade. Diversidade de ideias, diversidade de perfis, de pessoas, de formação, de habilidades, de soluções, de formas de trabalhar… Tendência que vem se consolidando em diversos segmentos. As startups aprenderam muito rápido que diversidade tem uma relação direta com inovação e criatividade das equipes. Equipes multifuncionais com ampla variedade de experiências, habilidades e perspectivas, certamente podem trabalhar inovação e transformações com muito mais fluidez e agilidade, pois têm condições de absorver conhecimentos e propor soluções de forma rápida e customizadas. Muitas pesquisas e estudiosos afirmam que empresas que investem na diversidade são mais lucrativas. Em um dos estudos mais recentes da Mckinsey & Company sobre diversidade no local de trabalho – a diversidade como alavanca de performance – reafirma a relevância universal do VÍNCULO ENTRE DIVERSIDADE E PERFORMANCE FINANCEIRA SUPERIOR. Mediu não apenas a lucratividade, mas também a criação de valor (ou lucro econômico) no longo prazo, além de examinar a diversidade em diferentes níveis da organização, estender o que se entende por diversidade (para além do gênero e das etnias) E OFERECER INSIGHTS SOBRE AS MELHORES PRÁTICAS. Mas é importante lembrar que ter profissionais diversos na equipe não é o suficiente, a inclusão deve ser genuína, fazer parte da cultura e resultar em produtividade e soluções diferenciadas para os desafios do negócio. Esse desafio já bateu na porta dos líderes de recursos humanos há algum tempo. Construir conexões pessoas-pessoas e pessoas-máquinas é a realidade. Para isso, as empresas devem se preocupar não somente em investir em tecnologia, mas também em um ambiente pautado por valores conjugados (empresa e pessoas) e que fortaleça essa realidade, a fim de atrair e reter os seus talentos. Aquelas que ficarem alheias a esse contexto não perderão somente seus melhores profissionais, perderão também mercado. A reputação das empresas não é restrita ao seu produto, mas ao ambiente de trabalho e a experiência vivida pelo profissional, que deve ser o mote do Employer Branding. Assim concluo: a diversidade cria espaço e estimula a inovação, além de ser pauta social, também gera vantagem competitiva e um grande impacto de imagem para a empresa.Percebeu como uma cultura de inovação depende, antes de tudo, das pessoas? Convidamos 5 profissionais de empresas como Cinemark Brasil, Itaú, Nugo Smart Cashless e PorQueNão? para realizarem webinars ao vivo e te ajudarem a se destacar para desequilibrar o mercado.
Como construir uma Cultura de Inovação Corporativa
Dois terços das empresas declaram que a inovação é crucial para sua sobrevivência. Mesmo assim, menos de um terço delas diz que está inovando de forma bem-sucedida para conseguir crescer e aumentar o faturamento. Se quase todas as empresas sabem que precisam inovar, por que a maioria parece não estar conseguindo? Em tempos em que a inovação parece ser mais necessária que nunca, é indispensável entender, acima de tudo, como inovar. 52% das 500 maiores empresas dos Estados Unidos desapareceram entre 2000 e 2017. Segundo Pierre Nanterme, CEO da Accenture, a chegada do digital foi a maior razão para que isso ocorresse. Segundo Nanterme, estamos passando por diversas novas ondas de inovação que vêm mudando todo o mundo dos negócios. Saber reconhecer e responder a essas inovações é fundamental para se manter relevante hoje e nos anos que virão. Os Três Pilares da Inovação Corporativa Matthew Le Merle e Alison Davis citam três grandes pilares necessários para qualquer empresa que deseja desenvolver uma cultura de inovação corporativa. São eles: 1) Líderes inovadores capazes de inspirar e espalhar a inovação para o resto da empresa A inovação é praticamente impossível se a liderança não estiver plenamente envolvida. O líder (ou líderes) de uma organização inovadora não são necessariamente as pessoas mais criativas do mundo, mas, sim, pessoas que possibilitam que a inovação ocorra dentro da companhia, derrubando barreiras e inspirando colaboradores. Pense em algumas das empresas mais inovadoras de todos os tempos. O que elas têm em comum? Líderes inovadores e inspiradores.A Disney, em seus primórdios com Walt Disney e, desde 2005, com Bob Iger. A Amazon, com Jeff Bezos A Tesla, com Elon Musk Um líder inovador, ao contrário do que muitos podem pensar, não é alguém que sabe todas as respostas e todos os caminhos para a inovação. O papel do líder inovador é, sobretudo, fazer as perguntas certas e dar autonomia aos seus colaboradores para que a inovação aconteça. Uma clássica frase de Steve Jobs serve bem ao caso: “Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que elas devem fazer; nós contratamos pessoas inteligentes para que elas possam nos dizer o que fazer”. 2) A inovação vista de forma estratégica Para o desenvolvimento de uma cultura de inovação corporativa é essencial que a inovação seja tratada de forma estratégica. Mesmo que um líder inovador esteja à frente da empresa, é necessário que a inovação esteja diretamente ligada à estratégia de negócio da companhia. Boa parte das grandes corporações tradicionais criam planos de negócios a serem revisados a cada seis meses ou um ano. A inovação, muitas vezes, é deixada de “lado” ou tratada como algo abstrato, sem metodologias ou acompanhamento. Visualizar a inovação de forma estratégica é alinhá-la à estratégia geral da empresa. Para construir uma cultura corporativa inovadora, é necessário um remodelamento dos planos de negócios, levando em conta metodologias para flexibilizar planejamentos de longo prazo. Gestores podem utilizar uma metodologia como a Scenario planning para visualizar o futuro e a inovação de forma mais ampla e levar em conta esses cenários futuros para a tomada de decisão. 3) Culturas que sustentam a inovação Além de líderes inovadores e inspiradores e uma visualização da inovação de forma estratégica, companhias inovadoras desenvolvem cultura que servem de base para que a inovação ocorra. Uma cultura de inovação busca que todos os seus funcionários, sejam eles a alta direção ou os operacionais, sejam apaixonados por encontrar melhores e mais inovadoras formas de atender os clientes. Só quando os colaboradores possuem autonomia para buscar prover o melhor para os clientes, cases como este, do Ifood, podem acontecer:Uma bebê de cinco meses, chamada Alice, fez um pedido de um prato de massa no iFood, por meio do celular da mãe. A mãe, ao perceber, entrou em contato com o iFood, que cancelou o pedido. Mais do que isso, a empresa enviou uma carta, um bicho de pelúcia e um celular de brinquedo para que a neném possa realizar seus pedidos. Apenas com uma cultura inovadora bem desenvolvida e autonomia é possível atingir esse nível de encantamento do cliente. Atributos culturais que sustentam a inovação Não existem fórmulas mágicas para criar uma cultura que sustente a inovação, contudo, existem algumas atributos que estão diretamente ligados a algumas das culturas de empresas mais inovadoras, são elas: Uma forte identificação com os consumidores e uma orientação geral à experiência do cliente; Paixão e orgulho pelos produtos/serviços oferecidos pela empresa; Respeito pelo talento e conhecimento técnico dos pares; Abertura a novas ideias vindas de clientes, competidores e fornecedores; Cultura de colaboração entre funções. Quem são os inovadores? Por fim, é importante perguntar: Quem, afinal, são os inovadores? É bastante provável que, dentro da sua companhia, já existam profissionais extremamente inovadores, mas que talvez não tenham tido a oportunidade de experimentar coisas novas. Esses intraempreendedores estão dispostos a ser obcecados pelos clientes, testar coisas, errar e aprender com os erros. Contudo, é necessário que seja dado a eles o ambiente e as condições favoráveis para que isso aconteça. Uma lendária história da Amazon, contada pelo seu engenheiro de software Greg Liden em seu blog, mostra como grandes inovadores e ótimas inovações muitas vezes estão “dentro de casa”. Liden relata que sempre gostou da ideia de criar um algoritmo de recomendações baseadas no que o usuário possuía no carrinho de compras da Amazon. Segundo Liden, essa ideia não era nova. Supermercados colocam doces perto dos caixas para que os clientes comprem impulsivamente e de última hora. Segundo Liden, a ideia do algoritmo era criar recomendações personalizadas, trazendo compras de última hora. Liden construiu um protótipo, modificando a página do carrinho de compras da Amazon para que surgissem recomendações de outros itens que você poderia gostar, baseado nos itens já adicionados. Ao mostrar o protótipo da feature, um vice-presidente sênior de marketing foi totalmente contra a ideia de Liden, dizendo que a funcionalidade poderia distrair os usuários na hora de fechar a compra. O engenheiro conta que foi expressamente proibido de continuar trabalhando