Gestão da Mudança organizacional nas crises: o papel do RH
A palavra da vez é mudança. Se na nossa vida pessoal estamos nos adaptando a transformações que exigem serenidade e resiliência, na vida profissional não tem sido diferente. As empresas foram surpreendidas pelo surto do novo coronavírus, que impôs uma necessidade de adaptação inédita em vários âmbitos das organizações. Mas sabemos que toda mudança gera resistência. E a pergunta mais importante é: durante uma crise em que a mudança é sinônimo de sobrevivência, temos tempo para perder? Um levantamento da Harvard Business Review identificou que 70% das mudanças propostas nas organizações não saem do papel. É um número preocupante, que revela o impacto negativo da resistência dos colaboradores e das lideranças nos processos de transformação nas empresas. Agora pare e pense: se em condições normais, sem uma crise generalizada, 7 entre 10 mudanças organizacionais falham, imagine no cenário que estamos vivendo. O fato é que o mundo como conhecíamos não é mais o mesmo! Todos, sem exceção, teremos que aprender outras maneiras de viver, trabalhar e colaborar. E como área estratégica das empresas, o RH precisa, mais do que nunca, enxergar o lado humano das mudanças e assumir o protagonismo dessas transformações. Se você entende o seu papel nesse momento mas não sabe muito bem como começar, então continue com a gente! Neste artigo, você vai descobrir o papel do RH na Gestão da Mudança organizacional em tempos de crise. Depois de ler, você entenderá que as transformações dependem das pessoas, e é por isso que você, profissional do RH, é uma das principais engrenagens da mudança! Confira! Gestão da mudança e resistências Entre as explicações para a dificuldade de implementar a mudança organizacional estão dois fatores principais. O primeiro é a resistência dos colaboradores à mudança. Aqui entra um dos grandes desafios do RH: engajar os colaboradores por meio do propósito e do diálogo. Nesse momento específico que estamos vivendo, as decisões precisam ser tomadas de maneira ágil e assertiva. Mas isso não significa que elas não possam contar com a contribuição dos colaboradores. Aposte na colaboração, na abertura. Afinal, a co-criação é sempre a melhor saída. O segundo ponto é a resistência dos líderes à mudança. Aqui, é fundamental criar uma relação de confiança entre líderes e colaboradores. Lideranças baseadas em comando e controle são as que mais apresentam resistência às mudanças organizacionais. O papel do RH nesse cenário é fomentar um elo mais estreito entre os líderes e os times. Essas ações aparentemente simples contribuem diretamente para amenizar a ansiedade dos colaboradores em momentos de incerteza. Como fazer a Gestão da Mudança organizacional? Como implementar uma mudança organizacional? Quão dispostas as pessoas estão a abraçar as transformações? Para responder a essa pergunta, é fundamental conhecer o perfil das pessoas que compõem uma organização. E o gráfico abaixo, que ilustra um padrão comportamental e psicológico durante as mudanças, nos ajuda muito nessa tarefa.Os primeiros dois grupos – os inovadores e os visionários –, que somam 16% do quadro de funcionários da empresa, são os que apoiam as mudanças com mais facilidade. Como profissional do RH, é fundamental que você busque essas pessoas dentro da organização e projete junto com elas os cenários pós-mudança. Na outra ponta do gráfico, porém, outros 16% dos colaboradores têm a visão oposta: são céticos, questionam a necessidade da mudança e, em alguns casos, negam uma realidade que é inquestionável. Entre esses dois grupos estão os conservadores (34%) e os pragmáticos (34%), que podem ser resistentes à mudança em alguma medida. Como fazer a Gestão da Mudança organizacional levando em consideração esses diferentes perfis? No próximo tópico, vamos conferir algumas ferramentas práticas que ajudam nesse processo. Com base no ADKAR, você conseguirá avançar na implementação das mudanças até que elas sejam, finalmente, uma realidade na sua empresa. ADKAR na Gestão da Mudança organizacional O ADKAR é uma ferramenta prática desenvolvida pela Prosci, líder mundial em soluções de Gestão da Mudança. É o resultado de uma profunda pesquisa de 20 anos que chegou a uma aparentemente simples, mas muito poderosa: as mudanças organizacionais só acontecem quando as pessoas mudam. E é aí que entra o seu papel como profissional do RH! Awareness (Consciência) Você concorda que as pessoas só caminham em direção a um mesmo destino quando entendem que essa é a melhor opção? Está aí o seu primeiro desafio: deixe claro que a mudança é a solução necessária para o momento – tanto para os líderes como para os colaboradores. Isso é gerar Awareness, criar Consciência de que algo precisa mudar. Nessa etapa, é necessário explicar quem é o “vilão”, ou seja, o problema a ser combatido, além de alertar sobre os riscos da ausência de mudança. Quanto mais esclarecedor for o diagnóstico do RH sobre a situação, maiores serão as chances de gerar consciência sobre a importância de mudar. Por isso, deixe claro também quais são os ganhos e as perdas relacionadas à mudança. Desire (Desejo) O próximo desafio do RH na Gestão da Mudança organizacional é fazer com que as pessoas desejem a mudança. É nessa etapa que elas compreendem os benefícios da transformação. A pergunta que deve guiar o profissional de RH nesse momento é: de que maneira eu consigo conectar a mudança organizacional às motivações e propósitos pessoais dos colaboradores? Como eu consigo trazer esse colaborador para o epicentro da mudança, para que ele assuma uma posição ativa? Quando o próprio colaborador consegue se ver no processo de mudança, a resistência tende a diminuir drasticamente. Mas atenção: o foco aqui é vender o seu projeto de mudança. É preciso combinar propósito, emoção e razão na medida certa para engajar os colaboradores. Knowledge (Conhecimento) É a etapa mais “mão na massa” da fase do engajamento. É nesse momento você precisa oferecer o maior número de informações possível sobre a mudança. Trata-se de um passo importante porque é natural que os colaboradores tenham dúvidas e receios diante da novidade. Vamos pegar um exemplo muito comum nesse cenário: o home office. É importante que o RH forneça ferramentas e conhecimento para esse
7 dicas para otimizar os estudos em cursos online
Muitas pessoas que não estavam habituadas a fazer cursos à distância agora têm as aulas remotas como parte da rotina. Se este é o seu caso, que tal conferir dicas para otimizar os estudos online? As medidas de isolamento social têm aberto novas possibilidades para a educação. E a procura por qualificação online cresce a cada dia! Por um lado, essa realidade é animadora, pois ela mostra que um grande número de pessoas está buscando se desenvolver nesse momento difícil que estamos vivendo. Mas, por outro, algumas medidas são necessárias para garantir que o aprendizado em casa seja pra valer! Para e pense por um minuto: as salas de aulas presenciais são projetadas para oferecer estrutura adequada para o ensino, blindar as distrações e garantir mais eficácia no processo de aprendizagem. A disposição das cadeiras, a iluminação, a sonoridade, tudo é pensado para garantir que o conteúdo seja transmitido com o máximo de precisão. Obviamente, uma sala de estar, um quarto ou qualquer outro cômodo de uma casa não cumpre tem os mesmos objetivos. Por isso, é fundamental que você – ou seja, o aluno – seja o responsável por otimizar os seus estudos! Neste artigo, nós listamos 7 dicas infalíveis para você garantir a melhor experiência em cursos online. Depois de segui-las à risca, você com certeza vai ganhar mais foco e sentir mais facilidade em assimilar o conteúdo das aulas. Confira! 1) Abrace o compromisso A principal adequação que você precisa fazer para absorver ao máximo um curso online começa dentro de você. Sim, antes de qualquer coisa, você precisa abraçar o compromisso para valer! Por que você decidiu fazer o curso? Como a sua vida pode melhorar depois de realizá-lo? Quanto mais nítidas estiverem essas respostas para você, maior será o seu engajamento com o conteúdo! 2) Evite muito conforto A regra número 1 para quem quer otimizar os estudos online é evitar excesso de conforto durante as aulas. Isso mesmo: nada de sofá, cama, poltronas e luz amarela! A mesa continua sendo o melhor lugar para aprender. Pode ser na sua escrivaninha ou na mesa da sala de estar. O importante é que você evite assentos muito confortáveis e se acomode em uma cadeira que ajude você a manter a postura ereta e adequada. Isso porque, além de ajudar na concentração, o cuidado com a postura evita o cansaço físico, dores nas costas e a má circulação. Se possível, escolha uma cadeira ajustável e posicione a tela do notebook ou computador na altura dos olhos. 3) Escolha um local privado e silencioso O silêncio ajuda muito no aprendizado. Por isso, escolha o local mais silencioso e privativo da casa antes de iniciar a aula. Uma das dicas é evitar ter um grande campo de visão à sua frente. Essa ação simples ajuda muito a diminuir os focos de desatenção durante o seu aprendizado. 4) Prepare os dispositivos tecnológicos Depois de sentar-se em uma mesa adequada e reduzir ao máximo os pontos de distração, prepare os dispositivos tecnológicos, outro passo fundamental para otimizar os estudos online. Se possível, dê preferência total ao notebook ou computador. A sua experiência será muito mais positiva. Antes de começar, conecte o notebook ou computador à tomada, certifique-se de que está com o seu fone de ouvidos (e se ele for sem fio, certifique-se que tem bateria suficiente para toda a aula). O celular? Desative as notificações das mídias sociais e ative o modo silencioso (deixe o Instagram, o whatsapp e o Facebook para depois). Outra dica é fechar todas as abas do navegador que não estiverem sendo usadas no momento do curso. E o mais importante: tenha certeza de que a sua conexão com a internet está boa o suficiente para evitar interrupções durante as aulas. Por mais breve que seja, a espera de 10 segundos para um vídeo carregar pode atrapalhar o seu rendimento. 5) O seu horário preferido pode não ser o mais adequado Um dos pontos mais positivos do ensino à distância é a autonomia que o aluno tem para decidir quando dar play no conteúdo das aulas. Mas essa liberdade pode jogar contra o seu aprendizado se não for aplicada com cautela e disciplina. A gente explica! Vamos pegar um exemplo: se você prefere estudar no período da tarde, mas esse é justamente o momento em que há grande circulação de pessoas na sua casa, talvez seja necessário mudar. Tão importante quanto fazer o curso no horário de sua preferência é garantir que você não terá distrações e conseguirá absorver o conteúdo da melhor forma. Por isso, tente conciliar os horários em que você se sente mais confortável para estudar com os horários em que haverá menos distrações no ambiente. Ah, e não esqueça: antes de começar a aula online, avise todos da sua casa que você só deve ser interrompido em situações excepcionais. 6) Deixe ao lado bloco de anotações e água A regra número um da produtividade é simples: o que não é anotado não é lembrado! Pode ser em um caderno ou em um bloco de anotações digital, você escolhe! O importante mesmo é você registrar tudo que você identificar como útil ou interessante no curso, além de não deixar passar aquele super insight que surgiu. Nós somos bombardeados o dia todo com notícias, conteúdos e estímulos. Confiar plenamente no nosso cérebro, já sobrecarregado, pode ser um tiro no pé. Não pense duas vezes: anote tudo que julgar relevante (mesmo se precisar pausar a aula). Seu aprendizado certamente será melhor com essa prática. Ah, e por último, mas não menos importante, tenha sempre uma garrafa de água do seu lado! 7) Ensinar também é aprender Pode soar apenas como mais uma frase pronta, mas não duvide: quem ensina aprende duas vezes! Você gostou do conteúdo que absorveu em uma determinada aula? Então compartilhe esse conhecimento! O ato de transmitir conhecimento, explicando por que outra pessoa deveria se interessar por ele, ajuda você a organizar os pensamentos e absorver dele o que é mais importante e