Como calcular o ROI em treinamentos corporativos?

Se você é profissional de RH, certamente já se deparou com algumas destas perguntas:  Como comprovar em números que a educação corporativa é rentável e efetiva?  Como proteger o orçamento dos treinamentos corporativos em um momento de corte de despesas?  Esse desafio, que já era um ponto sensível para a área de Recursos Humanos, se tornou ainda maior com a pandemia do novo coronavírus. Em um período de contenção de gastos, é compreensível que a alta gestão passe a considerar uma redução de despesas em diversas áreas e setores da organização. O problema é que essa contenção pode barrar ações fundamentais para a recuperação da empresa, como o treinamento e a requalificação dos colaboradores para novas funções e desafios. Nesse momento, o poder de argumentação e negociação do RH é determinante para justificar e defender o investimento no capital humano da organização. É aí que entra a importância de calcular com precisão o Retorno Sobre o Investimento (ROI) em treinamentos corporativos, tanto de hard skills como de soft skills. Para ajudar você nessa tarefa, nós listamos 5 passos para você calcular o ROI das iniciativas de educação corporativa do RH da sua empresa. Quer entender como mensurar o desenvolvimento das habilidades profissionais? Então continue com a gente! Passo 1 – Faça o levantamento dos custos do treinamento O primeiro passo é levantar todos os custos (diretos e indiretos) envolvidos no planejamento, contratação e avaliação dos resultados dos treinamentos. Você deve considerar tanto o custo do programa em si como as horas de trabalho que os colaboradores ficam em qualificação.  Quando o treinamento é realizado presencialmente, despesas como aluguel de espaços físicos, deslocamento dos colaboradores e materiais usados nas dinâmicas também entram na conta.  Já em treinamentos corporativos online, essas despesas geralmente não precisam ser contabilizadas.  Aliás, esse é um argumento valioso para o RH durante a crise. Afinal, em um cenário de corte de despesas, a contratação de um programa de treinamentos online pode ser a alternativa mais viável para desenvolver os colaboradores gastando menos, dependendo do custo da plataforma usada. Passo 2 – Selecione indicadores e resultados que você deseja avaliar Como sabemos, o objetivo do cálculo do ROI é comprovar o custo-benefício dos treinamentos corporativos à alta gestão da empresa. E, para chegar a números convincentes, a escolha dos indicadores que o RH vai avaliar é fundamental. Nesse ponto, um das opções é co-criar os indicadores com os integrantes dos times, que vivem diariamente os desafios de suas funções. Os indicadores e resultados podem ser organizados em dois campos principais: os de fácil mensuração e os de difícil mensuração. Resultados mais objetivos e tangíveis, como o aumento no número de vendas ou o crescimento da participação no mercado, podem ser mensurados mais facilmente com a ajuda de dados.  A comparação dos números antes e depois de um treinamento de vendas e negociação, por exemplo, é uma opção relativamente simples no processo de cálculo do ROI. Já a mensuração dos indicadores menos objetivos, geralmente relacionados ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais, é um pouco mais complexa, mas não impossível.  Vamos pegar o exemplo de um treinamento que tenha como objetivo a melhoria no engajamento dos colaboradores.  O primeiro passo é definir o que significa engajamento para a sua organização e, depois, desenhar uma estratégia para mensurá-lo. Pesquisas de satisfação ou entrevistas com os colaboradores podem ajudar nesse sentido. Como suporte às empresas parceiras, a Conquer ajuda os RHs a identificarem as melhores estratégias para traduzir essas melhorias em números.  Afinal, não existe fórmula estática: o segredo é você selecionar os indicadores e as métricas mais apropriadas para o cálculo do ROI de cada tipo de treinamento. Passo 3 – Atribua um valor monetário aos resultados Depois de identificar quais aspectos a empresa deseja avaliar, é necessário atribuir um valor monetário aos resultados. Na prática, isso significa expressar em números as vantagens financeiras que a empresa obteve com os treinamentos. É possível calcular os resultados mais objetivos, como a produtividade, com base no volume de entrega dos colaboradores. Vamos pegar como exemplo um analista de marketing que produz, semanalmente, 3 entregas fixas relacionadas à estratégia de comunicação da empresa.  Se após um treinamento de Produtividade e Alta Performance ele passar a realizar 4 entregas semanais, o resultado do treinamento será o aumento de 33% em sua produtividade. Essa taxa deve ser usada para calcular o valor monetário do treinamento com base no salário do colaborador. Para outros cenários, porém, chegar ao valor monetário é uma tarefa mais complexa, principalmente quando os resultados do treinamento são menos objetivos e tangíveis. Nesse caso, uma das saídas é utilizar a avaliação dos líderes dos times, que acompanham de perto o desempenho de seus liderados. Mas como fazer?  Antes de realizar um treinamento, peça para o líder de um time avaliar numericamente (pode ser 0 a 100, por exemplo) habilidades como complexidade das entregas, colaboração e assertividade na comunicação de seus liderados. Depois de treiná-los, solicite que o líder refaça o procedimento.  Para atribuir o valor monetário ao resultado, é só comparar os números anteriores e posteriores ao treinamento, transformá-los em porcentagem e aplicar ao salário dos colaboradores. Vamos para um exemplo: ao comparar os números levantados por um líder antes e depois do treinamento com o seu time, o RH chega aos seguintes resultados: Entregas 15% mais complexas Melhoria de 15% na capacidade de colaborar e co-criar Desenvolvimento de 10% na assertividade da comunicação Para encontrar a média geral de crescimento da performance do time, some as porcentagens e divida pelo número de habilidades avaliadas: 15% + 15% + 10% / 3 = 13,3%.  Depois, aplique essa média geral ao salário dos colaboradores do time para mensurar o retorno financeiro que o treinamento gerou à empresa. Sempre vale lembrar: o método e as métricas escolhidas variam de acordo com a habilidade avaliada e a natureza do treinamento. De toda forma, é fundamental mostrar à alta gestão que o ROI está sendo calculado da forma mais objetiva possível. Passo 4 – Isole os efeitos

Metodologias ágeis: o que são e quais os principais tipos

Na era da transformação digital, desenvolver produtos e serviços visando entregas rápidas e com qualidade tornou-se ainda mais importante para as empresas. Os modelos tradicionais, lentos e burocráticos, já não são capazes de acompanhar essa velocidade. Foi para agilizar esse processo que surgiram as metodologias ágeis.  O bom gerenciamento de um projeto exige alinhamento entre os membros da equipe, comunicação clara e assertiva e objetivos bem definidos. As metodologias ágeis utilizam algumas práticas para garantir que esses processos sejam otimizados e, por isso, têm se tornado tão populares entre profissionais e empresas que buscam tornar o seu trabalho mais eficiente.  Neste artigo, você vai entender o que são metodologias ágeis, conhecer os tipos mais comuns e saber qual se adequa mais à sua rotina profissional e aos seus projetos. Confira!  Manifesto Ágil: como surgiu Apesar de algumas metodologias serem anteriores a isso, em fevereiro de 2001, 17 profissionais se reuniram em Utah, nos EUA, para debater novas abordagens para o desenvolvimento de produtos e serviços de software. Como resultado dessa reunião, foi criado o Manifesto Ágil.  O objetivo era resolver problemas comuns de métodos convencionais, desde as fases demoradas da produção até os prazos de entregas prolongados. A intenção era construir uma ferramenta que ajudasse na gestão e na construção de softwares ágeis, focando no cliente e entregando uma experiência positiva para ele.  Por serem desafios enfrentados por diferentes setores e empresas, houve uma rápida expansão das metodologias para projetos que vão além da área de tecnologia. Assim, o Manifesto Ágil passou a impactar diversas organizações, contribuindo para transformações que refletem em entregas mais rápidas, produtivas e inovadoras.  O que é o Manifesto Ágil? O Manifesto Ágil é uma declaração composta por 12 princípios e 4 valores essenciais para o desenvolvimento de softwares. Servindo como um guia para as equipes, o Manifesto orienta as ações, ferramentas e estratégias utilizadas no gerenciamento de projetos, buscando maximizar os resultados. Apesar de alguns itens serem bastante específicos para o desenvolvimento de softwares, é possível adaptá-los para as demais áreas de atuação. 12 princípios do Manifesto Ágil 4 valores do Manifesto Ágil Ou seja, mesmo havendo valor nos itens à direita, os itens à esquerda são os mais priorizados. O que são metodologias ágeis? A partir do Manifesto Ágil, surgiram as diferentes metodologias utilizadas para implementar seus princípios e valores. Propondo etapas de desenvolvimento mais curtas, objetivos claros e bem definidos, foco na melhoria contínua dos processos, alinhamento da equipe e feedback constante, esses métodos buscam transformar os processos de trabalho engessados e garantir maior fluidez no desenvolvimento dos projetos. A mudança tornou mais simples a identificação de erros durante a execução do projeto e garantiu maior flexibilidade e adaptabilidade para os profissionais envolvidos. Metodologias ágeis: quais são? Após entender melhor o que são e a origem das metodologias ágeis, é fundamental conhecer os principais tipos para entender qual é o melhor para o seu projeto e a sua empresa. Por isso, listamos abaixo as 4 principais metodologias ágeis utilizadas por grandes empresas: 1) Scrum O Scrum é, possivelmente, o método ágil mais difundido do mercado atualmente. Esse framework, criado por Ken Schwaber e Jeff Sutherland, é utilizado para gestão de projetos e organização de equipes. Para garantir a efetividade do método, os membros da equipe possuem funções e responsabilidades bem definidas no processo: Na prática, o Scrum é dividido em Sprints, intervalos definidos para o desenvolvimento das etapas dos projetos. Cada Sprint possui um Increment, objetivo final a ser alcançado, e, ao fim de cada etapa, acontece a Sprint review, uma revisão do produto para validação. Depois disso, a equipe realiza o Sprint planning, reunião que antecede o início de um novo Sprint, para definir o próximo objetivo e o plano de ação a ser seguido. As etapas são repetidas até o desenvolvimento do produto final. 2) Kanban O método Kanban é ótimo para aqueles que gostam de checklists. Simples e fácil de colocar em prática, ele foca nos fluxos de um sistema bastante visual. Um conjunto de cartões contendo as demandas de um projeto percorrem 3 colunas dispostas em um quadro, físico ou digital. As 3 etapas que dão nome às colunas são: Apesar de ser bastante simples, é preciso que a equipe esteja engajada para fazer o método Kanban funcionar. Essa metodologia ágil exige atualização e acompanhamento constante das demandas que estão sendo realizadas e do avanço delas entre as colunas. 3) Lean Conhecido no mundo das startups, o método Lean é indicado para validação de ideias e hipóteses no desenvolvimento de produtos. Um de seus principais focos é identificar e eliminar de maneira eficiente os desperdícios dentro de uma organização ou durante a execução de um projeto. Dessa forma, existe uma redução de custos, diminuição da complexidade das tarefas, resultando em maiores níveis de produtividade, melhores entregas e compartilhamento de informações mais efetivo. Os três passos do método Lean são: Eric Ries, empreendedor e autor do livro The Lean Startup, reforça a importância de se trabalhar com MVPs na execução de um projeto. O Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável) é considerado uma versão funcional mais simples do produto. Ele é utilizado para validar ideias e reunir aprendizados sobre a produção antes de investir mais tempo e recursos na versão completa que será lançada ao mercado. 4) Smart Utilizada para traçar metas objetivas e realistas para a empresa (ou para si mesmo), a metodologia Smart se baseia em 5 princípios indicados nas letras de seu nome: Empresas que utilizam métodos ágeis Em cenários competitivos, as empresas têm percebido a importância de processos mais eficientes, marcados especialmente por prazos cada vez mais reduzidos, seja para produtos ou serviços. Ao adotar metodologias ágeis, as organizações conseguem garantir processos mais curtos, objetivos e eficientes. Por isso, as metodologias ágeis têm sido adotadas por empresas dos mais diferentes setores. O que antes era aplicado a companhias de softwares e tecnologia, hoje faz parte de toda empresa que quer se manter competitiva e inovadora no mercado.  Entre os benefícios do uso das metodologias ágeis