Como escolher o curso ideal para você em 6 passos
Produtividade, inteligência emocional, oratória e negociação: entre essas habilidades, você sabe qual deve desenvolver primeiro? Se você entende que todas essas habilidades são importantes para os profissionais que querem ir além, independente do estágio da carreira e da área de atuação, é compreensível ficar em dúvida sobre qual escolher. E o momento em que vivemos potencializou ainda mais essa dúvida. A busca por cursos online durante a pandemia cresceu de uma maneira muito expressiva: de acordo com a Udemy, o número de matrículas de curso online cresceu em mais 400% no mundo todo. Além de não ter certeza por qual habilidade começar, a oferta de cursos online cresceu significativamente e tornou a escolha ainda mais complexa. Com tanta oferta de cursos, como escolher o primeiro? E qual habilidade priorizar? Se você ainda não sabe por qual habilidade começar, listamos 6 passos que vão te ajudar a escolher o próximo curso que vai potencializar o seu desenvolvimento. Confira! 1. Entenda quais são as habilidades que o mercado busca Entre as habilidades que devem estar em constante desenvolvimento e são muito buscadas pelo mercado de trabalho, as Soft Skills podem fazer toda a diferença na sua carreira. São as habilidades comportamentais, sociais e emocionais que fazem de você um profissional de diferenciado e de destaque. Elas trazem impactos reais no seu dia a dia no trabalho, como por exemplo: Produtividade Por mais que muitas pessoas ainda acreditem que ser produtivo significa fazer mais em menos tempo, essa habilidade está associada com priorização, eficiência e consistência. Trata-se de planejamento e priorização de tarefas. Ao desenvolver a produtividade no trabalho, você prioriza aquilo que é realmente importante e foca nas atividades que precisam ser concluídas. Assim, você passa a ter mais controle do seu tempo e trabalhar de forma inteligente. Inteligência Emocional Uma pesquisa da TalentSmart, uma das mais importantes consultorias empresariais, mostrou que 58% do desempenho de qualquer profissional está ligado à inteligência emocional. E os profissionais de RH valorizam essa habilidade: um estudo do Career Builder aponta que 71% dos executivos responsáveis por contratações valorizam mais a inteligência emocional do que o QI. Alguns dos aspectos da inteligência emocional: lidar com situações de crise, pressão e estresse, adaptar-se rapidamente, desenvolver seu controle emocional e saber lidar com os demais de maneira empática fazem uma grande diferença no dia a dia. Oratória As pessoas têm mais medo de falar em público do que da própria morte, segundo uma pesquisa realizada na Inglaterra. Apesar do medo, saber comunicar suas ideias de maneira clara, assertiva e original é uma importante habilidade para o crescimento profissional. Criar mensagens claras e assertivas também contribuiu para suas relações interpessoais, evitando ruídos na comunicação e contribuindo para a resolução de problemas na sua empresa: o especialista em gestão de negócios, Peter Drucker, diz que 60% dos problemas das empresas são consequências de falhas na comunicação. Negociação Por mais que negociar pareça exclusividade de profissionais de vendas ou negócios, essa é uma habilidade que se aplica à rotina de todo profissional. Isso porque negociar é o processo de encontrar uma solução para todas as partes interessadas, chegando a um resultado que satisfaça a todos. Como estamos constantemente criando e expondo argumentos, conhecer as técnicas de negociação contribui justamente para o aumento do poder de convencimento ao apresentar ideias e, assim, o profissional com essa habilidade consegue chegar mais vezes ao sim. 2. Exercite o seu autoconhecimento Conhecer as habilidades e ter a vontade de desenvolvê-las é um passo muito importante. Agora que você já deu esse passo, é preciso entender o seu momento profissional, o estágio da sua carreira hoje e onde você quer chegar. Neste artigo, você vai entender como fazer isso, conhecendo mais 6 dicas de como desenvolver sua carreira. Além disso, preparamos um diagnóstico para você avaliar cada uma das Soft Skills. Nele, você vai entender o seu nível em cada uma das habilidades mais procuradas pelo mercado. Ao final, quanto maior a sua nota, mais desenvolvida está essa habilidade. >> Avalie suas Soft Skills e saiba como ser um profissional de destaque 3. Crie a sua matriz de priorização Depois de fazer o diagnóstico e entender o nível de desenvolvimento de cada uma das habilidades, este é o momento de criar uma matriz de priorização. Como já comentamos, todas essas habilidades são fundamentais para todos os profissionais, mas é importante saber por onde começar. Para isso, você pode usar a Matriz de Eisenhower, que é uma ferramenta que ajuda a definir suas demandas e organizar a prioridade delas a partir da urgência e importância de cada uma delas. Neste modelo adaptado, você vai considerar: Urgência da habilidade: quanto menor a nota sinalizada no diagnóstico, mais urgente é a necessidade de desenvolver a habilidade. É importante lembrar que, mesmo nas habilidades com maior nota, sempre é possível desenvolver e aperfeiçoá-las. Assim, elas não ficam de fora da matriz de priorização. Aplicabilidade no seu dia a dia: quanto de impacto positivo e resultados imediatos essa habilidade vai trazer ao seu dia a dia, transformando sua rotina a curto prazo. Com o resultado do diagnóstico em mãos, distribua as habilidades na matriz da seguinte maneira: Q1: habilidades que tiveram a menor nota e que podem transformar a sua rotina de trabalho imediatamente. Q2: habilidades que tiveram notas médias ou altas mas que podem ter grande impacto no seu dia a dia de trabalho. Q3: habilidades que tiveram notas mais baixas mas que têm menor aplicabilidade imediata na sua rotina, sem considerar o médio e longo prazo. Q4: habilidades que tiveram notas altas mas que são menos aplicáveis ao seu dia a dia hoje, não considerando o médio e longo prazo. E vale reforçar: esta ferramenta é uma matriz de priorização, e não significa que as habilidades que estão no Q4 não devem ser desenvolvidas. Todas as habilidades são importantes e devem ser constantemente desenvolvidas pelas pessoas que querem ser profissionais de destaque. Essa visualização a partir da ferramenta ajuda a entender por onde começar. 4. Conheça os tipos
Saúde mental no trabalho: 5 aprendizados para o RH
A saúde mental no trabalho e o bem-estar dos colaboradores foram alguns dos temas mais sensíveis para os profissionais de Recursos Humanos em 2020, e há motivos de sobra para tanto destaque. A pandemia afetou o emocional dos colaboradores em escala global. Uma pesquisa da Mental Health Association of Hong Kong identificou que 87% dos funcionários sofreram com o estresse no trabalho nos últimos meses. A reação emocional diante do desconhecido também gerou recordes nas buscas por informações sobre saúde mental na internet. Pesquisadores do Qualcomm Institute, da Universidade da Califórnia em San Diego, analisaram as tendências de buscas no Google e descobriram que, a partir de março de 2020, o volume de procuras ligadas aos termos “ansiedade”, “ataque de pânico” e “sinais de ataque de ansiedade” foi o maior em 16 anos. No Brasil, o cenário também exige atenção redobrada. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, a ansiedade é o transtorno mais comum entre os brasileiros durante a pandemia: 86,5% dos participantes do estudo admitiram estar mais ansiosos. Não à toa, o Brasil é o país que mais sofre de ansiedade em decorrência da pandemia, de acordo com pesquisa do Instituto Ipsos realizada em 16 países. Não há mais dúvidas de que o desafio emocional está no centro dos debates de toda a sociedade. E nas organizações, essa preocupação mais que necessária está sob os cuidados do RH. Em grande medida, as empresas têm desenvolvido projetos, iniciativas e maneiras de cuidar da saúde mental dos colaboradores. Mas o que a pandemia deixou de ensinamentos sobre esse tema para 2021? Quais aprendizados desse período devem ser levados em consideração no ano que vem? Para ajudar você a assimilar essas lições e planejar ações futuras na sua organização, nós listamos 5 aprendizados de 2021 para o RH quando se trata de saúde mental no trabalho. 1) Saúde mental deixou de ser tabu Foi-se o tempo em que falar sobre vulnerabilidade, instabilidade emocional e ansiedade era demonstração de fraqueza. A preocupação com a inteligência emocional dos colaboradores, que já era crescente antes da pandemia, ganhou uma relevância inédita. Em outras palavras, falar sobre saúde mental não é mais um tabu, é necessário. Para as organizações, principalmente para a área de Recursos Humanos, o desafio é incluir a promoção da inteligência emocional e do bem-estar como um dos pilares da experiência do colaborador. Existem diversas maneiras de abraçar o tema no cotidiano das empresas, e é sobre elas que falaremos no próximo tópico. 2) Não existe uma receita pronta Diante de situações de incerteza e insegurança, que exigem cuidado redobrado com a saúde mental, não há uma receita pronta que possa ser aplicada pelos RHs em todas as circunstâncias. Isso porque as soluções mais eficazes são justamente as que levam em consideração a cultura da organização, o modelo de negócio e o perfil dos colaboradores. Uma das opções é realizar uma pesquisa de clima organizacional para identificar as maiores dores dos colaboradores que podem ser solucionadas com iniciativas de saúde mental e inteligência emocional. Com o resultado em mãos, algumas empresas entendem que o melhor caminho é criar parcerias de benefícios ligados à saúde mental, psicoterapia e outras iniciativas de promoção do bem-estar. Já outras organizações concluem que a melhor saída é elaborar um programa de treinamentos focado em inteligência emocional, autoconhecimento e outras habilidades importantes para esse momento desafiador. Por isso, em vez de tentar implementar estratégias que deram certo em outras organizações, prefira elaborar soluções customizadas e adequadas à realidade da sua organização. 3) O papel dos líderes é fundamental Em paralelo às ações de RH voltadas para a saúde mental e a inteligência emocional dos colaboradores está a atuação dos líderes. As iniciativas do RH e a postura dos gestores precisam estar alinhadas para que, juntas, se revertam em mais bem-estar e saúde mental para os colaboradores. Por isso, é essencial que o líder assuma uma postura de vulnerabilidade e seja acolhedor com os liderados, em uma relação mútua de empatia. Ao estimular o autocuidado, manter uma comunicação consistente com os times e tratar os liderados de forma personalizada, o líder se transforma em uma referência que tem como pilares a inspiração e a identificação. 4) Precisamos ressignificar a alta performance Não é novidade para o RH que o bem-estar emocional aumenta a produtividade dos colaboradores. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, um funcionário feliz é 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% mais. Mas, recentemente, um debate muito importante tem ganhado força nas organizações. Diante de um cenário atípico como o que estamos vivendo, o que significa alta performance? Ela é sempre sinônimo de bem-estar? Na pesquisa Termômetro da Crise, realizada pela Pulses – startup que presta serviços ligados à Gestão de Pessoas –, 82% dos respondentes admitiram ter sentido algum nível de ansiedade durante o período de isolamento social. Ao mesmo tempo, 79% dos participantes do estudo se sentem muito mais produtivos durante a pandemia. Na prática, esses dados, que parecem contraditórios, apontam para um aprendizado de 2021 para o RH: nem sempre a produtividade elevada dos colaboradores significa bem-estar. Muitas vezes, ela é resultado de um conjunto de fatores que envolve ansiedade, incerteza e medo, que a médio e longo prazos podem ser prejudiciais ao colaborador e à empresa. Trabalhar em excesso, sem cuidar da saúde emocional não é sustentável a longo prazo. Para 2021, o desafio do RH é desenvolver um olhar mais analítico sobre a atuação dos colaboradores, em um esforço constante de ressignificar o que é a alta performance e aliar entregas rápidas e de qualidade com o bem-estar emocional. 5) Organizações são corresponsáveis pela saúde mental Quando se tratar de saúde mental e trabalho, um dos maiores ensinamentos de 2021 para o RH é que, mais do que nunca, as empresas são corresponsáveis pelo bem-estar e pela inteligência emocional dos colaboradores. Nesse cenário, o individualismo precisa dar lugar à individualidade, ou seja, é necessário entender que todos e todas, sem exceção, estão passando por situações