5 tendências e 4 regras para entender o consumidor 4.0

Em 2024, aproximadamente 125,6 milhões de brasileiros realizaram pelo menos uma compra online, representando um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Esse número equivale a cerca de 88% da população conectada à internet no país. A forma como o brasileiro compra pela internet está mudando e rápido. Compreender esta tendência é crucial para os vendedores, mas também é fundamental para quem quer compreender a dinâmica de consumo na era da economia 4.0. Por isso, atenção: Entender o comportamento do consumidor online é compreender sua jornada de compras também no offline. No mundo todo o consumidor se transforma. Mas há um “jeitinho brasileiro” de lidar com o e-commerce — peculiaridades do nosso país que devem ser levadas em conta: O e-commerce brasileiro por muito tempo foi elitizado. Um privilégio das classes alta e média; A inclusão das classes de menor poder aquisitivo é maior a cada dia. E depende muito dos smartphones e na flexibilização dos meios de pagamento; O brasileiro gosta de navegar na internet e ama redes sociais. O Brasil é um país continental e com problemas graves de infraestrutura. O que impõe um desafio a mais na hora da entrega. Além disso, a confiança dos consumidores nas compras online aumentou, devido à melhoria na segurança das plataformas e à eficiência na logística de entregas. Segundo a Ebit-Nielsen, o país está no penúltimo nível de consumo na rota do e-commerce: o de bens não-duráveis.Vejamos o que diz a consultoria: “Produtos das categorias de Entretenimento (ingressos de show, cinema), Turismo/Serviço (restaurante delivery, passagens aéreas e reservas de hotéis) e Bens Duráveis (eletrônicos, eletrodomésticos, livros, móveis, etc) já são representativos tanto em termos de volume de vendas quanto em relação a empresas que atuam com excelência. Chegou o momento das categorias de produtos de giro rápido (FMCG, abreviação em inglês) apresentarem crescimento no e-commerce brasileiro.” Em resumo, o brasileiro já compra ingresso pro show, passagem de avião e celular pela internet. Agora ele está comprando vinhos, fraldas e perfumes. O próximo passo é fazer tal qual os chineses e comprar frutas, verduras e até mesmo lagostas vivas (por que não?) pelo smartphone. Mas isso fica para o futuro. 5 grandes tendências do consumidor virtual brasileiro em 2024 Com base nas edições mais recentes do relatório Webshoppers e em outras pesquisas de mercado, destacamos as seguintes tendências no comportamento do consumidor online no Brasil: Predominância do uso de smartphones para compras O smartphone consolidou-se como o principal dispositivo para compras online, com 73% dos consumidores preferindo essa plataforma. A conveniência e a conectividade proporcionadas pelos dispositivos móveis impulsionaram essa preferência. Crescimento expressivo do e-commerce de produtos de giro rápido (FMCG) Categorias como alimentos, bebidas, higiene e beleza registraram crescimento significativo. Por exemplo, as vendas de alimentos aumentaram 18,4% em faturamento bruto, enquanto higiene e beleza cresceram 17,8% no primeiro semestre de 2024. Influência dos influenciadores digitais nas decisões de compra Cerca de 45% dos consumidores afirmaram já ter adquirido produtos indicados por influenciadores, especialmente nas plataformas Instagram (52%) e YouTube (46%). Esse comportamento é mais pronunciado entre mulheres de 16 a 29 anos. Integração entre canais físicos e digitais (Omnicanalidade) A experiência de compra omnicanal tornou-se essencial, com consumidores esperando uma transição fluida entre lojas físicas, online e aplicativos. Marcas que oferecem essa integração aumentam significativamente a taxa de recompra. Adoção de tecnologias emergentes e personalização O uso de Inteligência Artificial para oferecer experiências de compra personalizadas tornou-se uma expectativa padrão. Ferramentas que recomendam produtos com base no histórico de navegação e preferências dos consumidores estão em alta . 4 regras para surfar nas vendas online Com base nos apontamentos da Ebit/Nielsen, confira quatro regras para estar em dia com a dinâmica do e-commerce brasileiro: 1. Pense na experiência do consumidor O consumidor está cada vez mais exigente. Isto exige uma experiência que seja cada vez mais (a) simples (b) fácil, e (c) rápida. 2. Compreenda seu portfólio Cada vez mais categorias são alvo de compras via e-commerce. O número de consumidores também cresce. Isso torna essencial que as empresas compreendam seu portfólio, e compreendam quais produtos trabalhar online e em qual ferramenta. 3. Reputação de ponta a ponta A experiência do consumidor em todos os estágios impacta na relação dele com a marca. Por isso desde a intenção de compra até o pós-venda, tudo impacta na experiência do consumidor e na reputação da marca. 4. Multicanais se complementam Online e Offline são complementares. Mas são canais diferentes. Definir como cada canal pode coexistir, contribuindo para o modelo de negócios e sem sobrepor suas propostas de valor é fundamental. E-commerce e os insights para a economia 4.0 Na década passada era comuns as notícias de marcas que inauguravam suas “lojas virtuais”. Os sistemas para vender via internet eram modernos, caros e pouco acessíveis. Seu retorno também era pequeno, por muitos anos as vendas do canal web não passou de traço nos relatórios para investidores dos grandes grupos varejistas do país. Mas iniciativas daquela época já davam sinais do que estava por vir.  O Jornal de Campos, publicado pelo UOL, por exemplo, veiculou em agosto de 2003, que a Magazine Luiza inaugurava uma moderna loja em Campos do Jordão (SP). Dizia a reportagem: “A moderna loja é virtual, isto é, o cliente é atendido por um recepcionista-vendedor e se coloca frente a um dos diversos terminais de computador. Ali ele escolhe o tipo de produto que pretende adquirir” (SIC) Era o antepassado do conceito omnichannel. De lá para cá muita coisa mudou. As grandes lojas cresceram e viraram marketplace, e surgiram plataformas como Mercado Livre e Olist, que abrem caminhos para pequenos vendedores online. Quem também mudou foi o consumidor. Que hoje acessa uma internet razoável da tela de um celular mediano que pode custar cerca de R$ 500. E está em contato permanente com marcas e produtos nas redes sociais. As mudanças que ocorreram no e-commerce não dizem respeito somente às vendas virtuais. Dizem respeito à economia. Ao mundo 4.0 Entender esta nova dinâmica de consumo é um esforço importante até mesmo para empresas que vendem para outras empresas (B2B). Seu cliente pode não

Como fazer um plano de estudos eficiente em 4 passos

Vicente Falconi, um importante consultor em gestão, disse que existem dois motivos pelos quais as pessoas não atingem seus objetivos: elas não fizeram um bom plano de ação ou elas não executaram seu plano de ação.   Essa reflexão é válida para diversos aspectos, que podem ser profissionais e pessoais. E não é diferente para o processo de aprendizado. Seja em um curso, lendo um livro ou qualquer outra possibilidade de aprendizado: você sabe como planejar o seu estudo?  Além das dicas para melhorar seu aprendizado, existe uma ferramenta prática que pode contribuir com a sua jornada de aprendizado: o plano de estudos. Ao criá-lo e executá-lo com disciplina e autogestão, você garante que o seu processo de aprendizado seja ainda mais assertivo.  Confira o artigo e entenda como criar um plano de estudos eficiente! Antes de começar: planeje seu tempo A autogestão é indispensável no seu processo de aprendizagem. Isso porque saber gerenciar a si mesmo ajuda a ter a disciplina necessária para utilizar o seu potencial mental todos os dias, mantendo assim a consistência para aprender.  O primeiro ponto de atenção sobre a autogestão é entender que o tempo para planejar também deve ser planejado – seja no seu planejamento de estudos ou qualquer outra atividade que você vá desenvolver.  Para sua programação semanal, por exemplo, dedique um tempo para entender tudo aquilo que deve ser realizado ao longo da semana. Reserve um momento para focar somente nisso, como no final domingo, na manhã de segunda-feira ou no momento que melhor se adequar à sua agenda.  Essa mesma lógica se aplica aos seus estudos.  Ao iniciar a leitura de um livro, dedique um tempo para planejá-la e definir como será o seu aprendizado: em que momento do dia você vai ler, quantas páginas por dia, quando será feita a revisão dos conceitos, quando será aplicada a técnica Feymann para explicar o conceito dos capítulos iniciais etc.   O mesmo processo pode ser feito para um curso. No início, reserve um tempo para entender como será a rotina do curso: quais são os dias de aula, quando será o momento de estudar o conteúdo, quando será a revisão de cada aula etc.  Esse é o início do planejamento de estudos. Se você ainda tem dificuldade de aplicar a autogestão para os seus estudos, confira o que é e como criar um plano de estudos, uma ferramenta que pode te ajudar no processo de aprendizado.  O que é um plano de estudos  O plano de estudos é uma ferramenta para você organizar seus estudos e estipular o tempo que será dedicado a cada conceito ou assunto do seu processo de aprendizado.   O plano contribui para a organização da sua rotina e mesmo na sua autogestão, já que ele te dá a clareza da sua jornada e garante a consistência para você explorar todo o seu potencial mental.  Ao construir o seu plano de estudos, você pode personalizá-lo de acordo com a sua rotina, seus hábitos de estudo e, principalmente, de seus objetivos profissionais e pessoais. Sabemos que tudo muda em uma velocidade muito rápida, e o conceito de lifelong learning é uma realidade, ou seja, precisamos aprender constantemente. Por isso, organizar o seu aprendizado com planos de estudo pode contribuir significativamente nesse processo. 4 passos para criar o seu plano de estudos Um plano de estudos eficiente precisa ser desenvolvido de trás para frente: ele deve partir do objetivo final do estudo, e não a partir dos conteúdos em si que você quer aprender.  Para isso, um plano de estudos precisa ter 4 elementos: objetivo final, conceitos a aprender, fontes e referências, e prática. 1. Estabeleça seu objetivo final  Até onde você quer chegar com o seu projeto de aprendizado? O que você quer aprender de verdade com esse processo, seja ele um curso, livro ou qualquer outra possibilidade de estudo? Essas são perguntas essenciais para orientar a elaboração do seu plano de estudos. Por isso, anote em um papel qual é o seu objetivo e, a partir dessa definição, planeje as próximas etapas do seu aprendizado. 2. Saiba quais são os conceitos a aprender (visão do todo) O segundo passo é ter uma visão completa antes de iniciar o processo de aprendizado. Ao criar um mapa mental com os conceitos que você quer aprender ao longo da jornada, você vai ter essa visão do todo.  Para criar um mapa mental, confira a grade de conteúdos do curso que você vai iniciar ou entenda quais são os conceitos que estão no livro que você vai ler. Isso dá clareza de quais conteúdos você quer priorizar e quais são secundários. É importante ressaltar: não é porque o curso tem 50 conceitos que você precisa, necessariamente, anotar todos os 50. Anote no seu mapa mental aqueles que você de fato quer ou precisa aprender – que podem ser todos ou um número reduzido. Lembre-se dos conceitos de priorização e do Princípio de Pareto, que diz que 80% das consequências vêm de 20% das causas.  Além do clássico papel e caneta para fazer um mapa mental, existem algumas ferramentas que podem te ajudar nessa tarefa. Conheça algumas delas:  3. Consulte fontes e referências Para evitar a infoxicação, ou seja, o excesso de informações, é fundamental selecionar e filtrar quais serão as suas fontes. Nesse exercício, determine as fontes de informação e as referências que você vai utilizar ao longo da sua jornada de aprendizado. Quando você está fazendo um curso, a fonte de informação será aquela instituição que está oferecendo as aulas e os conteúdos.   Para encontrar suas fontes e referências, faça uma pesquisa profunda sobre livros, documentários, oficinas, autores e especialistas sobre o tema. A partir dessa seleção, filtre aquelas que você entendeu como as principais e também registre no seu plano de estudos. 4. Coloque a mão na massa e pratique A última etapa do seu plano de estudos é fundamental para garantir o seu aprendizado: como você vai conseguir colocar os conceitos em prática?  Lembre-se da importância do conhecimento e o aprendizado

Criatividade: por que todo profissional precisa dela?

Independente da sua área de atuação, a criatividade está presente na sua profissão. Talvez você não perceba, mas sem essa habilidade, certamente os produtos, serviços e processos com os quais você trabalha não seriam os mesmos. E, se você ainda tem dúvidas de que a criatividade pode ser um diferencial na sua vida profissional, vamos te mostrar como usá-la a seu favor. Criatividade na prática profissional Já faz muito tempo que ser criativo está associado a áreas de atuação como design, artes visuais, arquitetura, audiovisual e outras profissões ligadas à criação em si. No entanto, assim como qualquer outra habilidade, a criatividade também pode ser desenvolvida e aplicada em diferentes situações. Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas estão constantemente em busca de formas de inovar em seus negócios. A prática e incentivo da criatividade pode ser a virada de chave que você precisa para ser protagonista nesse processo de inovação na sua empresa. Isso porque, apesar de serem conceitos diferentes, a inovação e a criatividade estão diretamente ligados. Enquanto a inovação é a busca por novas ideias para um produto já existente, formas diferentes de oferecer um serviço ou um método alternativo para executar um processo, a criatividade é a capacidade de criar e colocar em prática essas ideias originais. Agora pare e pense: quantas vezes você deixou de inovar porque não exercitou sua criatividade? Quantas oportunidades foram deixadas de lado porque a criatividade, que é um dos fatores essenciais da inovação, não foi vista com a importância que ela realmente tem? Mas fique tranquilo, depois deste artigo, você vai passar a enxergar a criatividade com outros olhos. A importância da criatividade na sua carreira Se você já se perguntou o que as empresas buscam nos profissionais, essa lista de habilidades pode te dar algumas respostas. Em todas as profissões existem problemas a serem resolvidos, portanto, também existem formas criativas de resolvê-los. Nesse momento, quem desenvolve a criatividade é capaz de enxergar a situação com uma visão diferente do comum e se destacar na multidão. Um fator importante nesse contexto é entender que a criatividade não tem a ver somente com ideias loucas e mirabolantes. Ser criativo é sobre fazer conexões que não são óbvias e encontrar soluções eficientes e aplicáveis, mas que não estão estampadas por aí. Se você ainda não se convenceu de que a sua área de atuação pode se beneficiar com a criatividade, vamos te dar alguns exemplos.  Uma das áreas em que os processos e a técnica exata mais importam é a Medicina. Imagine que um médico decida improvisar na hora de realizar uma cirurgia… Desesperador, não é mesmo? Mas acredite, até os médicos podem usar a criatividade para melhorar a profissão (desde que não coloque ninguém em risco, claro). O vídeo abaixo viralizou nas redes sociais e mostra uma situação em que o médico foi criativo ao aplicar uma vacina em um bebê. Para muitas crianças, tomar uma vacina pode ser um episódio tenso pelo qual é preciso passar. No entanto, ao ter a ideia de distrair o bebê cantando e dançando, o médico tornou a experiência mil vezes mais leve. Outro exemplo é o caso de pescadores japoneses que precisavam transportar peixes de um local distante até a cidade onde viviam. O problema é que, para mantê-los frescos para consumo, os peixes precisavam chegar vivos.  Os pescadores tentaram mantê-los em tanques de água dentro do barco, mas pela mudança de ambiente e a grande quantidade de animais em um local limitado, os peixes não se movimentavam tanto na água e chegavam abatidos, alterando o sabor na hora do consumo. Usando a criatividade, para pensar em alternativas fora do óbvio, os pescadores chegaram a uma solução eficiente. No mesmo tanque em que estavam os peixes, eles colocavam tubarões para manter os animais agitados e em movimento. Assim, conseguiram conservar o frescor até estarem de volta em terra firme. Percebe como a criatividade está presente em profissões totalmente diferentes e pode ser usada para melhorar diversas situações independente da área de atuação?  Agora que você já entende a importância da criatividade para a sua carreira, vamos te mostrar 2 dicas essenciais para desenvolvê-la no seu dia a dia. 2 dicas para desenvolver a criatividade Existem várias técnicas para fazer a criatividade fluir com mais facilidade, mas antes de começar a aplicá-las, é importante dar um passo para trás e se preparar para aproveitar essa habilidade ao máximo. Por isso, existem 2 fatores fundamentais para qualquer criativo: repertório e diversidade de fontes. Uma está ligada a outra e vamos explicar cada uma delas. 1) Crie um repertório extenso Imagine que o seu cérebro é uma caixa cheia de objetos que você conhece ou já utilizou em algum momento da vida. Você pode não se lembrar de tudo o que está lá, mas certamente vai pensar em algum dos elementos quando precisar. Ele serve como um depósito ao qual você poderá recorrer sempre que necessário.  Mas, se a caixa estiver vazia, como você terá acesso às ferramentas quando precisar? É assim que funciona o repertório. Quanto mais referências você tem, mais objetos você coloca na sua caixa. Isso serve para livros que você lê, filmes e séries que assiste, músicas que escuta, pessoas que conhece, conversas que tem com amigos… Na hora você pode até não perceber, mas tudo pode ser uma possível ferramenta. Basta utilizá-la no momento certo. Então expanda o seu repertório, estude, pesquise e consuma conteúdo.  Você com certeza conhece Steve Jobs, fundador da Apple, certo? Ao abandonar a faculdade, Jobs decidiu fazer algumas aulas de disciplinas em que ele realmente tinha interesse, sem saber se um dia usaria aquele conhecimento para alguma coisa. Uma das aulas que ele decidiu fazer foi a de instrução sobre caligrafia e, no momento, não tinha intenção nenhuma de aplicar aquele conteúdo. No entanto, 10 anos depois, quando estava desenvolvendo o primeiro computador Macintosh, ele recorreu ao seu repertório e criou o primeiro computador com uma tipografia realmente atrativa. Um repertório bem trabalhado permite

Vulnerabilidade na liderança: por que ela é essencial para todos os líderes

Quando você ouve a palavra “liderança”, o que vem à sua mente? Uma pessoa firme e rígida, de postura fechada e, no geral, distante ou em alguém que faz parte da equipe, oferece suporte e divide seus desafios e fraquezas? Foi-se o tempo em que ser vulnerável era sinônimo de fragilidade. E quando o assunto é a liderança do futuro, não tem como não falar sobre vulnerabilidade. Nesse momento de tantas incertezas e transformações, a vulnerabilidade na liderança se torna uma competência fundamental. O mesmo vale para o oposto, o líder que possui um excesso de autoconfiança, não tolera erros e evita qualquer possibilidade de criar conexões emocionais com os seus liderados já não tem mais espaço no mercado de trabalho. Para quem ainda não entendia a importância de ser vulnerável nas empresas, certamente a pandemia do novo coronavírus trouxe novas reflexões sobre o tema. Em um momento de inúmeras incertezas, crises e imprevistos, não há uma pessoa que não tenha passado por dúvidas, medos ou inseguranças nos últimos meses. Novos modelos de negócio e trabalho foram introduzidos de forma acelerada, desafios inesperados surgiram nas organizações e, para enfrentar situações como essas, foi preciso derrubar barreiras internas e lidar com crenças limitantes. Em momentos de crise, todos se voltam para o líder esperando o próximo passo. Quando não existem muitas certezas, somente perguntas sem respostas, a equipe não precisa de um líder-heroi dizendo que sabe como resolver o problema (afinal, o mundo inteiro não tinha as respostas). A real necessidade em momentos como esse é de um líder que esteja no mesmo barco, escute as dificuldades e compreenda as condições. Liderança é muito mais do que estratégia e resultado. Trata-se do propósito, de garantir que a equipe esteja motivada para conquistar os objetivos pessoais e coletivos e, se não estiver, é papel do líder colocar as pessoas em primeiro lugar e agir sempre com empatia. Neste artigo, você vai entender o papel da vulnerabilidade para os líderes e como ela pode ser um elemento transformador para equipes e times. A importância de criar conexões verdadeiras “Conexão é o motivo de estarmos aqui, é o que dá propósito e significado à nossa vida. É a razão de tudo.” Conectar-se emocionalmente com outras pessoas faz parte do ser humano. Conhecer outros indivíduos, socializar, criar laços afetivos, tudo isso é essencial para a vida. E, se você parar pra pensar, seus relacionamentos mais importantes são aqueles em que houve uma troca mais profunda, em que você se permitiu construir conexões mais fortes. As relações começam em família, depois entre amigos, e se estendem para colegas de trabalho e líderes da empresa. E para criar e fortalecer essas conexões, é preciso ser vulnerável. Um líder que assume não ter todas as respostas, que aprende com os erros em vez de condená-los e atua com escuta ativa, desperta inspiração e motivação nos colaboradores da sua empresa. A vulnerabilidade faz com que você se mostre humano, despertando sentimentos como empatia e compaixão e permitindo que as pessoas ao seu redor se conectem com você.  Liderar uma equipe com base no quanto você sabe pode funcionar por um tempo, mas para exercer uma liderança eficaz e positiva a longo prazo, sua equipe precisa saber o quanto você se importa genuinamente. 3 dicas para exercitar a vulnerabilidade na liderança 1) Reconheça suas emoções e pratique o autoconhecimento Ser vulnerável é se permitir sentir e ser visto através desse sentimento, por isso, é preciso ter inteligência emocional para assumir o controle das emoções. É um processo que começa em você. Olhe para dentro, reconheça seus gatilhos emocionais positivos e negativos, conecte-se consigo mesmo antes de se conectar com os outros. Descubra seus próprios medos e inseguranças, questione de onde eles vêm, observe seus aprendizados e suas conquistas, procure reconhecer seus pontos de melhoria. Para ser vulnerável, é preciso criar conexões emocionais e elas só acontecem quando você aprende a gerenciar suas emoções. 2) Peça ajuda sem medo Ninguém chega a lugar nenhum sozinho. Você tem uma história, um caminho que percorreu até chegar onde está hoje. Quais foram os desafios dessa trajetória? O que você aprendeu com os erros cometidos? E quem foram as pessoas que estiveram ao seu lado te ajudando nesse processo? Quando você é liderado por alguém, certamente busca ajuda do seu líder quando precisa. No entanto, existe uma crença de que, ao assumir um cargo de liderança, você precisa ter todas as respostas para orientar a sua equipe.  Essa suposição causa insegurança, frustração e estagnação, quando na verdade poderia promover colaboração e crescimento. A virada de chave entre essas duas realidades é justamente a vulnerabilidade. Tenha coragem de ser vulnerável e pedir ajuda às outras pessoas. No fim, a resposta pode ser encontrada em conjunto, permitindo que você se desenvolva e fortaleça a relação com os outros membros da equipe. 3) Não fuja dos conflitos, faça com que eles sejam construtivos Se você está numa sala cheia de pessoas e todas sempre concordam em tudo, algo está errado. Entre os possíveis problemas, um deles pode ser o medo de discordar. E não só o medo de discordar do que está sendo discutido em uma reunião, por exemplo, mas discordar de outros colegas de equipe ou do próprio líder. É o medo de conflitos em geral. No entanto, se abrir para conflitos também é uma forma de ser vulnerável. Por isso, nesses momentos, é fundamental estimular conversas construtivas, demonstrar que o ambiente permite opiniões diferentes e discordantes, desde que elas promovam a colaboração. Essa é uma forma de ensinar a equipe a não temer o confronto, mas crescer a partir dele. Liderança eficiente é construída com pessoas, não sobre elas A liderança só é verdadeiramente eficiente quando o foco são as pessoas. Permita-se ser vulnerável, construa relações e crie conexões genuínas com os seus liderados. Você verá que, com essa mudança de postura, a motivação e os resultados da equipe serão impactados positivamente. Quer liderar com mais empatia e confiança? A vulnerabilidade é uma competência-chave

Como fazer um plano de desenvolvimento profissional

Onde você quer estar daqui um ano? Que habilidades gostaria de desenvolver? E como fazer um plano de desenvolvimento profissional para cumprir essas metas? Crescer na carreira exige dedicação, planejamento e execução. Se você está lendo este artigo, certamente já possui o primeiro elemento. E, ao final da leitura, já estará equipado para a segunda etapa e preparado para a terceira também. Quando se trata de planejamento, é preciso construir um plano de desenvolvimento profissional assertivo e objetivo, alinhado com aquilo que você deseja para o futuro da sua carreira. Essa ferramenta te ajuda a organizar e priorizar as ações necessárias para atingir um determinado objetivo, dividindo-o em metas menores, estabelecendo prazos e focando no seu aprimoramento profissional e pessoal. É como traçar uma rota do ponto atual até onde você quer chegar, com orientações e guias para cumprir esse trajeto da melhor maneira possível. E, antes de começar a pensar em se desenvolver, é fundamental estar apto para absorver novos conhecimentos e habilidades, ou seja, é preciso saber aprender. Muito se fala sobre a importância de aprender determinadas habilidades, mas é justamente a dificuldade de aprender que coloca obstáculos e barreiras no crescimento profissional. Segundo o relatório Future of Jobs Report 2023, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, a capacidade de aprender continuamente segue entre as competências mais valorizadas para os próximos anos, ao lado de habilidades como pensamento analítico, criatividade e inteligência emocional. Outro nome dado pelo mercado a essa habilidade é lifelong learning, o processo contínuo de aprendizagem. Agora que você já sabe a importância de aprender a aprender, vamos para o planejamento! Confira 4 dicas de como fazer um plano de desenvolvimento profissional e comece a planejar agora o seu crescimento. 1 – Estabeleça um objetivo Não existe plano se não houver um objetivo específico. O primeiro passo é definir o que você deseja com esse plano de desenvolvimento profissional. Pode ser o crescimento na sua carreira, uma recolocação profissional ou adquirir uma nova habilidade. Para te ajudar, reflita sobre essas perguntas: O que você sente que precisa desenvolver?Onde gostaria de chegar profissionalmente?O que falta para você se tornar o profissional que gostaria de ser? Com o seu objetivo em mente, estipule um prazo para atingi-lo, mas lembre-se de ser realista neste momento. Nada de colocar prazos curtos esperando por resultados rápidos! Além disso, defina os indicadores para medir o seu desenvolvimento e comparar o desempenho atual e após a aplicação do planejamento. Dessa forma, você saberá exatamente o quanto cresceu durante o processo. 2 – Divida seu objetivo em metas menores Agora que você já tem o seu objetivo final, defina metas menores que vão fazer com que você caminhe aos poucos em direção aonde quer chegar. Faça o mesmo com o prazo, dividindo-o de acordo com a necessidade de cada uma das metas. Para isso, pense sobre o que você precisa fazer para alcançar o seu grande objetivo. Por exemplo, vamos supor que o objetivo do seu plano de desenvolvimento profissional seja melhorar a sua oratória para fazer apresentações, reuniões e negociações com mais assertividade no trabalho em até 3 meses. Ao dividir esse objetivo em metas menores, você pode chegar à seguinte lista:– Trabalhar o autoconhecimento para entender quais são os seus pontos fortes e de melhoria na hora de falar com um público.– Controlar a sua respiração para entender melhor sobre pausas e ritmo de fala.– Fazer exercícios de voz para ser um orador cativante e usar a entonação a seu favor.– Dominar sua linguagem corporal para transmitir confiança e clareza em componentes além da fala: postura, expressão facial, gestos e movimentos.– Aprender a adquirir conteúdo relevante e entregá-lo de forma cativante para o público. Com essas metas definidas, você pode identificar ações práticas para desenvolvê-las e, então, definir períodos de prática e prazos para cada uma delas. Autoconhecimento: listar pontos fortes e pontos de melhoria que envolvem a sua oratória e entender como utilizar os pontos positivos a seu favor (2 semanas | 1ª quinzena de janeiro de 2022) Respiração: fazer exercícios de respiração (15 minutos – 2 vezes por semana | janeiro de 2022 até março de 2022) Voz: fazer exercícios de voz e dicção (15 minutos – 2 vezes por semana | janeiro de 2022 até junho de 2022) Linguagem corporal: treinar apresentações e discursos em frente ao espelho ou para um grupo pequeno de amigos para perceber sua linguagem corporal e descobrir pontos de melhoria (1 hora – 2 vezes por mês | janeiro de 2022 até março de 2022) Conteúdo: pesquise e se mantenha atualizado sobre sua área de atuação, faça um levantamento e acompanhe os principais portais, profissionais e empresas que estão compartilhando conteúdos relevantes sobre temas que podem te ajudar a criar um bom repertório para suas apresentações, reuniões e negociações do trabalho (15 minutos – todos os dias | janeiro de 2022 até março de 2022) Cumprindo todas essas metas, ao final do prazo estipulado, você já conseguirá perceber os resultados no seu desempenho. E para deixar tudo mais interessante, você pode até preparar uma apresentação sobre um tema de seu domínio para apresentar para a sua equipe no trabalho. Assim, eles poderão oferecer feedbacks e você terá provas ainda mais concretas sobre a sua evolução. 3 – Acompanhe, ajuste e celebre sua evolução Ter um plano é fundamental. Executá-lo é essencial. Mas acompanhar o progresso e ajustar a rota sempre que necessário é o que garante o sucesso no longo prazo. Nem sempre as metas traçadas inicialmente vão se manter ideais ao longo do tempo. Mudanças no mercado, oportunidades inesperadas ou até uma nova percepção sobre suas prioridades podem exigir ajustes. Por isso, estabeleça um sistema de acompanhamento periódico, que pode ser semanal ou quinzenal, para revisar seu plano de desenvolvimento. Pergunte a si mesmo: Ferramentas como planilhas, aplicativos de metas, diários de progresso ou checklists podem facilitar esse monitoramento. Se possível, compartilhe seu plano com um mentor, líder ou colega de confiança. Ter alguém para te dar feedback e acompanhar sua evolução aumenta o seu senso de responsabilidade e te mantém mais engajado. E não se esqueça: comemore as vitórias, mesmo as pequenas. Reconhecer seu esforço ao cumprir uma meta ou perceber uma melhoria em uma habilidade te motiva a seguir em