Como liderar diferentes gerações

Quando se trata de liderança, um dos maiores desafios dos gestores atuais é saber como liderar diferentes gerações. Afinal, com tantos perfis diferentes entre os profissionais de uma mesma empresa, como saber o que funciona para cada um? A resposta é: conheça (de verdade) os seus liderados! E “conhecer” não quer dizer saber o nome e as informações do currículo. Não basta dominar o formulário de RH dos colaboradores, é preciso entender qual o combustível que move cada um deles. Conhecer os diferentes perfis que atuam na empresa traz inúmeros benefícios para o engajamento e a produtividade de uma equipe. Além disso, um líder que se comunica de forma assertiva constrói um relacionamento de confiança com os seus liderados. Em seu livro “Os 5 desafios das equipes”, Patrick Lencioni aborda as principais razões pelas quais algumas equipes não atingem suas metas. A primeira delas é a ausência de confiança, que impede a existência de conflitos construtivos. Não passar confiança para a sua equipe faz com que os colaboradores guardem mágoas, sejam menos colaborativos e se sintam inseguros para pedir ajuda quando necessário. Isso cria um ambiente de trabalho estressante e prejudica a performance de todo o time. Para construir uma relação de confiança com os seus liderados, é preciso ter uma dose de vulnerabilidade, expor os próprios erros e dúvidas para mostrar que você também tem seus desafios pessoais. Além disso, entender as diferentes gerações é essencial. Conheça as 4 principais gerações que fizeram e fazem parte do mercado de trabalho e saiba como engajá-las. Quais são as gerações? Demarcar as gerações não é uma ciência exata e é mesmo por isso que existem variações entre os períodos de cada uma. Apesar de não existir uma unanimidade, algumas características são comuns entre as pessoas nascidas em mesmos períodos. Os nomes das gerações são: Baby boomers – nascidos de 1945 a 1960 Geração X – nascidos de 1961 a 1980 Geração Y ou millennials – nascidos de 1981 a 2000 Geração Z – nascidos a partir de 2000 É importante comentar que as gerações reúnem características de indivíduos que foram influenciados por um mesmo contexto histórico e que refletiu diretamente nos seus comportamentos, costumes e valores. Esses comportamentos podem ser observados especialmente em ambientes organizacionais. Abaixo, você confere algumas características de cada uma das gerações e como elas costumam se comportam no mercado de trabalho. Baby Boomers Essa geração é formada por pessoas que viveram em uma época de guerras, com mais escassez e responsabilidades individuais. O lema dessa geração no mercado de trabalho é manter as coisas simples, fazer o essencial com excelência. Esse comportamento tem muito a ver com a Revolução Industrial, que sistematizou as funções para ter resultados padronizados. Nessa época, os colaboradores tinham horário para entrar e sair do trabalho. Eram 8 horas de lazer, 8 horas de descanso e 8 horas de trabalho, por isso, vida pessoal e profissional eram totalmente separados. Além disso, é uma geração marcada por criar uma relação muito forte com os seus empregadores. Nesse vínculo de muita lealdade, os baby boomers tendem a ficar muitos anos dedicados na carreira e em uma mesma posição na empresa. Com trabalhos mecânicos e repetitivos, a produtividade estava diretamente ligada ao tempo de dedicação. Quando mais tempo você trabalhasse, maior seria a sua entrega. Geração X Essa geração cresceu em uma época de pós-guerra e pós-revolução industrial. Seu lema era trabalhar para ser recompensado, ou seja, dedicavam-se para poder usufruir dos frutos de seu trabalho no futuro. Diferente dos baby boomers, por conta desse olhar para o futuro, o período de trabalho começou a se estender para o happy hour, sendo essa uma oportunidade de fazer networking. A geração X buscava prestígio através de diplomas, MBAs e outras formas de certificação profissional, afinal, tudo que alimentasse o currículo era bem-vindo. Essa mentalidade voltada para o enriquecimento do histórico profissional fez com que a geração adquirisse o costume de ser workaholic, e isso era visto como algo positivo. Seguindo o movimento de abertura do mercado, a geração X começou a ter uma visão empreendedora ainda dentro das companhias, e ela foi a primeira geração a ter mais contato com as novas tecnologias. Millenials ou Geração Y Nascidos a partir dos anos 1980, essa geração acredita em aproveitar o trajeto. A felicidade não está só no início ou no fim, mas no caminho. Eles valorizam o dia a dia e procuram propósito no que fazem. O prazer está diretamente relacionado à realização profissional. Diferente da geração X, que buscava certificações formais, os Millennials acreditam na efetividade de meios informais de educação, em que não existem hierarquias e o acesso ao conhecimento pode acontecer a toda hora. Por conta dessa constante sede pelo aprendizado, a vida pessoal e profissional dessa geração passou a se misturar e é comum que pessoas da geração Y sejam adeptas e até prefiram o home office, especialmente pela sua relação de dependência com a tecnologia e pela visão globalizada da geração. Geração Z As pessoas que formam essa geração são as primeiras nativas digitais, ou seja, não precisaram passar por um período de adaptação às tecnologias como os Millenials. Segundo a ZeroCarter, 98% da geração já possui um smartphone e 40% já se considera viciada no aparelho. Ao mesmo tempo, 80% dos usuários se sentem menos estressados quando largam o celular. Ou seja, a geração tem consciência dos malefícios do uso excessivo da tecnologia, mas já vive em uma época totalmente conectada. No mercado de trabalho, a Geração Z é pragmática e prefere conversas cara a cara. 75% dessas pessoas preferem ter mais de uma função dentro da empresa e suas duas maiores aspirações para o futuro são a estabilidade financeira e encontrar o trabalho dos sonhos. É uma geração marcada por uma alta adaptabilidade, por aprender muito rápido e que está sempre disponível. As pessoas dessa geração têm uma grande necessidade de trabalhar em ambientes que possam ser ouvidos. As principais diferenças entre as gerações Cada geração tem seu próprio olhar
Prospecção de clientes: 4 etapas simples para gerar mais vendas

Mais clientes, mais negócios e mais vendas. Esses são os desejos de 10 entre 10 profissionais que desejam saber mais sobre prospecção de clientes! Prospecção de clientes é a fase de vendas que geralmente consome mais tempo e energia. Por isso, precisa ser muito bem planejada. Quer saber mais sobre prospectar clientes da maneira certa? Neste artigo, você vai descobrir tudo que precisa saber sobre prospecção de clientes e melhorar suas vendas. Mas antes, vamos relembrar alguns conceitos: O que é prospecção de clientes? Prospecção é o ato de buscar novos clientes ou compradores para um negócio. Dessa forma, o objetivo final é mover os prospectados pelo funil de vendas até que eles se convertam em novos clientes ou nova receita. Aliás, vale destacar que o termo “prospecção” e “prospect” não são a mesma coisa no mundo de vendas! Prospecção está relacionado ao processo de prospectar clientes, enquanto o prospect é um lead qualificado para avançar no processo de vendas. Qual é a diferença entre leads e prospects? Leads: clientes em potencial que manifestaram interesse na empresa ou serviço por meio de ações como visitar o site, preencher um formulário, entrar em uma loja ou fazer o download de um e-book. Prospects: os leads se tornam prospects se forem qualificados como clientes em potencial, o que significa que eles se alinham com a persona do negócio e devem prosseguir nas etapas do funil de vendas. Mas vamos falar a verdade, independente de ser lead ou prospect, o objetivo final é o mesmo: encontrar e mover clientes em potencial pelo funil de vendas até que eles comprem o seu produto ou serviço. Apesar de parecer simples, uma abordagem errada pode levar todo seu esforço de prospecção de clientes pelo ralo. Por exemplo, prospectar não é na mesma coisa que cold call/mail (ligação fria ou e-mail frio). “João, você gostaria de comprar o mais novo curso de técnicas de vendas recomendado pelos principais especialistas no mercado?” Abordagens como essa infelizmente são comuns, mas a verdade é que isso provavelmente não vai funcionar, pois uma decisão de compra não é tão simples assim. Dados atualizados do Relatório State of Sales 2024 da HubSpot mostram que: 71% dos compradores querem ouvir de vendedores que entendam seus desafios. 63% preferem empresas que personalizam a comunicação. Apenas 27% confiam em cold calls não solicitadas. Conheça as etapas de um processo vencedor de prospecção de clientes 50% do tempo de vendas é desperdiçado em prospecção de clientes improdutiva. Por isso, para prospectar novos clientes é importante ter claro os objetivos que se espera alcançar em cada ação do processo de vendas. E como eu não quero que você perca 50% do seu tempo em ações que não dão resultado, vou te apresentar agora um processo de prospecção de clientes realmente efetivo: 1 – QUALIFIQUE Fit, fit e fit! Não estou falando de dieta do momento, mas sim do processo de qualificação de um lead. Este é, com certeza, um dos fatores mais críticos da prospecção de clientes. Devemos garantir que estamos qualificando nossos clientes potenciais para aumentar nossas chances de entregar valor real a eles ou a seus negócios. Portanto, nesta etapa da prospecção de clientes, estamos buscando respostas para algumas questões essenciais: O prospect possui dores que podem ser resolvidas pelo meu produto ou serviço? O cliente em potencial atende aos requisitos essenciais para que possamos prosseguir no processo de vendas? Qual o nível de conhecimento que o prospect possui da minha solução? Quem são as pessoas-chave que devem ser envolvidas para que a decisão de compra possa acontecer? Como posso desenvolver uma conexão pessoal e uma relação de confiança com essas pessoas? Existem diversos modelos de qualificação que podem servir de inspiração para você criar um próprio. Um modelo bem prático é GPCTBA/C&I desenvolvido pela HubSpot. Apesar da sopa de letrinhas, ele é um modelo simples que vai te ajudar a definir as perguntas certas para se conectar com clientes potenciais: Dica de ouro: use um CRM! O CRM é um software que permite às empresas registrar as informações capturadas durante as interações com o cliente. Reflita essas perguntas nos campos do seu CRM. Com isso você garante que o processo de qualificação aconteça com qualidade e ainda mantém um registro com informações valiosas para as próximas etapas do seu funil de vendas. 2 – PRIORIZE Não prospecte mais, prospecte inteligente! A capacidade de focar nas pessoas e empresas certas é o que separa aqueles que prospectam de maneira mais inteligente dos que apenas gastam energia. Para isso, é essencial priorizar os prospects. Além de economizar tempo, isso nos ajuda a garantir que estamos dedicando energia nos leads com maior probabilidade de se tornarem clientes. Classifique os prospects pelas chances de efetivação da venda em alto, médio ou baixo e concentre os esforços nos com maior chance de sucesso. Veja a seguir alguns exemplos de critérios para cada grupo: ALTO Corresponde aos critérios da persona do negócio Desafio de negócios claro e alinhados com nossa oferta de produtos Tomador de decisão estará envolvido no processo Temos uma conexão mútua ou interesse comum (por exemplo uma conexão em comum no LinkedIn) Alto nível de interação com nosso site ou mídia social MÉDIO Possui alguns elementos da persona do negócio Desafio de negócios claro e alinhados com nossa oferta de produtos Boa relacionamento ou conexão com um influenciador Algum nível de interação com nosso site ou mídia social BAIXO Possui poucos ou nenhum elemento da persona do negócio Desafio de negócios pouco claro Não é possível se conectar com um influenciador ou tomador de decisões Pouca ou nenhuma interação com nosso site ou mídia social Esforço recomendado: cinco touchpoints a cada dois dias 3 – PREPARE-SE O objetivo desta etapa é reunir informações detalhadas sobre o prospect permitindo personalizar a abordagem. Então aumente suas chances de sucesso fazendo a lição de casa: Acesse o site da empresa e entenda como se posiciona no mercado Estude os concorrentes do seu potencial cliente e procure entender os desafios
4 dicas de como liderar uma equipe que não está apresentando resultados positivos

Conduzir uma rotina intensa de trabalho, com um time enxuto, prazos apertados e sem perder a performance é um dos grandes desafios de muitos líderes. Nesse contexto, não é raro haver colaboradores desmotivados e, consequentemente, com baixo desempenho. Colaboradores desmotivados + baixo desempenho = resultados despencando… Isso significa que você deve trocar de funcionários? Não necessariamente! Abandonar o barco? Muito menos. Como líder, uma das suas funções é justamente garantir o engajamento, a motivação e o comprometimento da sua equipe, para assim aumentar os resultados. Mas a questão é: como lidar com um time que não está performando o esperado? Neste artigo tem 4 dicas essenciais para engajar a sua equipe e torná-la ainda mais produtiva! 1 – Invista na comunicação com empatia Segundo o artigo da Harvard Business Review, nos Estados Unidos, 75% dos funcionários afirmam que seu superior imediato constitui a pior parte de seu trabalho, enquanto 65% aceitariam um corte de salário, contanto que pudessem substituir seu chefe por um melhor. Chocante, né?! Então tome cuidado para não ser esse tipo de chefe! Um bom relacionamento com o time é um fator imprescindível para gerar motivação. E, para isso, uma comunicação atenta e empática é fundamental. Ouça as necessidades e sugestões de cada um e apoie-os nos processos dentro da empresa. Aposte também numa gestão colaborativa, dando participação mais ativa ao funcionário. Tudo isso ajuda a entender o que os desmotiva e o que faria com que eles se sentissem mais valorizados e, consequentemente, engajados. 2 – Estabeleça objetivos claros Um líder deve saber delegar tarefas, dar autonomia e estimular a iniciativa dos membros da equipe. Tudo isso incentiva os colaboradores a quererem dar o melhor de si. Entretanto, isso não significa que você deve deixar o barco à deriva. Como líder, é você quem deve conduzi-lo rumo aos resultados esperados. Por isso, é muito importante definir claramente as metas, mostrar quais são os objetivos e quais os possíveis caminhos para atingi-los. Saber trilhar o caminho e mostrar ter consciência do destino, dá clareza aos colaboradores, melhora o direcionamento de seus esforços e dá mais motivação para atingir o objetivo final. 3 – Dê feedbacks construtivos Cobrança excessiva e feedbacks agressivos não só aumentam a desmotivação, como criam um péssimo clima organizacional. Por isso, faça sempre críticas construtivas e que estimule a equipe a crescer. Deixe claro que você sabe e entende que ninguém vai acertar 100% das vezes e que erros acontecem e servem para gerar aprendizado. Valorize as vitórias (grandes e pequenas) e reconheça o trabalho da equipe. Elogie, parabenize pelas conquistas, premie e dê melhores condições de trabalho. Não seja aquele chefe que só aparece no final. Acompanhe o processo de perto, faça reuniões periódicas, cumpra no prazo as suas próprias atividades nos projetos e dê o exemplo (sempre!). Tudo isso mostrará como o empenho de cada um é importante para o alcance de resultados. 4 – Seja 1% melhor a cada dia Liderar uma equipe nunca foi algo fácil. Hoje, esse desafio é ainda maior, pois tudo está mudando numa velocidade incrível. Novas tecnologias, novas ferramentas, novas gerações, novas forma de comunicação e novas empresas. É tudo novo! Nesse cenário, liderar nunca foi tão desafiador. E é justamente por isso que você precisa buscar se desenvolver constantemente. Ler, estudar, fazer cursos, estar preparado para as mudanças, ou seja, buscar se tornar 1% melhor a cada dia. Afinal, como mostrar qual caminho deve ser seguido se o próprio caminho muda a cada instante? O sucesso – ou o fracasso – de qualquer projeto depende disso! As dicas indicadas neste artigo vão te ajudar a estimular todo o time a melhorar seu próprio desempenho, conquistando, assim, melhores resultados. Quer acelerar ainda mais esse processo? Além dessas 4 estratégias que você já pode implementar imediatamente no trabalho, também é essencial que procure aprender todos os dias para se tornar a melhor versão de si mesmo. E a Escola Conquer pode te ajudar! Nossos cursos são voltados para o desenvolvimento de habilidades práticas de liderança, gestão, comunicação e alta performance, exatamente o que o mercado exige dos grandes líderes de hoje. Venha aprender com quem está revolucionando a educação para líderes do futuro. Seja o “chefe” que todo mundo quer ter e veja sua equipe (e sua carreira) decolar!
Como falar bem em público: 9 técnicas para vencer o medo e se comunicar com confiança

Inspire-se em grandes oradores, supere o medo e aprenda de uma vez por todas a como falar em público. Não pense que está sozinho no mundo, a maioria dos oradores sentem algum nível ou sintoma de ansiedade e nervosismo antes e durante discursos em público. Por isso, é importante cada dia mais aprender técnicas para dominar o controle emocional, abrindo oportunidades para se desenvolver na arte de como falar bem em público. Acontece que a Glossofobia, ou seja, a fobia que envolve o medo de falar em público, pode fazer com que muitas pessoas percam oportunidades pessoais e profissionais, justamente porque não sabem ter a autoconfiança necessária para controlar os sintomas gerados pela inexperiência de como falar em público. Suor e tremor das mãos, rigidez da postura corporal, vícios de linguagem e o aumento do batimento cardíaco, são alguns dos vários sintomas que tendem a assombrar os oradores ansiosos. Assim, para acabar de vez com esse pesadelo, é preciso colocar a mão na massa e desenvolver as técnicas de como falar em público. Cursos, livros e materiais especializados sobre o assunto estão entre os mais procurados atualmente, já que exploram as dicas para reduzir a ansiedade de como falar em público e perder o medo de fazê-lo. Por isso, mesmo que você tenha gaguejado inúmeras vezes ou disparado sutilmente alguns vícios de linguagem, nunca é tarde para recomeçar! Enfrentar nossos medos e torná-los energia e movimento, é um dos primeiros passos para quem deseja um resultado diferente. Muitas vezes a caminhada é árdua, mas o resultado pode ser surpreendente! E por isso, para não ter que ficar a ver navios na sua próxima apresentação, confira agora mesmo essas 9 técnicas de como falar em público e vença de vez a ansiedade. 1. Conheça o ambiente e as pessoas Nós, seres humanos, temos uma essência animal, e, por isso, você tem a tendência a sentir um certo incômodo e desconforto ao se encontrar em ambientes diferentes daquele que está acostumado. Com isso, seu corpo instintivamente já aciona diversos alertas para qualquer necessidade de fuga ou ameaça, especialmente, se envolver outras pessoas! Acontece que falar em público exige do orador o domínio sobre o ambiente e ainda mais da plateia, de forma a passar uma sensação de acolhida e empatia. Ou seja, cabe ao orador transformar aquele ambiente em um ambiente de confiança ao público. Por isso, é importante conhecer o ambiente em que se vai falar e se familiarizar com ele. Chegar 30 minutos mais cedo, testar os aparelhos audiovisuais, a disposição das cadeiras, distância da plateia e dimensão do palco, são, por vezes, determinantes para gerar a autoconfiança necessária ao orador. Além disso, você pode receber as pessoas e ir se familiarizando com o rosto e perfil de cada um. Além de ter a oportunidade de conversar e interagir, gerando empatia e sintonia mesmo antes de subir ao palco. 2. Autoconhecimento Falar em público é, também, conhecer a si mesmo. Muitas vezes antes de uma apresentação, não temos a menor ideia dos nossos pontos fortes e fracos, tampouco nosso perfil como orador. Por isso, uma dica de oratória valiosa é fazer um diagnóstico de você como orador, prestando atenção em um vídeo gravado ou até mesmo através do feedback de outras pessoas, daquilo que você é realmente bom ao falar em público. Com isso, é possível potencializar seus pontos fortes (aquilo que você é realmente bom) e corrigir os vícios da sua apresentação. 3. Paixão e naturalidade Muitas vezes os oradores têm o costume de demonstrar uma forte seriedade ao abordar o tema da sua apresentação ao público, como forma de reforçar a sua autoconfiança e focar diretamente no ponto técnico. Ocorre que, a depender do conteúdo, você não deve ser sério 100% do tempo. O momento de se apresentar, por exemplo, é uma ótima oportunidade para gerar aproximação e empatia com a sua plateia, e, aqui, a seriedade pode ser tornar um grande vilão, podendo criar, inclusive, um efeito contrário de afastamento da sintonia com o público. Por isso, sorrir e abusar das expressões faciais são um divisor de águas no início da apresentação. Não é de hoje que sabemos o poder da empatia e ao se valer dela na sua apresentação você consegue demonstrar paixão no tema. Na maioria das vezes, a paixão faz com que a técnica apareça de forma muito mais natural (e menos robótica), por meio de gestos marcados, uma postura confiante e uma expressão facial coerente com o assunto. 4. Adrenalina Mais acima falei sobre os sintomas da Glossofobia, e um deles, era a rigidez na postura corporal que pode, muitas vezes, estar acompanhada de tremor. Sabe aquela sensação de tremedeira igual uma “vara de bambu”? Este sintoma pode ser decorrente de um excesso de adrenalina no corpo, que torna a musculatura rígida e causa a sensação de tremor. A adrenalina, ao contrário do que muitos pensam, é positiva em uma apresentação, mas, em excesso, pode causar um efeito rebote. Assim, uma dica de ouro na oratória e de como falar em público é buscar queimar a adrenalina antes da apresentação, por exemplo, fazendo exercícios físicos (como dar pequenos pulinhos) um pouco antes de subir no palco. Caso, ainda assim, o tremor permaneça, temos duas dicas certeiras: uma delas é sentar e deixar as mãos descansarem no colo das pernas; e, para aqueles que se sentem mais seguro usando uma “colinha” com os principais pontos da apresentação, sempre lembrar de utilizar um material plastificado mais rígido. Fuja do sulfite, pois ele pode facilmente entregar seu nervosismo ao público. 5. Respire e não pire! Outro erro muito comum dos oradores que estão iniciando na arte de como falar em público é esquecer de cuidar e treinar a sua respiração. Durante o discurso, acontece do orador esquecer de respirar ou ter uma respiração não trabalhada ao ritmo exigido. Esse despreparo, além de ser bastante perceptível ao público, pode impactar na performance da voz do orador, uma das técnicas mais valiosas quando o assunto é falar
Como a Magazine Luiza virou um dos principais cases de inovação do Brasil

Com menos de um real era possível comprar uma ação da Magazine Luiza, em 2015. A loja de departamento parecia caminhar para o seu fim. A solução da direção foi apostar todas as fichas no digital. Quatro anos depois, o mesmo papel chegou a ser cotado a R$ 185,99, alta de 19 mil por cento, uma das maiores da história da Bolsa brasileira. Como uma empresa familiar, com seis décadas de história, se converteu em uma das principais referências de digitalização da economia brasileira? Com um pouco de desespero, mas, principalmente, com mudança de cultura, segundo o CEO da Magalu, Fred Trajano. O primeiro passo da Magalu para mudar de rumo foi criar um mindset digital. “O maior problema da inovação nas grandes empresas é o mindset tradicional. São empresas que têm estrutura baseada lá atrás, nas organizações militares, com muitas áreas de hierarquia, pouca autonomia para a ponta. Isso faz com que a inovação se torne muito difícil.” Frederico Trajano, CEO da Magazine Luiza. A aversão ao risco e o medo de errar poderiam paralisar a Magazine Luiza no tempo. Na base, a inovação já começava a pipocar. Em 2011 foi criado a Luiza Labs, laboratório de inovação vinculado à diretoria de Tecnologia. Para mudar a mente da alta cúpula, Fred apelou para o medo: “A gente tinha medo de ficar irrelevante da noite para o dia, como várias empresas aqui nos Estados Unidos já se tornaram (como livrarias, locadoras de vídeo e cadeias de eletroeletrônicos). Eu passei este medo para o conselho: ou a gente muda ou corre o risco de ser disrupted.” Começou uma revolução: Inspirado no conceito “lean startup”, a Magazine Luiza começou a adaptar o modelo ágil das startups para sua realidade. O laboratório de inovação Luiza Labs foi turbinado. Em 2019 a empresa contava com 850 desenvolvedores divididos em 80 times ágeis. A rede passou a ser desenvolvedora de tecnologia, deixando de comprar produtos “de prateleira” de vários dos seus fornecedores. Integração completa das operações digital e física, o que deu início a uma estratégia omnichannel. Entre 2022 e 2023, a empresa destinou entre R$ 600 a R$ 700 milhões em custo de capital (Capex) para o Luiza Labs. Para 2024, está previsto um aumento de 20% a 30% nesse montante, podendo alcançar até R$ 910 milhões, conforme informado por Bellissimo, executivo da companhia. Próximo passo: o propósito O medo de ficar irrelevante foi o primeiro passo para mover a direção da Magazine Luiza. Mas não era suficiente para a mudança cultural necessária para a inovação. Era preciso construir algo a mais. Ter um propósito. “Começa com o medo, mas você tem que ir além do medo. E o nosso propósito é levar para o acesso de muitos aquilo que é privilégio de poucos, em especial com a inclusão digital.” Frederico Trajano. Filho de Luiza Helena Trajano, a grande responsável por transformar o negócio da família em uma robusta rede de lojas nacional, Frederico Trajano foi anunciado como novo CEO em 2015. Até então ele era o “cara do e-commerce. “Quando eu assumi a presidência, o pessoal de loja ficou preocupado [achou] que eu ia trocar vendedor por máquina (…) mas minha visão era de que a tecnologia iria potencializar a pessoa e não substitui-la”. O executivo falou da sua trajetória na conferência “Brazil at Silicon Valley 2019“, organizada por estudantes brasileiros na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Trajano falou sobre o desafio de transformar empresas tradicionais por meio da tecnologia. Pioneirismo no omnichannel Uma das jogadas de craque da Magazine Luiza foi adotar uma estratégia omnichannel, ou seja, integrar totalmente as operações física e digital. Não foi uma decisão meramente baseada em seguir tendência. O que pesou mesmo foi o custo no Brasil. No Brasil os impostos são mais altos, o custo de capital é mais alto e o valor das entregas é maior do que em países como China ou Estados Unidos. Então não faria sentido duplicar a estrutura e ter duas operações, com dois gastos distintos para físico e digital. As lojas físicas, que estavam se convertendo em elefantes brancos, se converteram em centros de distribuição. O estoque da loja passou a complementar o estoque do e-commerce. Hoje a marca implementa estratégias como o compre no site e retire na loja e a entrega em até 12 horas. O processo implicou em um redesenho da companhia. Todos os sistemas e processos foram arquitetados para funcionar como APIs, de forma que todas as estruturas conversam entre si, com rapidez e sem engessamento. Em termos práticos, isso significa maior rapidez. Os 12 mil vendedores de loja, que levavam 45 minutos para finalizar uma compra no computador, hoje gastam 2 minutos para executar o mesmo processo no celular. Em 2022, o e-commerce da Magazine Luiza totalizou mais de R$ 43 bilhões em vendas, com um crescimento de 9% em relação a 2021. No quarto trimestre de 2022, as vendas online atingiram R$ 13 bilhões, aumentando 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o mercado online como um todo apresentou uma queda de 6% no período . A trajetória de transformação digital da Magazine Luiza é um exemplo inspirador de como cultura, propósito e tecnologia podem se unir para reinventar uma empresa tradicional. Partindo do medo legítimo de se tornar irrelevante, a companhia não apenas adotou um mindset digital e implementou uma estratégia omnichannel inovadora, mas também investiu pesado em inovação, capacitando milhares de colaboradores e modernizando processos. Hoje, com bilhões em vendas digitais e uma operação integrada que une o melhor do físico e do online, a Magalu demonstra que é possível crescer de forma sustentável ao colocar o cliente no centro e transformar desafios em oportunidades reais de mercado.
Como transformar o colaborador em protagonista do seu desenvolvimento

Sua empresa está investindo no desenvolvimento dos colaboradores e buscando criar uma cultura de aprendizado contínuo? Ainda não? Então você precisa repensar a sua estratégia agora mesmo! O relatório Workplace Learning Report 2024, publicado pelo LinkedIn, revela que 93% das organizações estão preocupadas com a retenção de talentos — e investir em desenvolvimento e aprendizado contínuo é uma das principais estratégias para manter profissionais engajados e motivados. Não é à toa que colaboradores que aprendem e se desenvolvem no trabalho são mais engajados, produtivos, confiantes… e muito menos estressados. O RH tem um papel fundamental no desenvolvimento dessa cultura de aprendizado constante. Em especial na hora de envolver os colaboradores e transformá-los em protagonistas do seu desenvolvimento. Quer entender como uma cultura de aprendizado contínuo pode beneficiar a sua empresa – e qual é a importância da área de recursos humanos nesse processo? Confira no texto! Nas melhores empresas, os funcionários aprendem mais Mais importante do que apenas um bom salário ou benefícios, a possibilidade de aprender e crescer profissionalmente é hoje um dos fatores mais valorizados pelos profissionais. Segundo o LinkedIn Learning Report 2023, 94% dos colaboradores afirmam que permaneceriam por mais tempo em empresas que investem ativamente em seu desenvolvimento. O mesmo relatório mostra que profissionais que têm oportunidades frequentes de aprendizado são: 47% menos propensos ao estresse; 39% mais propensos a se sentirem produtivos e bem-sucedidos; 23% mais abertos a assumir novas responsabilidades; 21% mais confiantes e satisfeitos com o trabalho. Além disso, um estudo realizado pela Degreed em 2022 mostra que, nas empresas de alto desempenho, 75% dos funcionários se dedicam a aprender algo novo pelo menos uma vez a cada seis meses. Ou seja: nas empresas mais bem sucedidas, os funcionários aprendem mais. Learning in the flow of life: O modelo de aprendizado contínuo Em tempos de transformações exponenciais, as pessoas estão mudando a forma como aprendem para um modelo de longlife learning, ou learning in the flow of life. Ativando a tecla SAP: longlife learning, ou learning in the flow of life é um modelo de aprendizado contínuo, em que as pessoas estão constantemente se atualizando e desenvolvendo novas habilidades. O relatório Global Human Capital Trends 2023, da Deloitte, destaca que as organizações de maior sucesso já adotam uma abordagem centrada no colaborador, oferecendo aprendizado personalizado, relevante e integrado à rotina de trabalho. Segundo o estudo, três grandes tendências moldam o futuro do aprendizado nas empresas: Aprendizado integrado ao fluxo de trabalho; Caminhos de aprendizagem individualizados; Ênfase em uma cultura de aprendizado contínuo, que incentive o desenvolvimento constante de habilidades. Desenvolver essa cultura é a chave para transformar seus colaboradores em protagonistas do seu próprio desenvolvimento e atingir grandes resultados na empresa. Quais são os benefícios de ter colaboradores protagonistas? De acordo com a McKinsey (2023), 87% das empresas afirmam já estar enfrentando ou esperando enfrentar em breve um gap de habilidades. Diante disso, muitas organizações estão optando por reskilling e upskilling dos colaboradores, transformando o time atual em sua principal fonte de talentos. Investir no protagonismo dos colaboradores e no desenvolvimento contínuo traz benefícios como: Aumento na produtividade; Profissionais mais motivados e engajados; Redução de turnover e retenção de talentos; Formação de lideranças e sucessores internos; Compartilhamento de conhecimento entre equipes; Profissionais mais comprometidos e com visão de dono; Entregas com mais qualidade e foco em resultados; Agilidade e sinergia entre áreas e projetos. E de que forma o RH pode contribuir na criação dessa cultura? É o que vamos abordar no próximo tópico! Como transformar seu colaborador em protagonista do próprio desenvolvimento? Se você é um profissional de RH, alguns dos primeiros passos para criar essa cultura de aprendizado são: Incentivar e valorizar o desenvolvimento dos colaboradores; Recompensar líderes e especialistas que compartilham conhecimento; Investir em metodologias modernas de aprendizagem, como trilhas personalizadas, plataformas digitais e microlearning. Além disso, a liderança tem um papel essencial e pode contribuir com ações como: Estimular o autoconhecimento e a inteligência emocional; Apoiar os objetivos profissionais de cada colaborador; Construir relações baseadas em confiança e abertura; Delegar com responsabilidade e acompanhar com autonomia; Encorajar a participação ativa nas decisões; Promover uma cultura de feedbacks contínuos; Celebrar cada avanço — por menor que seja. Uma cultura de aprendizado contínuo estimula o protagonismo dos colaboradores – e vice-versa! Essa troca é poderosa: quanto mais as pessoas aprendem, mais preparadas e autônomas se tornam. E quanto mais protagonismo têm, mais buscam se desenvolver. Ao incentivar essa cultura, sua empresa não apenas prepara melhor seus talentos para os desafios do presente, mas também fortalece sua base para crescer com consistência e inovação no futuro.