5 tendências e 4 regras para entender o consumidor 4.0

Em 2024, aproximadamente 125,6 milhões de brasileiros realizaram pelo menos uma compra online, representando um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Esse número equivale a cerca de 88% da população conectada à internet no país.

A forma como o brasileiro compra pela internet está mudando e rápido.

Compreender esta tendência é crucial para os vendedores, mas também é fundamental para quem quer compreender a dinâmica de consumo na era da economia 4.0.

Por isso, atenção:

Entender o comportamento do consumidor online é compreender sua jornada de compras também no offline.

No mundo todo o consumidor se transforma. Mas há um “jeitinho brasileiro” de lidar com o e-commerce — peculiaridades do nosso país que devem ser levadas em conta:

  • O e-commerce brasileiro por muito tempo foi elitizado. Um privilégio das classes alta e média;
  • A inclusão das classes de menor poder aquisitivo é maior a cada dia. E depende muito dos smartphones e na flexibilização dos meios de pagamento;
  • O brasileiro gosta de navegar na internet e ama redes sociais.
  • O Brasil é um país continental e com problemas graves de infraestrutura. O que impõe um desafio a mais na hora da entrega.

Além disso, a confiança dos consumidores nas compras online aumentou, devido à melhoria na segurança das plataformas e à eficiência na logística de entregas.

Segundo a Ebit-Nielsen, o país está no penúltimo nível de consumo na rota do e-commerce: o de bens não-duráveis.Vejamos o que diz a consultoria:

“Produtos das categorias de Entretenimento (ingressos de show, cinema), Turismo/Serviço (restaurante delivery, passagens aéreas e reservas de hotéis) e Bens Duráveis (eletrônicos, eletrodomésticos, livros, móveis, etc) já são representativos tanto em termos de volume de vendas quanto em relação a empresas que atuam com excelência. Chegou o momento das categorias de produtos de giro rápido (FMCG, abreviação em inglês) apresentarem crescimento no e-commerce brasileiro.”

Em resumo, o brasileiro já compra ingresso pro show, passagem de avião e celular pela internet. Agora ele está comprando vinhos, fraldas e perfumes.

O próximo passo é fazer tal qual os chineses e comprar frutas, verduras e até mesmo lagostas vivas (por que não?) pelo smartphone. Mas isso fica para o futuro.

5 grandes tendências do consumidor virtual brasileiro em 2024

Com base nas edições mais recentes do relatório Webshoppers e em outras pesquisas de mercado, destacamos as seguintes tendências no comportamento do consumidor online no Brasil:

  1. Predominância do uso de smartphones para compras

    • O smartphone consolidou-se como o principal dispositivo para compras online, com 73% dos consumidores preferindo essa plataforma. A conveniência e a conectividade proporcionadas pelos dispositivos móveis impulsionaram essa preferência.

  2. Crescimento expressivo do e-commerce de produtos de giro rápido (FMCG)

    • Categorias como alimentos, bebidas, higiene e beleza registraram crescimento significativo. Por exemplo, as vendas de alimentos aumentaram 18,4% em faturamento bruto, enquanto higiene e beleza cresceram 17,8% no primeiro semestre de 2024.

  3. Influência dos influenciadores digitais nas decisões de compra

    • Cerca de 45% dos consumidores afirmaram já ter adquirido produtos indicados por influenciadores, especialmente nas plataformas Instagram (52%) e YouTube (46%). Esse comportamento é mais pronunciado entre mulheres de 16 a 29 anos.

  4. Integração entre canais físicos e digitais (Omnicanalidade)

    • A experiência de compra omnicanal tornou-se essencial, com consumidores esperando uma transição fluida entre lojas físicas, online e aplicativos. Marcas que oferecem essa integração aumentam significativamente a taxa de recompra.

  5. Adoção de tecnologias emergentes e personalização

    • O uso de Inteligência Artificial para oferecer experiências de compra personalizadas tornou-se uma expectativa padrão. Ferramentas que recomendam produtos com base no histórico de navegação e preferências dos consumidores estão em alta .

4 regras para surfar nas vendas online

Com base nos apontamentos da Ebit/Nielsen, confira quatro regras para estar em dia com a dinâmica do e-commerce brasileiro:

1. Pense na experiência do consumidor

O consumidor está cada vez mais exigente.

Isto exige uma experiência que seja cada vez mais (a) simples (b) fácil, e (c) rápida.

2. Compreenda seu portfólio

Cada vez mais categorias são alvo de compras via e-commerce. O número de consumidores também cresce.

Isso torna essencial que as empresas compreendam seu portfólio, e compreendam quais produtos trabalhar online e em qual ferramenta.

3. Reputação de ponta a ponta

A experiência do consumidor em todos os estágios impacta na relação dele com a marca.

Por isso desde a intenção de compra até o pós-venda, tudo impacta na experiência do consumidor e na reputação da marca.

4. Multicanais se complementam

Online e Offline são complementares.

Mas são canais diferentes.

Definir como cada canal pode coexistir, contribuindo para o modelo de negócios e sem sobrepor suas propostas de valor é fundamental.

E-commerce e os insights para a economia 4.0

Na década passada era comuns as notícias de marcas que inauguravam suas “lojas virtuais”.

Os sistemas para vender via internet eram modernos, caros e pouco acessíveis.

Seu retorno também era pequeno, por muitos anos as vendas do canal web não passou de traço nos relatórios para investidores dos grandes grupos varejistas do país.

Mas iniciativas daquela época já davam sinais do que estava por vir. 

Jornal de Campos, publicado pelo UOL, por exemplo, veiculou em agosto de 2003, que a Magazine Luiza inaugurava uma moderna loja em Campos do Jordão (SP). Dizia a reportagem:

“A moderna loja é virtual, isto é, o cliente é atendido por um recepcionista-vendedor e se coloca frente a um dos diversos terminais de computador. Ali ele escolhe o tipo de produto que pretende adquirir” (SIC)

Era o antepassado do conceito omnichannel.

De lá para cá muita coisa mudou.

As grandes lojas cresceram e viraram marketplace, e surgiram plataformas como Mercado Livre Olist, que abrem caminhos para pequenos vendedores online.

Quem também mudou foi o consumidor. Que hoje acessa uma internet razoável da tela de um celular mediano que pode custar cerca de R$ 500.

E está em contato permanente com marcas e produtos nas redes sociais.

As mudanças que ocorreram no e-commerce não dizem respeito somente às vendas virtuais.

Dizem respeito à economia. Ao mundo 4.0

Entender esta nova dinâmica de consumo é um esforço importante até mesmo para empresas que vendem para outras empresas (B2B).

Seu cliente pode não ser o consumidor final. Mas ele também vai interagir com você no ambiente virtual.

Além disso, o e-commerce trabalha muito bem um conceito chave para entender a nova economia: a centralidade no consumidor.

Ou de empresas costumer centric, se preferir em inglês.

A ideia de que os produtos e serviços devem atender às necessidades dos consumidores.

E não que os consumidores devem se adaptar a um produto enfiado “goela abaixo”.

Diante de um cenário tão dinâmico e competitivo no comércio eletrônico brasileiro, estar atualizado e preparado para entender profundamente o comportamento do consumidor é fundamental para quem deseja se destacar e aumentar resultados.

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Angela Bicalho

Escrito por

Publicitária de formação pela ESPM, Angela adora criar conexões reais entre marcas e pessoas. Com atuação na área de experiência do cliente (sim, isso é importante!) e um foco afiado em marketing e branding, ela lidera projetos e equipes combinando análise precisa com uma boa dose de criatividade para resolver problemas. Estratégica e mão na massa, transforma desafios em oportunidades que fazem a diferença.

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