5 tendências para o futuro da educação

Vamos pensar sobre do que se trata a educação: preparar as pessoas para a vida e para o mercado de trabalho futuro… futuro esse que está provavelmente distante a uma década ou mais.

Agora pense sobre uma década ou mais de mudanças: quantos de nós prevemos 10 anos atrás como seriam nossas vidas hoje? Quantos de nós sabíamos que enfrentaríamos um novo processo de Impeachment, que teríamos novamente um cenário de alta inflação, ou então o fato de que tecnologias como Smartphones, ebooks, e serviços como Uber, Airbnb seriam tão usados? Provavelmente não muitos.

Logo, a única coisa que podemos ter certeza sobre o futuro, dada a velocidade com que a tecnologia evolui, é que muito em breve o mundo será muito diferente do que é hoje, como vimos.

Enquanto todas essas mudanças ocorrem, o sistema educacional ainda continua muito parecido ao que era no passado: massificado, segmentado e com um sistema de avaliações que leva em consideração principalmente a capacidade de memorizar do aluno.

Imagem retirada do clipe Another Brick In The Wall (Part 2), 1979, da banda Pink Floyd.

E se você notar alguma semelhança nesse sistema com a operação de uma fábrica – massificado, repetitivo -, saiba que você não está errado. No livro Out of Our Minds, Sir Ken Robbinson explica que a escola surgiu para suprir o aumento da demanda por mão-de-obra das fábricas nas linhas de montagem, na época de Revolução Industrial. Não à toa, as salas de aula possuem semelhanças com um chão de fábrica:  cadeiras enfileiradas e todos fazendo as mesmas tarefas, de forma linear.

Então fica a pergunta: será que um sistema assim, que continua muito parecido a quando foi criado há mais de 100 anos, realmente prepara para o futuro?

Acreditamos que não. Selecionamos abaixo 5 tendências para o futuro da educação que podem colaborar para que o sistema de ensino acompanhe as mudanças no mundo:

1. Novas tecnologias com destaque para as Inteligências Artificiais

Ferramentas baseadas em IA adaptam o conteúdo de acordo com o desempenho de cada aluno, oferecendo desafios ou reforços conforme necessário. Além disso, auxiliam os professores com diagnósticos precisos, sugestões pedagógicas e automação de tarefas repetitivas. A IA também viabiliza o uso de tutores virtuais, ensino adaptativo e gamificação, tornando o processo mais envolvente.

Aluno estudando em uma tablet digital na sala de aula

2. Aprendizado personalizado

Estudantes irão aprender com ferramentas que se adaptam a suas próprias capacidades, podendo aprender em tempo e locais diferentes. Isso significa que alunos serão desafiados com atividades mais personalizadas ao seu estado de desenvolvimento. Esse processo fará com que os professores sejam mais capazes de ver claramente qual tipo de ajuda cada estudante precisa.

3. Quociente emocional > Quociente de inteligência

Uma vez que a tecnologia traz mais eficiência e vem cada vez mais substituindo o trabalho humano em diversas áreas, a formação deverá contemplar a presença de habilidades essencialmente humanas e valorizar ainda mais as interações sociais. As escolas deverão prover mais oportunidades para os alunos adquirirem habilidades do mundo real, que farão a diferença em seus trabalhos. Isso significa mais espaço para programas de trabalho, mais projetos colaborativos, mais prática.

4. O sistema de avaliações irá mudar

Muitos argumentam que a forma como o sistema de perguntas e respostas das provas não é eficaz, pois muitos alunos apenas decoram os conteúdos e os esquecem no dia seguinte após a avaliação. Ainda, esse sistema não avalia adequadamente o que realmente o aluno é capaz de fazer com aquele conteúdo na prática. A avaliação contínua vem ganhando espaço nas escolas como alternativa ao modelo tradicional baseado apenas em provas e notas. Ferramentas como portfólios, autoavaliações e rubricas permitem analisar o aprendizado de forma mais ampla e prática. O feedback constante ajuda o aluno a refletir sobre seus erros e avanços, promovendo uma aprendizagem mais significativa. A ideia é que a avaliação se torne parte do processo e não apenas um momento isolado. Por isso, a tendência é que as avaliações passem a ocorrer na realização de projetos reais, com os alunos colocando a mão na massa.

Crianças aprendendo mais sobre química nas aulas

5. A Inclusão como pilar da educação

A educação inclusiva em 2025 ganha destaque ao reconhecer e atender a diversidade de perfis dos estudantes, incluindo aqueles com deficiências, transtornos de aprendizagem e altas habilidades. Ferramentas como os Planos Educacionais Individualizados (PEIs) permitem adaptar o ensino às necessidades específicas de cada aluno. A formação contínua dos professores é essencial para garantir práticas pedagógicas inclusivas e eficazes. Além disso, a escola deve cultivar um ambiente que valorize a diversidade e promova o respeito mútuo. A inclusão, assim, deixa de ser exceção para se tornar parte da essência do ensino de qualidade.

O mundo segue mudando e a educação tem que acompanhar

Diante das constantes transformações, marcadas por avanços tecnológicos acelerados e mudanças sociais profundas, é urgente repensarmos os modelos educacionais que ainda seguem moldes ultrapassados. A educação do futuro precisa ser dinâmica, adaptável e centrada no ser humano, desenvolvendo competências como criatividade, empatia, pensamento crítico e colaboração. As tendências apontadas mostram que é possível construir um sistema mais inclusivo, personalizado e conectado com a realidade dos alunos(as), preparando-os não apenas para o mercado de trabalho, mas para a vida em um mundo incerto e desafiador.

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Angela Bicalho

Escrito por

Publicitária de formação pela ESPM, Angela adora criar conexões reais entre marcas e pessoas. Com atuação na área de experiência do cliente (sim, isso é importante!) e um foco afiado em marketing e branding, ela lidera projetos e equipes combinando análise precisa com uma boa dose de criatividade para resolver problemas. Estratégica e mão na massa, transforma desafios em oportunidades que fazem a diferença.

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