Em meio a tantas demandas (e distrações) no ambiente de trabalho, há quem diga que um dos principais desafios dos profissionais hoje é a gestão do próprio tempo, de forma a estabelecer uma rotina mais produtiva — algo que nosso mais novo estudo, aliás, parece apenas reforçar.
Isso porque, nas últimas semanas, entrevistamos pessoas de diferentes partes do Brasil e descobrimos: para 35% delas, planejar e executar suas atividades corporativas tem se revelado um grande desafio, sobretudo em um contexto marcado pela agilidade, pressão por resultados e, claro, estímulos digitais, prontos para capturar a atenção na hora de se concentrar.
Mas, afinal, da cobrança excessiva ao hábito de procrastinar, o que tem interferido na relação das pessoas com o tempo dentro das empresas atualmente?
Que estratégias os profissionais costumam utilizar para driblar a improdutividade no dia a dia, garantindo que projetos e produtos estejam prontos sem atraso?
Respostas como essas são respondidas no conteúdo abaixo, onde você tem acesso ao que revelaram os entrevistados, entre experiências pessoais e reflexões sobre organização, tempo e foco nos objetivos.
Leia a seguir:
Da procrastinação ao excesso de tarefas: os “vilões” da produtividade
De forma geral, algo que nosso levantamento evidencia é o quão comuns são certas dificuldades para gerir o próprio tempo nas empresas — problemas que, hoje, tendem a se refletir em quedas nos índices de produtividade dentro dos mais diversos setores.
Quando questionados sobre as atividades de trabalho, por exemplo, 35% dos entrevistados foram enfáticos, ressaltando desafios específicos ao priorizar e executar tarefas: a sobrecarga e a dificuldade de cumpri-las dentro do prazo, questões que os fazem encerrar o expediente com a sensação de cansaço (50,8%), ansiedade e preocupação (10%) ou estresse (8,2%).
No dia a dia profissional, contribuem para a falta de organização problemas internos e externos, que impedem os colaboradores de alcançar os resultados de forma eficaz.
Quando o assunto é manter uma rotina de trabalho produtiva, o principal impeditivo tem sido a prática de conferir a internet e redes sociais (36,2%), geralmente para se atualizar sobre as notícias, ver as últimas postagens dos amigos e trocar mensagens com outras pessoas.
Não só ela, aliás: entre fatores como interrupções frequentes, excesso de demandas e o desânimo, o que não faltam são “vilões” para um trabalho mais produtivo — que atrasam os combinados, culminando em um hábito natural para a maioria dos respondentes: o de fazer as famosas horas extras quando poderiam estar descansando.
Combatendo a improdutividade: as 5 ferramentas favoritas dos brasileiros
Para vencer os dias improdutivos no trabalho, há quem encontre na tecnologia uma aliada no processo de auto-organização, algo que os profissionais já vêm colocando em prática… E certamente colhendo bons resultados.
Em 2025, são poucos os colaboradores que não têm recorrido a ferramentas digitais para melhorar a produtividade: entre os entrevistados, somente 17% compartilharam não fazer uso de tais soluções, seja por tentativas mal-sucedidas no passado ou falta de interesse e necessidade.
Mas, afinal, quais seriam os softwares, programas e extensões mais populares entre os brasileiros hoje, que tornariam o dia a dia corporativo muito mais ágil?
Se consideradas as respostas ao levantamento, ao menos três: o gerenciador de projetos Trello, citado por 12% deles, o Notion, que se adequa às mais diferentes necessidades (5%), e, ainda, o “faz-tudo” ChatGPT — cujos inúmeros benefícios o tornam a ferramenta para produtividade mais comum nas empresas (12%).
De toda forma, tais auxiliadores estariam longe de substituir certos ajustes e investimentos por parte das organizações, o que, na visão dos colaboradores, ajudaria a ter mais êxito na batalha contra a improdutividade.
Prazos realistas e bem definidos (34,2%), reuniões objetivas (26,8%) e, ainda, treinamentos e cursos sobre gestão do tempo (25,6%) são apenas algumas das mudanças desejadas pelos brasileiros, para os quais, hoje, ter uma rotina sem interrupções ou distrações (58,4%) é o que garantiria mais resultados — e, possivelmente, muito mais satisfação.
Metodologia
Para compreender como os brasileiros avaliam a própria gestão do tempo e produtividade profissional, nas últimas semanas, entrevistamos 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet.
O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.
Os respondentes tiveram acesso ao total de 5 questões, que exploraram suas relações com a organização de tarefas, as ferramentas favoritas e os principais obstáculos para um trabalho mais produtivo. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.