Quando se trata de liderança, um dos maiores desafios dos gestores atuais é saber como liderar diferentes gerações. Afinal, com tantos perfis diferentes entre os profissionais de uma mesma empresa, como saber o que funciona para cada um?
A resposta é: conheça (de verdade) os seus liderados! E “conhecer” não quer dizer saber o nome e as informações do currículo. Não basta dominar o formulário de RH dos colaboradores, é preciso entender qual o combustível que move cada um deles.
Conhecer os diferentes perfis que atuam na empresa traz inúmeros benefícios para o engajamento e a produtividade de uma equipe. Além disso, um líder que se comunica de forma assertiva constrói um relacionamento de confiança com os seus liderados.
Em seu livro “Os 5 desafios das equipes”, Patrick Lencioni aborda as principais razões pelas quais algumas equipes não atingem suas metas. A primeira delas é a ausência de confiança, que impede a existência de conflitos construtivos.
Não passar confiança para a sua equipe faz com que os colaboradores guardem mágoas, sejam menos colaborativos e se sintam inseguros para pedir ajuda quando necessário. Isso cria um ambiente de trabalho estressante e prejudica a performance de todo o time.
Para construir uma relação de confiança com os seus liderados, é preciso ter uma dose de vulnerabilidade, expor os próprios erros e dúvidas para mostrar que você também tem seus desafios pessoais. Além disso, entender as diferentes gerações é essencial.
Conheça as 4 principais gerações que fizeram e fazem parte do mercado de trabalho e saiba como engajá-las.
As principais diferenças entre as gerações
Por que cada vez mais as gerações estão se encontrando no mercado de trabalho?
Os diferentes perfis profissionais
4 vantagens de equipes com diferentes faixas etárias
Como liderar os diferentes gerações e perfis profissionais
Demarcar as gerações não é uma ciência exata e é mesmo por isso que existem variações entre os períodos de cada uma. Apesar de não existir uma unanimidade, algumas características são comuns entre as pessoas nascidas em mesmos períodos. Os nomes das gerações são:
É importante comentar que as gerações reúnem características de indivíduos que foram influenciados por um mesmo contexto histórico e que refletiu diretamente nos seus comportamentos, costumes e valores. Esses comportamentos podem ser observados especialmente em ambientes organizacionais.
Abaixo, você confere algumas características de cada uma das gerações e como elas costumam se comportam no mercado de trabalho.
Essa geração é formada por pessoas que viveram em uma época de guerras, com mais escassez e responsabilidades individuais. O lema dessa geração no mercado de trabalho é manter as coisas simples, fazer o essencial com excelência.
Esse comportamento tem muito a ver com a Revolução Industrial, que sistematizou as funções para ter resultados padronizados. Nessa época, os colaboradores tinham horário para entrar e sair do trabalho. Eram 8 horas de lazer, 8 horas de descanso e 8 horas de trabalho, por isso, vida pessoal e profissional eram totalmente separados.
Além disso, é uma geração marcada por criar uma relação muito forte com os seus empregadores. Nesse vínculo de muita lealdade, os baby boomers tendem a ficar muitos anos dedicados na carreira e em uma mesma posição na empresa.
Com trabalhos mecânicos e repetitivos, a produtividade estava diretamente ligada ao tempo de dedicação. Quando mais tempo você trabalhasse, maior seria a sua entrega.
Essa geração cresceu em uma época de pós-guerra e pós-revolução industrial. Seu lema era trabalhar para ser recompensado, ou seja, dedicavam-se para poder usufruir dos frutos de seu trabalho no futuro.
Diferente dos baby boomers, por conta desse olhar para o futuro, o período de trabalho começou a se estender para o happy hour, sendo essa uma oportunidade de fazer networking.
A geração X buscava prestígio através de diplomas, MBAs e outras formas de certificação profissional, afinal, tudo que alimentasse o currículo era bem-vindo. Essa mentalidade voltada para o enriquecimento do histórico profissional fez com que a geração adquirisse o costume de ser workaholic, e isso era visto como algo positivo.
Seguindo o movimento de abertura do mercado, a geração X começou a ter uma visão empreendedora ainda dentro das companhias, e ela foi a primeira geração a ter mais contato com as novas tecnologias.
Nascidos a partir dos anos 1980, essa geração acredita em aproveitar o trajeto. A felicidade não está só no início ou no fim, mas no caminho. Eles valorizam o dia a dia e procuram propósito no que fazem. O prazer está diretamente relacionado à realização profissional.
Diferente da geração X, que buscava certificações formais, os Millennials acreditam na efetividade de meios informais de educação, em que não existem hierarquias e o acesso ao conhecimento pode acontecer a toda hora.
Por conta dessa constante sede pelo aprendizado, a vida pessoal e profissional dessa geração passou a se misturar e é comum que pessoas da geração Y sejam adeptas e até prefiram o home office, especialmente pela sua relação de dependência com a tecnologia e pela visão globalizada da geração.
As pessoas que formam essa geração são as primeiras nativas digitais, ou seja, não precisaram passar por um período de adaptação às tecnologias como os Millennials.
Segundo a ZeroCarter, 98% da geração já possui um smartphone e 40% já se considera viciada no aparelho. Ao mesmo tempo, 80% dos usuários se sentem menos estressados quando largam o celular. Ou seja, a geração tem consciência dos malefícios do uso excessivo da tecnologia, mas já vive em uma época totalmente conectada.
No mercado de trabalho, a Geração Z é pragmática e prefere conversas cara a cara. 75% dessas pessoas preferem ter mais de uma função dentro da empresa e suas duas maiores aspirações para o futuro são a estabilidade financeira e encontrar o trabalho dos sonhos.
É uma geração marcada por uma alta adaptabilidade, por aprender muito rápido e que está sempre disponível. As pessoas dessa geração têm uma grande necessidade de trabalhar em ambientes que possam ser ouvidos.
A expectativa de vida aumenta cada vez mais. Existem inúmeros fatores que impactam nessa melhora, e um deles é justamente a qualidade de vida. Além do envelhecimento da população, as pessoas estão adiando cada vez mais a saída do mercado de trabalho.
Ao mesmo tempo em que as pessoas mais velhas permanecem trabalhando, os jovens não deixam de entrar no mercado de trabalho. E é por isso que as empresas estão se encontrando cada vez mais nas organizações.
Mesmo com as diferenças frequentes entre as gerações, é possível observar diferentes perfis de profissionais. Atualmente, o mercado de trabalho é formado por três perfis principais de profissionais. O primeiro tipo gosta de regras, padrões e estabilidade, sendo motivada através do reconhecimento de seu esforço, feedbacks embasados em dados e acompanhamento de resultados.
O segundo perfil gosta de liberdade, alto astral e entusiasmo, por isso, a melhor forma de engajá-los é focar no prazer do trabalho, passar os objetivos em metas menores e oferecer autonomia em suas funções. Por fim, o último perfil se motiva pelo aumento de metas, pois gosta de resultados, reconhecimento e premiações.
O encontro de diferentes gerações no mercado de trabalho é cada vez mais comum e isso está longe de ser negativo. Empresas e líderes que apostam em times diversos têm grandes vantagens, que vão desde os aspectos culturais até o aumento da sua performance e competitividade.
Confira 4 vantagens para as organizações que constroem times diversos e com variadas faixas etárias:
Mesmo que muitas pessoas ainda acreditem que a criatividade é um dom, essa é uma habilidade que pode (e deve! ) ser desenvolvida por todos. E uma das maneiras do líder estimular a criatividade é facilitar a troca de experiências e de repertório para que, dessa maneira, novas ideias possam surgir de um ambiente diverso.
Um ambiente de trabalho com pessoas de diferentes perfis e gerações acelera os processos criativos. Além disso, a resolução de problemas dentro do time se torna mais criativa: com diferentes olhares sobre o mesmo problema, o resultado é ainda mais assertivo.
Um estudo da Accenture ouviu mais de 18 mil profissionais de 27 países para entender o impacto da diversidade na cultura de inovação. De acordo com o levantamento, a habilidade de inovar é maior em empresas que contam com diferentes perfis de colaboradores, além dos profissionais não terem medo de errar pela tolerância ao erro.
Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas e os líderes que querem se destacar precisam desenvolver a cultura de inovação. Ter diferentes pessoas contribuindo para a construção de uma cultura de inovação e de uma mentalidade de melhoria contínua se torna um grande diferencial competitivo para as organizações.
No cenário atual das organizações, tem se tornado cada vez mais comum ver as quatro gerações trabalhando juntas. Apesar de parecer um assunto recente, o conflito de gerações não é algo atual. E, quando ele acontece no ambiente de trabalho, o líder tem um papel muito importante para gerir a sua equipe.
Isso porque é papel do líder entender as percepções e necessidades das pessoas do seu time e, a partir disso, entender o que existe em comuns entre os diferentes perfis. É a partir do que é comum que as pessoas vão se unir, formando uma equipe que colabora entre si.
Para se adaptar e entender a individualidade do seu time, o líder pode seguir 7 dicas que vão ajudar na gestão de uma equipe multigeracional:
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