67,1% das famílias brasileiras.
Esse é o percentual da população brasileira que está endividado. O levantamento foi feito em junho de 2020 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os dados mostram que as dívidas fazem parte da vida de muitas pessoas e, certamente, muitas delas têm a vontade de se livrar delas. Mas, nesses momentos, é comum se sentir inseguro – afinal, falta conhecimento sobre finanças pessoais e o mundo financeiro é, muitas vezes, tratado como um monstro de sete cabeças.
Mas então, como fazer isso e conseguir um equilíbrio financeiro?
Essa é uma dúvida frequente e existem algumas dicas práticas que podem ajudar na gestão da suas dívidas para que, com planejamento e organização financeira, você possa quitar suas dívidas.
A educação financeira não é uma realidade para todos os brasileiros, infelizmente. Essa é uma das principais razões do endividamento, já que a falta de compreensão sobre o dinheiro e as informações relacionadas a ele pode refletir em uma má gestão das finanças pessoais e, consequentemente, trazer algumas dívidas.
Por isso, o primeiro passo é entender como a inteligência financeira pode contribuir para uma organização mais saudável do seu dinheiro.
Além disso, separamos 7 dicas práticas que podem te ajudar a quitar suas dívidas e alcançar a tranquilidade que a independência financeira proporciona:
Esse é o momento de fazer um diagnóstico de tudo aquilo que você está devendo. Vale anotar em um papel, criar uma planilha específica para isso ou mesmo usar aplicativos para registrar todas as contas atrasadas.
Com detalhamento, anote há quanto tempo você tem cada dívida, o valor inicial, a taxa de juros e quem é o credor – ou seja, para quem você precisa pagar. Esse é a primeira etapa para se livrar e quitar dívidas, por isso, dedique bastante atenção a ela.
Para te ajudar nessa etapa, criamos um modelo de planilha gratuito para você registrar informações importantes. Assim, você consegue acompanhar todas as suas movimentações financeiras de uma maneira descomplicada. Para baixar a planilha de finanças pessoais, é só acessar aqui.
Se você está no meio de um mar das dívidas e não sabe qual pagar primeiro, o critério que você deve usar para definir a ordem de pagamento é a taxa de juros. Quanto mais tempo você demorar para pagar as contas com os juros mais altos, maior ficará o valor a ser pago por essa dívida.
Por isso, priorize o pagamento daquelas contas que têm as taxas de juros mais altas. A taxa de juros média cobrada na fatura do cartão de crédito, por exemplo, é de 15%. Então se essa é uma das dívidas que você tem na sua gaveta, vale a pena se livrar dela antes das demais que tenham taxas mais baixas.
Mas lembre-se! Não é porque uma conta tem uma taxa de juros baixa que ela não deve ser paga. Os juros podem se tornam uma bola de neve e potencializar o seu endividamento.
Se as suas dívidas acabam ficando de fora e não conseguem mesmo se encontrar com a sua renda mensal, talvez seja necessário encontrar outras formas de gerar dinheiro.
Você pode analisar, dentro do seu patrimônio, se algum bem pode ser vendido neste momento de reorganização das suas finanças. Esse pode parecer uma etapa um pouco mais difícil, mas ela pode ajudar a alcançar o equilíbrio em um futuro próximo.
Essa prática é válida para todos, seja quem está endividado ou não. Quando você faz o levantamento das suas dívidas e entende melhor quais são os seus gastos, você consegue visualizar quais são, de fato, desnecessários. Ao identificá-los, você já pode tentar cortá-los na sua rotina.
Além disso, outros gastos podem ser reduzidos significativamente. Economizando água e luz, por exemplo, o reflexo é justamente nas contas que podem vir mais baixas.
E se, mesmo adotando essas medidas, você sente que precisa reduzir ainda mais os seus gastos, b. Às vezes, você pode adotar hábitos mais “baratos” por alguns meses para dar conta de todas as dívidas e, assim que recuperado o seu controle financeiro, você retorna à sua rotina original.
Esse é um exercício que exige bastante disciplina, mas que, no final, pode ser um grande diferencial para você se organizar financeiramente e quitar suas dívidas.
Imagine que você fez as contas e concluiu que, usando todo o seu salário, é possível quitar as suas dívidas. Mas e as contas desse mês ficam como? Pagar algumas dívidas e criar novas não resolve a sua situação financeira.
Por isso é preciso organizar e entender como a sua renda mensal vai absorver o pagamento das suas dívidas. A regra 50 30 20 propõe que 20% da sua renda seja destinada a um objetivo financeiro que, nesse caso, pode ser a quitação das suas dívidas.
Se esse percentual não for o suficiente para pagar todas elas, use sempre a taxa de juros como critério de qual conta deverá ser paga primeiro. Assim você evita o efeito bola de neve e garante um maior equilíbrio financeiro.
Da mesma maneira que você tem interesse em se livrar das dívidas, a parte credora também tem interesse em que a dívida seja paga. Por isso, negociá-la pode ser uma maneira de conseguir melhores condições de pagamento.
Entre as melhores técnicas de negociação está o planejamento. Por isso, avalie o tipo de negociação que você deseja fazer com o seu credor, além de saber o valor máximo da dívida que você pode absorver no seu orçamento mensal.
Lembre-se que o seu principal objetivo é quitar a sua dívida, e a negociação vai ajudar nas condições do pagamento.
É comum que muitas pessoas fiquem endividadas justamente pela falta de conhecimento sobre o próprio dinheiro, noções fundamentais que vem da educação financeira. Com a inteligência financeira, você pode colocar todo esse conhecimento em prática e ter uma melhor relação com o seu dinheiro.
Por isso, ao se aprofundar na educação e na inteligência financeira, além de evitar o endividamento, você vai ter controle sobre o seu dinheiro, não deixando que ele assuma o controle sobre você.
Para criar bons hábitos financeiros e evitar o endividamento, confira aqui 3 dicas para desenvolver a sua educação financeira.
Assim como a inteligência emocional fala que nós não somos as nossas emoções e que repetir isso apenas dificulta o processo de desenvolvimento do controle emocional, nós também não somos as nossas dívidas.
Se você está endividado e quer resolver essa situação para ter independência financeira, saiba que é possível se organizar para resolver essa situação, e que esse é um dos passos para ter uma relação mais saudável com o seu próprio dinheiro.
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