Promover uma cultura inovadora tem sido a fala de 11 em cada 10 empresas atualmente. O que está por trás desse objetivo estratégico é tornar a empresa mais ágil e flexível e otimizar o engajamento dos funcionários.
Além disso, uma cultura adequada é pré-requisito para a busca de resultados sustentáveis por meio da inovação. Somos parte de uma geração que tem se mostrado mais sensível ao impacto da cultura em suas decisões profissionais. Afinal, a cultura não é um fator importante na sua decisão de casamento trabalho?
No entanto, por trás desse desejo ardente de construir uma cultura inovadora, existem alguns desafios a serem superados. Acontece que, para cada comportamento agradável da cultura de inovação, existem outros mais duros e mais difíceis de tolerar.
O Professor Gary Pisano, da Harvard Business School, tem descoberto que contrabalancear esses comportamentos é o fator chave para construir culturas de inovação sustentáveis e prósperas. Os supostos paradoxos que a inovação requer, como criatividade e disciplina, podem gerar incertezas e confusões.
Separamos aqui cinco dicas imperdíveis para quem está refletindo sobre esse tão esperado “sim”, vamos mudar!
Ainda que a palavra da vez – inovação – esteja na boca de todo mundo, poucas empresas têm encarado a inovação com o mesmo rigor e disciplina que tratam finanças e operações, por exemplo.
Uma pesquisa recente publicada pela Forbes mostra que apenas 30% dos boards das grandes empresas no mundo, consideram a inovação como um dos Top 3 problemas que precisam lidar.
A inovação é tratada como um apêndice da organização, não possuindo ganhos mensuráveis ou relevantes para a visão dos executivos. A inovação assim acaba morrendo, muitas vezes, por falta de nutrição.
Alta colaboração, ambientes não-hierárquicos e abertura à experimentação são as partes mais atraentes da cultura de inovação. Mas, para funcionar, esses comportamentos devem ser equilibrados com ações nem tão divertidas.
Segundo estudos de Harvard, precisamos considerar 5 paradoxos críticos:
Adotar uma metodologia ágil em um projeto ou criar programas de conexão com startups não vão garantir a cultura inovadora que você sempre sonhou.
Os esforços de transformação cultural devem ser encarados como uma maratona, que tem um ciclo natural de evolução, perseguida com um conjunto de métodos, ferramentas e abordagens combinados que orientam a empresa até o objetivo final.
É instintivo, tendemos a repelir o novo, aquilo que não conhecemos. Logo que vimos algo diferente dos padrões que conhecemos, classificamos com alerta vermelho e nosso instinto de sobrevivência busca formas de nos afastar.
Essa é uma das causas de fracasso na implementação de transformações de cultura “goela abaixo”. Se queremos construir uma cultura mais inovadora precisamos reconhecer que estes diferentes comportamentos não foram, necessariamente, assimilados pelos times anteriormente.
Construir as capacidades necessárias para que todos estejam familiarizados e confortáveis com o que está por vir é fundamental. A gestão consciente da mudança organizacional neste contexto é crucial para o sucesso da nova cultura.Artigo escrito por Clarisse Gomes e Gláucia Alves.
Clarisse é especialista em inovação corporativa, gerente de consultoria na Deloitte e professora de inovação e inteligência emocional na Conquer. Gláucia é especialista em inovação e estratégia, diretora de consultoria na Deloitte e professora de inovação na Conquer. Juntas, as engenheiras civis fundaram o @inovasimples, canal que quer tornar a inovação acessível a todos.
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