Não estão faltando talentos no mercado.
O que realmente está insuficiente é o preparo estratégico de pessoas talentosas por parte do ensino tradicional.
Como muitas pessoas estão deixando as universidades sem as habilidades que o mercado precisa, as próprias empresas estão assumindo o papel de ensiná-las – e é aí que entra a Educação Corporativa.
Hoje, você vai aprender tudo sobre ela, desde seus pilares, ações realmente práticas para você implementá-la e como engajar toda a empresa nessa estratégia de negócio.
Navegue pelo menu e vá direto ao ponto que mais te interessa:
A Educação Corporativa é uma estratégia de negócio que usa o ensino de habilidades e comportamentos específicos e contextualizados para ajudar a empresa a crescer.
Na prática, ela aperfeiçoa as skills das pessoas a partir dos interesses da empresa, mas sem deixar de lado a experiência do colaborador. E ao unir o desenvolvimento das pessoas e o do negócio, dá mais clareza ao porquê de cada tarefa executada.
Os pilares da Educação Corporativa são:
Resultados de Negócio: O papel principal da EC é ser uma ponte entre a empresa e suas metas principais. Por isso, cada ação deve sempre conversar com os objetivos do negócio.
Gestão do Conhecimento: o sucesso desse projeto depende muito de uma curadoria eficaz do conhecimento transmitido. É importante renová-lo regularmente com informações atuais e que possam ser aplicadas na rotina.
Experiência do Aluno: o foco é na empresa, mas o cuidado é com o colaborador. Se a experiência não é agradável, as pessoas não se engajam, não absorvem o conteúdo ensinado e não conseguem trazer o conhecimento para o dia a dia.
Autonomia: o colaborador é protagonista do próprio aprendizado, e escolhe momentos e assuntos da sua preferência dentro de uma seleção de materiais. Para isso, é preciso ter plataformas e formatos de conteúdo que dão a ele o controle da jornada.
Contexto: o conteúdo “de prateleira” não chama mais tanta atenção, concorda? Dessa forma, o que é ensinado deve focar em resolver os problemas que as pessoas realmente encontram na empresa. Conheça aqui mais benefícios de uma Educação Corporativa individualizada.
Uma frase que define bem o papel da Educação Corporativa é: “primeiro cresce o colaborador, depois, o negócio.”
O maior mérito dela é gerar um crescimento sustentável para a empresa a longo prazo. Isso é feito com a criação de um sistema de aprendizagem contínua para os colaboradores, que ajuda a renovar e a perpetuar a organização.
Ela também é essencial para nivelar o conhecimento na empresa e evitar que a operação pare caso alguém fique indisponível.
Além disso, a Educação Corporativa é uma fonte de criação de diferenciais competitivos. Quando qualificamos pessoas, automaticamente qualificamos também os nossos processos, produtos e serviços.
Ela foca em 4 pontos principais:
E também para integrar as pessoas com a cultura do negócio, qualificá-las constantemente, desenvolver sucessores e fazer do capital intelectual um diferencial da empresa.
Além disso, existe outro objetivo da Educação Corporativa que é ainda mais transformador. É o de despertar nos colaboradores a vontade de aprender.
Ao colocar na vitrine todas as possibilidades e benefícios que o aprendizado traz, estimulamos nas equipes a busca pelos seus objetivos pessoais também.
Ela também proporciona outras vantagens indiretas, como:
Outra característica interessante sobre a Educação Corporativa é que ela não precisa afetar só o colaborador, mas também pode impactar todo mundo que tem contato com o negócio.
Isso porque ela também inclui aqueles momentos de aprendizado para fornecedores e clientes, como apresentações e treinamentos sobre produtos e serviços.
Tanto a Educação Corporativa quanto o Treinamento e Desenvolvimento estão inseridos em um universo maior, o de Desenvolvimento de Pessoas.
Veja só como é a dinâmica entre eles:
Até pode parecer que a Educação Corporativa tem uma importância maior do que o T&D. Mas, na verdade, ambos se complementam.
Isso porque como a EC é mais alinhada aos objetivos e contexto da empresa, podemos dizer que ela desenvolve as pessoas para que elas saibam “por que” estão fazendo determinada tarefa.
Já o T&D tem como objetivo desenvolver habilidades necessárias, mas que nem sempre estão 100% dentro do contexto do negócio. Então, podemos dizer que o foco do treinamento está em ensinar “como” fazer o trabalho.
Preparamos um quadro que explica de forma bem-visual as diferenças entre os dois:
Educação Corporativa | T&D | |
Objetivo | Desenvolver competências organizacionais | Desenvolver habilidades individuais |
Competências | Estratégicas | Táticas |
Foco principal | Estratégias de negócios | Necessidades individuais |
Público-alvo | Interno e externo | Interno |
Resultado | + Competitividade | + Habilidades |
A Educação Corporativa traz ótimos resultados. Mas estamos falando de um projeto grande e ambicioso, que precisa ser bem-planejado.
Também vale lembrar que, embora o projeto muitas vezes é encabeçado pela área de Recursos Humanos, ele precisa que outros departamentos também vistam a camisa para trazer esses frutos.
Veja só algumas dicas para facilitar o processo:
1. O primeiro passo da implementação é diagnosticar como o aprendizado acontece na empresa. De que maneira é feita a capacitação de pessoas? Em que momentos elas aprendem? Esse aprendizado é feito de forma estruturada? Quais skills temos e de quais precisamos?
Nesse momento, você pode usar o Quadrante da Educação Corporativa, do professor Roberto Madruga:
O quadrante tem dois eixos. Um para analisar o compromisso atual da empresa (apenas informar ou transformar pessoas) e o outro para entender como esse compromisso é cumprido (de forma estruturada ou informal).
O objetivo dele é que você entenda em que ponto os seus colaboradores estão e a partir daí começar um planejamento.
Isso porque a Educação Corporativa só funciona de verdade quando o compromisso da empresa é transformar as pessoas e existir uma estrutura para que isso aconteça. Não basta ter só motivação e informação.
2. Falando no planejamento, a parte mais importante dele é desenhar o alicerce do programa da Educação Corporativa. Ele precisa ser bem-definido para que as responsabilidades e entregas de todos fiquem claras.
Em seu livro “Treinamento e desenvolvimento com foco em educação corporativa”, o professor Roberto faz uma sugestão da estrutura necessária para tirar o projeto do papel:
A longo prazo, o resultado é a formação de uma universidade corporativa, na qual você tem núcleos e academias específicas para desenvolver certos valores ou habilidades.
3. A Educação Corporativa precisa tanto de embaixadores na empresa quanto de parceiros estratégicos fora dela. Seja para ajudar na infraestrutura do ambiente de aprendizado quanto na elaboração do conteúdo.
O conteúdo precisa garantir a prontidão do time para os desafios que aparecerem. Então, atenção para não oferecer muito conteúdo e pouca aplicabilidade – lembre-se sempre do contexto da empresa e das tarefas do dia a dia.
4. Outro ponto importante é fazer o projeto conquistar o coração dos grandes facilitadores da Educação Empresarial: a alta gerência.
Para isso, procure apresentar cases de sucesso nacionais e internacionais, fale de concorrentes que estão colhendo frutos com essa estratégia e faça uma boa “venda” do seu planejamento.
Mas cuidado com expectativa versus realidade. Adeque o escopo, o plano e a possibilidade de sucesso do projeto de Educação Corporativa de acordo com os recursos que você tem. Assim, você evita uma cobrança desproporcional da alta gerência lá na frente.
5. Também é importante analisar os resultados da Educação Corporativa. Coletar o feedback das pessoas, entender o impacto da educação nos produtos e serviços da empresa, internalizar e aplicar as lições relevantes com rapidez.
🚀 Conquer RHack: Comece aos poucos! Aproveite eventos de rotina (como reuniões gerais) para inserir pequenos momentos de aprendizado, como quizzes e pílulas de conhecimento em vídeo.
Em um programa de Educação Corporativa, o ideal é que o gestor seja uma Liderança Educadora. Ou seja, um líder que não só compre a ideia.
Mas que também contribua ativamente para o alinhamento estratégico do programa, mobilize as pessoas e até mesmo atue como professor.
Então, é importante que os líderes sigam comprometidos com a EC, porque além de decisores, eles são grandes influenciadores. Sem eles, o aprendizado nunca será prioridade na empresa.
Nesse sentido, veja algumas ações que você pode tomar para conseguir manter os gestores focados na Educação Corporativa, baseadas em desafios comuns:
Mesmo eles sendo partes essenciais da engrenagem que faz a Educação Corporativa funcionar, não basta só conquistar o apoio dos líderes.
Afinal, ela só traz os resultados esperados se conseguir se integrar à cultura da empresa. E como a cultura é feita principalmente de pessoas, todos precisam se engajar, seja qual for o cargo.
Pensando nisso, confira 4 medidas para envolver o restante dos times:
1. Inclua momentos de aprendizagem desde o começo da jornada do colaborador. É muito mais fácil mantê-lo engajado nas ações educativas quando ele está desde o onboarding acostumado com elas.
Veja aqui uma ferramenta gratuita que ajuda você a mapear oportunidades de aprendizado em cada etapa da Employee Experience.
2. Estabeleça uma conexão entre aprendizado e crescimento profissional. Você pode usar o nível de interesse das pessoas nas ações de Educação Corporativa em avaliações de desempenho e carreira e como critério em momentos de sucessão.
3. A gamificação também faz o aprendizado ser mais prazeroso, os resultados dele mais tangíveis e a participação do aluno mais ativa. Na prática, você pode trabalhar com sistemas de pontos e até desbloqueio de prêmios e day offs para os mais dedicados.
4. Seu time de marketing é mais um grande aliado na busca por engajamento. Elaborem juntos um calendário de campanhas para divulgar as novidades e os resultados do seu programa, usando vídeos, depoimentos e newsletters especiais para atrair mais pessoas para as iniciativas.
As tendências atuais em Educação Corporativa foram alavancadas pelo avanço da tecnologia e pelo distanciamento social. Inclusive, elas podem ser combinadas para criar uma experiência ainda mais envolvente e produtiva para os seus times. Confira as principais abaixo:
Não é novidade, mas continua sendo tendência. A gamificação usa jogos e dinâmicas para deixar os momentos de Educação Corporativa mais instigantes através da estética de um game, com objetivos e recompensas.
Ela estimula a proatividade – por isso, é interessante aplicá-la quando as pessoas não estão engajando como o esperado.
Hoje, o celular é praticamente uma extensão nossa. Então, nada mais natural que ele também seja usado para nos desenvolvermos. E o Mobile Learning, ou aprendizado móvel, dá liberdade para as pessoas aprenderem quando e onde quiserem. Isso significa usar o celular para escutar um podcast na academia, assistir uma aula durante o café da manhã e ler livros digitais.
As novas gerações estão preferindo conteúdos cada vez mais curtos. Na Educação Corporativa, isso significa sessões menores de aprendizado, com menor intensidade e distribuídas ao longo do dia.
Na prática, estamos falando de treinamentos mais assertivos, com menos módulos, pílulas de conhecimento e quizzes. Além de eficazes, esses conteúdos menores são mais fáceis de produzir.
Além de produzir os materiais, uma outra tendência é oferecer uma curadoria de conteúdos externos para complementar o aprendizado.
Ou seja, reunir vídeos, artigos, infográficos e até eventos relevantes para a evolução das pessoas e enviá-los por newsletter ou rede interna da sua empresa.
O mundo se tornou híbrido e a busca por conhecimento também. O Blended Learning mistura o aprendizado online, como treinamentos à distância em plataformas EAD e o presencial, como team buildings e momentos focados na cultura.
A aprendizagem acontece de forma síncrona e assíncrona, diversificando e enriquecendo a experiência.
Cada vez mais, os times são compostos por pessoas de origens, idades, personalidades e formações diferentes. Nesse sentido, será que ter um aprendizado homogêneo é a melhor solução?
A Educação Corporativa Individualizada está ganhando terreno porque fecha de forma mais assertiva as lacunas de habilidades, com jornadas que entregam o conteúdo certo para as pessoas certas.
Se você quer oferecer trilhas assim para suas equipes, confira aqui as soluções da Conquer In Company.
Como você pode ver, as tendências destacam o protagonismo do aluno e combinam diferentes recursos para que ele sinta-se mais motivado a aprender.
Ou seja, focar na experiência das pessoas é o melhor caminho para que suas iniciativas de Educação Corporativa sejam agradáveis e atuais, mas que principalmente façam a diferença no crescimento da empresa.
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