Que inovar é essencial e urgente para a sobrevivência das empresas, (quase) todo mundo já sabe. O que nem todo mundo sabe é como fazer para inovar.
Mas antes que você pense que este post é um “passo a passo da inovação”, precisamos te contar uma coisa: A inovação organizacional não é uma receita de bolo para ser seguida à risca.
Cada empresa e cada mercado tem características próprias, e nem sempre a mistura de ingredientes que funciona para um, vai dar resultados para outro.
Mas existem alguns conceitos que aparecem com frequência quando você começa a se informar e estudar sobre inovação. Conhecê-los é um excelente primeiro passo para compreender a inovação organizacional e desenvolver essa cultura na sua empresa.
Transformação digital, VUCA, customer centric, Scrum, Sprint, Squad… Às vezes, a inovação pode ter um vocabulário muito particular, mas se você quer inovar, precisa conhecer!
Mas antes de você saber mais sobre esses conceitos, vamos falar sobre a definição de inovação organizacional e as habilidades profissionais mais importantes para os profissionais que querem se tornar protagonistas da inovação. Continue com a gente!
Por definição, inovação organizacional é o processo em que a empresa incorpora a prática da inovação como pilar de seu funcionamento e do negócio. Otimizar procedimentos, destravar burocracias e estimular soluções disruptivas são eixos fundamentais da inovação organizacional.
A transformação digital já é uma realidade e, naturalmente, o conceito de inovação organizacional está intimamente ligado às consequências da revolução digital pela qual estamos passando. Mas engana-se quem pensa que processos inovadores têm a ver apenas com tecnologia.
Acima de tudo, inovação depende das pessoas, e é por isso que empresas buscam profissionais cada vez mais capacitados para atuar em ambientes desafiadores.
Nesse cenário, diversas habilidades ganham ainda mais importância, começando pela criatividade. A capacidade de criar soluções de fato inovadoras, que aproveitem todo o potencial de um produto ou de um processo, é uma das mais valorizadas pelo mercado de trabalho até 2022, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
Além disso, entender e dominar as metodologias ágeis, os princípios do Design Thinking, saber analisar dados, ter um pensamento crítico e saber trabalhar de forma protagonista são competências fundamentais para quem atua – ou quer atuar – em organizações inovadoras.
A expressão VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity, Ambiguity) foi utilizada pela primeira vez em 1987, para descrever as mudanças que estavam acontecendo no mundo logo após o fim da Guerra Fria.
Mas ela se aplica muito bem ao cenário em que pessoas e organizações atuam hoje – volátil, incerto, complexo e ambíguo. Tão bem que o termo VUCA ainda hoje aparece em diversos livros, artigos e eventos sobre inovação.
A era exponencial é o momento que vivemos agora, de acelerado desenvolvimento tecnológico e transformações cada vez mais rápidas decorrentes desses saltos tecnológicos.
As empresas que são capazes de inovar, se desenvolver e causar impacto neste cenário são chamadas “organizações exponenciais”.
De acordo com Salim Ismail, Yuri Van Gees e Michael Malone, autores do livro “Organizações exponenciais”, essas empresas são capazes de desenvolver soluções 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas quando comparadas às organizações tradicionais.
Com uma pequena adição de recursos (pessoas e investimento), as organizações exponenciais podem atingir resultados imensamente maiores que as tradicionais.
Transformação digital é uma profunda mudança nos hábitos e comportamentos de consumo, trabalho, comunicação – desencadeada pelo avanço tecnológico.
É o processo de adaptação das pessoas e empresas a este novo ambiente de negócios que emergiu na era exponencial.
A transformação digital leva as organizações a atualizarem seus processos e adotarem novas metodologias de trabalho para manterem-se relevantes para clientes e stakeholders e conquistarem novos mercados.
O que nos leva ao próximo tópico…
Se a transformação digital são as mudanças desencadeadas pelo desenvolvimento tecnológico, a capacidade de se adaptar a essas transformações depende da existência de uma cultura de inovação.
A cultura de inovação dentro de uma empresa é caracterizada por diversos fatores, como:
Esses fatores são essenciais para que as empresas continuem se desenvolvendo e atendendo às necessidades do consumidor neste novo cenário. Quem não perceber isso logo, corre o risco de ficar para trás… ou deixar de existir.
Muitas empresas já começaram a se mobilizar para desenvolver uma cultura de inovação. Mas você pode imaginar que esse processo não acontece exatamente da mesma forma em uma startup e em uma grande corporação.
De um lado, as startups têm processos mais horizontais e maior facilidade para implementar metodologias ágeis de trabalho. De outro, as grandes organizações têm processos mais bem estruturados e uma melhor capacidade de análise de dados.
De certa forma, elas podem se beneficiar mutuamente dessas experiências.
Assim surgem os ecossistemas de inovação – startups, empresas e entidades de inovação de uma determinada região, integradas com objetivo de superar os desafios de desenvolver uma cultura de inovação.
Customer centric culture – ou cultura centrada no consumidor – é um elemento essencial para a inovação organizacional.
Antes, as empresas tinham um grande foco no seu produto ou serviço e nas estratégias para promovê-los.
Hoje, sabemos que o melhor processo é o contrário: partir de uma necessidade ou problema real do cliente e incluí-lo no processo de desenvolvimento do produto/solução.
Se o mundo é VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), quem manda são as tendências e os hábitos de consumo – ou seja, o consumidor.
Design Thinking é a adaptação do método criativo do design para outros segmentos. Ele utiliza um conjunto de ferramentas do design para explorar novas alternativas e solucionar problemas do universo corporativo.
O método valoriza o pensamento divergente e criativo e tem sido muito utilizado pelas empresas em busca de inovação.
Para acompanhar a velocidade das mudanças na era exponencial, um dos pressupostos da cultura de inovação é “errar rápido e aprender rápido”.
Só que grande parte das empresas ainda têm processos e fluxos de trabalho engessados, que dificultam a comunicação e a integração das equipes.
As metodologias ágeis vêm para transformar este cenário e conferir maior fluidez para o dia a dia – e até para projetos complexos como o lançamento de novos produtos, por exemplo.
Squad é uma organização muito utilizada dentro das metodologias ágeis. É uma equipe multidisciplinar, com profissionais de diversas áreas que possuem habilidades diversas e complementares.
São times com grande autonomia e que trabalham em conjunto especialmente no desenvolvimento de novos produtos, serviços ou funcionalidades.
Scrum é uma das metodologias ágeis mais conhecidas e utilizadas pelas empresas que estão em um processo de transformação digital. É uma maneira mais ágil, efetiva e criativa de gerenciar projetos.
O Scrum tem alguns elementos (personagens, produtos e processos) particulares.
O Sprint, por exemplo, é um ciclo com um período definido (1 semana, 15 dias…) em que a equipe se dedica a uma entrega específica.
As entregas devem sempre gerar valor para os públicos interno e externo da empresa, resultando em melhorias constantes no produto ou serviço e em aprendizado contínuo.
O método Lean – ou Lean startup – é uma forma de organização e cultura de trabalho utilizada pelas empresas e startups mais inovadoras.
O Lean tem como pressuposto identificar e eliminar os desperdícios de recursos e os ruídos que dificultam o desenvolvimento de projetos, entregando valor para o consumidor e melhorando continuamente a cada entrega.Agora que você conhece os principais conceitos ligados à inovação organizacional, que tal se desenvolver com a ajuda de profissionais que são referência em inovação e vivem na prática os mesmos desafios que você?
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