Mulheres na liderança: desafios e oportunidades

O mercado de trabalho está em constante transformação, e não há dúvidas: um dos movimentos mais significativos dos últimos anos tem sido o avanço da das mulheres na liderança das empresas

É incrível ver como, mesmo diante de tantos desafios, estamos conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. E não é por acaso: segundo a pesquisa Women in Business 2024 da Grant Thornton, o Brasil é o 10º país com mais mulheres em cargos de liderança, com 37%, dentre os 28 países abordados. 

Mas vamos ser sinceras: ainda temos um longo caminho pela frente. Quando olhamos para os cargos de CEO nas empresas brasileiras listadas na Ibovespa, apenas 5% são ocupados por mulheres. E a disparidade salarial? Continuamos recebendo, em média, 19,4% a menos que os homens em posições similares, de acordo com dados dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres. São números que nos fazem refletir e, principalmente, nos motivam a continuar lutando por mudanças.

O início da jornada: desafios das jovens profissionais

Se você está começando sua carreira agora, provavelmente já se deparou com aquela sensação de “será que eu sou boa o suficiente?”. Pois bem, você não está sozinha. A famosa síndrome da impostora é mais comum do que imaginamos. Mas é justamente nesse momento que precisamos nos fortalecer e buscar apoio.

Uma das estratégias mais valiosas é a importância da mentoria. Ter alguém mais experiente para trocar ideias, compartilhar experiências e, por que não, nos ajudar a navegar pelos desafios do dia a dia faz toda a diferença. Se sua empresa tem programas de mentoria, não hesite em participar. Se não tem, busque conexões em grupos profissionais, eventos do setor ou até mesmo nas redes sociais.

O momento da virada para mulheres na liderança: do júnior ao C-level

Na primeira liderança, é comum viver a mistura de empolgação com o medo do desconhecido, a vontade de fazer diferente e, ao mesmo tempo, o receio de não ser levada a sério. É nessa fase que muitas de nós nos deparamos com um dilema interessante: como encontrar nosso próprio estilo de liderança?

A verdade é que não existe uma fórmula mágica. O segredo está em desenvolver sua autenticidade, combinando assertividade com empatia. Não tenha medo de mostrar sua vulnerabilidade – isso não te faz menos líder. Pelo contrário: humaniza suas relações e fortalece os vínculos com sua equipe.

Para quem está começando, o cenário atual oferece oportunidades inéditas. As empresas estão mais abertas à diversidade, criando programas específicos para desenvolvimento de mulheres na liderança. Mas isso não significa que o caminho seja fácil. Você pode já ter ouvido de uma jovem profissional (ou talvez seja ela) que às vezes ela sente que precisa provar a capacidade duas vezes mais que os colegas homens.

É nesse momento que entra a importância das redes de apoio. O mercado tem visto um crescimento significativo de grupos e comunidades dedicados ao desenvolvimento profissional feminino. São espaços seguros para compartilhar experiências, buscar mentorias e, principalmente, encontrar inspiração em outras mulheres que já trilharam caminhos semelhantes.

Os desafios no alto escalão para mulheres na liderança

Para aquelas que já alcançaram posições mais seniores, os desafios ganham novas dimensões. A pressão para equilibrar vida pessoal e profissional se intensifica, especialmente quando falamos de maternidade. E sim, ainda hoje existem pessoas que questionam se uma mulher pode ser uma boa líder e uma boa mãe ao mesmo tempo. Spoiler: podemos ser o que quisermos!

É fundamental criarmos redes de apoio e sermos porta-vozes da mudança. Como líderes seniores, temos a responsabilidade de abrir portas para outras mulheres, seja por meio de programas de mentoria, políticas mais inclusivas ou simplesmente sendo exemplo de que é possível chegar lá.

Quebrando tabus e construindo pontes

Não podemos falar de mulheres na liderança sem abordar alguns elefantes na sala: o assédio, as microagressões, as interrupções constantes em reuniões. São realidades que muitas de nós enfrentamos, mas que precisam ser discutidas abertamente para serem combatidas.

Empresas que realmente se preocupam com equidade de gênero estão implementando políticas concretas e iniciativas voltadas para Diversidade & Inclusão. Mas mais importante que as políticas em si é a criação de uma cultura verdadeiramente inclusiva.

Construindo a sua própria trajetória

Se você está iniciando sua jornada rumo à liderança, aqui vão algumas dicas práticas:

  • Invista em autoconhecimento: entenda seus pontos fortes e áreas de desenvolvimento
  • Busque feedback constantemente
  • Cultive sua rede de relacionamentos
  • Não espere estar 100% pronta para aceitar novos desafios
  • 5Celebre suas conquistas, por menores que pareçam

O futuro é feminino (e diverso!)

As tendências são animadoras: cada vez mais empresas estão entendendo que diversidade não é apenas uma questão de justiça social, mas também de performance. Equipes diversas são mais inovadoras, mais criativas e entregam melhores resultados.

O caminho ainda é longo, mas olhando para trás, avançamos muito. E olhando para frente, vejo um futuro promissor, onde meninas poderão sonhar em ser líderes sem que isso pareça algo extraordinário.

Afinal, liderança não tem gênero. Liderança tem é competência, dedicação e, principalmente, a coragem de ser quem você é. Então, que tal começarmos essa transformação juntas?

Lady Marques

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