“É possível ter coragem mesmo quando estamos com medo?”
“Este é o único momento em que se pode ter coragem”
George R. R. Martin, As Crônicas de Fogo e Gelo
Desde muito cedo imaginamos que coragem é ausência de medo.
Super-heróis – da vida real, como nossos pais, ou do mundo fantástico – são, quase sempre, vistos por nós como corajosos e valentes.
Eles parecem incrivelmente destemidos, sem medos.
O que muitas vezes não vemos é que, por trás de cada ato de coragem, existe sempre uma carga de insegurança. Que, como no trecho do livro citado no início deste artigo, é somente diante do medo que temos a chance de realizar um feito de coragem. Caso contrário é vida normal, cotidiano – e cotidiano não exige coragem.
Não precisamos de coragem para continuar dormindo num domingo de chuva.
Não precisamos de coragem para acordar e fazer exatamente as mesmas coisas todos os dias. Não precisamos de coragem para andar pelo caminho seguro e conhecido.
Precisamos, porém, de coragem para convidar aquela pessoa para sair pela primeira vez. Precisamos de coragem para pedir um aumento de salário. Para questionar o chefe e expor nossas ideias. Para sair do emprego e empreender. Para ir atrás dos nossos sonhos e fazer acontecer.
E por que precisamos de coragem para isso?
Pois não temos total controle sobre os resultados dessas ações. O novo negócio pode dar certo – ou não. O chefe pode reagir bem ao seu pedido – ou não. Aquela pessoa pode aceitar o seu convite – ou não. E é dessas incertezas quanto as consequências de nossas ações que nasce o medo – uma emoção que, como todas as outras, não escolhemos, apenas sentimos.
Coragem não é não sentir medo.
Coragem é a decisão de agir apesar dele. É dar o primeiro passo – com frio na barriga mesmo – e continuar seguindo firme rumo a algo que você acredita.
Não importa qual é sua área de atuação ou como é sua personalidade: no mundo em que vivemos hoje, repleto de mudanças ocorrendo a todo o momento, coragem é, definitivamente, um fator fundamental para quem quer ir além.