Estamos vivendo uma revolução ligada às habilidades profissionais.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, mais de um bilhão de pessoas – quase um terço da força de trabalho do mundo – terão que desenvolver novas habilidades nos próximos anos.
Esse cenário de profundas mudanças, fruto da 4ª Revolução Industrial e da transformação digital, foi acelerado por uma crise de proporções globais, com efeitos que vão alterar profundamente os aspectos econômicos, sociais e culturais que sustentam nossas relações.
Diante de tantas mudanças, quais são as habilidades essenciais para este futuro?
E qual é o papel do RH no desenvolvimento dessas habilidades tão fundamentais para as organizações?
Neste artigo especial, nós listamos as principais habilidades do futuro, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
Além disso, separamos 3 dicas para você elaborar um plano de desenvolvimento contínuo de habilidades do futuro para os colaboradores da sua empresa.
Continue com a gente!
O RH como vetor de desenvolvimento contínuo
Antes de falarmos sobre as habilidades do futuro, vamos antecipar um ponto muito importante: na era do trabalho mutável, dinâmico, 4.0, as habilidades têm um prazo de validade curto.
Não à toa, o termo e a prática de Lifelong Learning – ou aprendizado ao longo da vida – ganhou protagonismo nos últimos anos.
O fato é que não é mais possível retornar à era pré-exponencial, quando as mudanças ocorriam de forma estruturada e planejada (para não dizer lenta), e o conhecimento não precisava de atualizações tão frequentes.
Hoje, o RH precisa ver o desenvolvimento de pessoas como uma tarefa contínua, implementada no esquema aprender – desaprender – reaprender.
O futuro das organizações depende desse processo e, em grande medida, os líderes já reconhecem a importância das ações de RH na superação dessa lacuna.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria PwC, 79% dos CEOs que participaram do estudo reconhecem que a falta de habilidades essenciais para o trabalho do futuro está ameaçando o sucesso das organizações.
Em grande medida, os RHs acompanham essa interpretação: 94% dos líderes de Recursos Humanos que participaram de pesquisa da consultoria global Willis Towers Watson acreditam que a prioridade é substituir o treinamento eventual para o desenvolvimento contínuo de novas habilidades.
O problema é que há um verdadeiro abismo entre essa interpretação e as iniciativas dos RHs. Apenas 18% dos líderes de RH pesquisados se consideram aptos a implementar um programa de treinamento contínuo para os colaboradores.
Essas pesquisas revelam, sobretudo, uma postura pouco proativa dos RHs e das organizações diante de um desafio inevitável: desenvolver os colaboradores para um futuro dinâmico.
Quais são as habilidades do futuro?
Nos últimos anos, as pesquisas sobre o Futuro do Trabalho apontaram para uma conclusão aparentemente óbvia, mas que não era consenso tempos atrás. Hoje, sabe-se que não existe uma contraposição entre máquina e humano no trabalho do futuro.
Na prática, isso quer dizer que a valorização de habilidades ligadas à tecnologia, à Inteligência Artificial e à análise de dados, por exemplo, não são opostas às chamadas soft skills. Elas são complementares, como aponta o Fórum Econômico Mundial no estudo Future Of Jobs.
Para produzir a pesquisa, o Fórum questionou corporações que atuam em 20 países sobre as habilidades vistas como mais importantes até 2025.
Confirmando uma tendência de valorização das soft skills, inteligência emocional, criatividade, originalidade e pensamento crítico aparecem ao lado de habilidades técnicas, como programação e análise de sistemas.
Confira as habilidades profissionais mais importantes até 2025 de acordo com o Fórum Econômico Mundial:
- Aprendizado ativo (lifelong learning)
- Uso, monitoramento e controle de tecnologia
- Criatividade, originalidade e iniciativa
- Pensamento crítico
- Liderança e influência social
- Resolução de problemas complexos
- Inteligência Emocional
- Raciocínio e ideação (gerar e desenvolver novas ideias)
- Persuasão e negociação
- Análise de sistemas e avaliação
- Resiliência e flexibilidade
- Foco nas necessidades do consumidor
- Solução para a experiência do usuário
- Pensamento analítico e inovação
O estudo confirma o que já é uma realidade em grande parte das empresas que decidem pela construção de uma cultura organizacional inovadora, marcada pelo propósito, confiança, autonomia e diversidade.
O sucesso no futuro está relacionado as soft skills, pois, como você sabe, habilidades técnicas por si só não garantem o fit do colaborador com a empresa, e nem bastam para que o funcionário consiga performar da melhor maneira.
O problema é que muitas empresas falham ao ignorar o seu próprio papel no desenvolvimento das soft skills, insistindo em procurar um colaborador “pronto”, com todas as habilidades profissionais desenvolvidas.
Nesse processo, o primeiro passo da área de Recursos Humanos é defender que a organização seja corresponsável pelo desenvolvimento dos colaboradores, principalmente em um momento de grandes mudanças no mundo do trabalho.
Pode parecer uma etapa simples, mas ela pressupõe uma profunda mudança de mentalidade na organização. Como vimos, apesar dos líderes entenderam a urgência de desenvolver as habilidades necessárias para o futuro, muito pouco tem sido feito nesse sentido.
Mais do que nunca, o papel do RH é ser o embaixador da aprendizagem e da qualificação contínuas.
Afinal, a realização de treinamentos corporativos esporádicos, desconectados entre si e sem uma estratégia coerente de desenvolvimento de pessoas, não é mais compatível com o trabalho do futuro.
Desenvolvendo as habilidades do futuro em 3 passos
1) Identifique quais habilidades precisam ser desenvolvidas
O primeiro passo exige um olhar analítico do profissional de RH às habilidades que precisam ser desenvolvidas para que os colaboradores possam performar no seu máximo.
Como vimos, o profissional do futuro é aquele que domina com maestria as relações interpessoais, tem autonomia na resolução de problemas, pensamento crítico, criatividade e inteligência emocional.
Essa tarefa tem uma grande carga de sensibilidade, pois pressupõe identificar os pontos fortes e fracos dos colaboradores para, depois, encontrar as melhores estratégias para superar essas lacunas.
Por serem habilidades comportamentais e mentais, a tarefa de mapeá-las e mensurá-las é um pouco complexa, mas esse processo é fundamental para garantir a alta performance dos colaboradores.
2) Mude a mentalidade do “saiba tudo” para o “aprenda tudo”
Foi-se o tempo em que o colaborador era obrigado a saber tudo. Aquele tempo em que demonstrar sinais de dúvida era sinal de fraqueza ou incapacidade não é mais compatível com a realidade.
Afinal, sabe-se que ninguém nasce com domínio sobre todas as habilidades técnicas e sociais necessárias para o um mercado de trabalho tão ágil.
Nesse ponto, o papel do RH é construir uma mentalidade baseada na aprendizagem e qualificação contínuas. A abertura ao desenvolvimento profissional e pessoal precisa fazer parte da cultura da empresa.
E mais: profissionais sênior, com anos de experiência, também precisam de um olhar atento e desenvolvimento constante.
Em outras palavras, o RH precisa deixar claro que não necessário que o colaborador “saiba tudo”, desde que ele esteja aberto a aprender novas habilidades e se desenvolver.
3) Elabore um plano de treinamentos corporativos
Depois de identificar as lacunas e estimular os colaboradores a superá-las, o próximo passo é elaborar um plano de treinamentos corporativos para desenvolver as habilidades do futuro.
Nesse ponto, é fundamental pensar de forma integrada, planejando uma sequência de treinamentos que faça sentido tanto para os colaboradores como para a empresa.
Uma das alternativas mais eficazes nesse momento é oferecer opções ao colaborador, para que ele possa assumir um papel protagonista no seu próprio desenvolvimento.
O plano de treinamentos e qualificação ideal é aquele que conseguirá conciliar o desenvolvimento do funcionário com o da organização.
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