A pressão por ser mais ágil e responder rápido às mudanças recai com cada vez mais força nas áreas de recursos humanos. Por lidar com pessoas, o RH muitas vezes se vê no olho do furacão com a transformação das empresas. Por isso mesmo, esta é uma área que deve ser protagonista desta agilidade.
O termo ágil, como uma nova forma de trabalho, com processos e metodologias capazes de acompanhar a velocidade das mudanças na era exponencial, não é novidade.
O termo começou a se popularizar desde o lançamento do Manifesto Ágil, em 2001, e hoje já faz parte do vocabulário de grande parte dos profissionais.
Agora, o ágil ganha espaço em diferentes áreas, saindo exclusivamente do desenvolvimento de softwares para as áreas de logística, vendas, marketing… E o RH não é exceção!
O RH ágil é um movimento por uma melhor cultura de trabalho, que se adapte rapidamente às mudanças e ajude a construir e dar suporte a uma rede de times capacitados, engajados, independentes e colaborativos.
Mas por que é que essa tal de abordagem ágil está tomando conta do mercado e, agora, da área de recursos humanos?
O mundo está mudando. As tecnologias, as formas de comunicação, as relações, os padrões de consumo… As empresas estão mudando.
Os modelos tradicionais de planejamento e execução de projetos estão sendo substituídos por metodologias mais ágeis, focadas em pessoas (tanto no público externo, quanto interno) e mais voltadas para o curto prazo – com feedback em tempo real, mínimo produto viável (MVP), organização em squads, etc.
A agilidade se tornou a nova moeda de troca no mundo dos negócios. Quem estiver monitorando as mudanças no mercado e souber se adaptar rapidamente pode criar novas oportunidades e prosperar. E quem for lento demais para se adaptar, vai acabar falindo.
No centro de todas estas mudanças há um elemento em comum: as pessoas. Por isso, a área de recursos humanos é crucial para a nova economia.
Da mesma forma que as pessoas e as empresas se adaptam e adotam novas formas de organização para atender às necessidades da era exponencial, o RH ágil deve se adequar às novas formas como a empresa se organiza – e estimular essa agilidade em todas as áreas da empresa.
Quer ver como a abordagem ágil pode beneficiar os seus processos? Confira este outro texto:
> Você deveria implementar a abordagem ágil em seus projetos?
O papel do profissional de recursos humanos é fundamental para construir este RH ágil, que se beneficia das metodologias ágeis e difunde essa cultura para toda a empresa.
Inspirado pelo Manifesto Ágil, de 2001, foi criado em 2019 o Manifesto Ágil do RH. De acordo com os signatários do documento, um profissional de RH ágil valoriza e desenvolve:
Os princípios por trás do Manifesto Ágil do RH são:
Para colocar em prática esses princípios, diversos processos e tarefas que são conduzidos pela área de recursos humanos já começam a passar por transformações. Confira algumas das principais mudanças:
Os processos de recrutamento e seleção de pessoas (e até mesmo de fornecedores) precisam ser cada vez mais rápidos e assertivos.
Contratações que não atendem mutuamente às necessidades da empresa e do colaborador contratado podem resultar em altos índices de turnover, atraso em projetos importantes, ou até mesmo a perda do timming em um lançamento.
E na era do ágil, o tempo é um dos ativos mais valiosos das organizações.
A configuração de equipes em squads é uma característica marcante da cultura ágil. Squad (um conceito da metodologia Scrum) é uma equipe multidisciplinar, com pessoas de diferentes áreas trabalhando em um mesmo projeto com prazos e entregas bem definidos.
Passa a ser um dos papéis do RH compreender essa nova forma de organização e facilitar a dinâmica dessas equipes estimulando sua autogestão e autonomia na tomada de decisão.
Esse formato também tira bastante o foco da hierarquia – uma vez que temos pessoas de diferentes áreas e níveis hierárquicos interagindo de igual para igual – e cabe à área de recursos humanos estabelecer um sistema para acompanhar o desempenho dos profissionais e estimular a comunicação e a cultura de feedback entre eles.
Já passou o tempo em que o feedback era guardado para uma avaliação de desempenho semestral ou anual.
Isso não quer dizer que esses formatos de avaliação deixam de existir completamente – eles ainda se encaixam na realidade de muitas empresas. Mas significa que, na cultura ágil, os feedbacks também acontecem de forma mais pontual e imediata.
Como? Em reuniões periódicas individuais e de equipe, avaliações de desempenho em ciclos ou após a conclusão de um projeto e no dia a dia, na interação entre os colaboradores.
Mas nem todos os profissionais estão acostumados com essa realidade. Para muitas pessoas, principalmente aquelas que vêm de culturas empresariais mais engessadas, o hábito de dar e receber feedback para um líder ou mesmo para seus pares não é natural.
A área de RH entra desenvolvendo sistemas para estimular o feedback construtivo, garantir segurança no processo (para que todos os colaboradores – independente do seu nível hierárquico – ofereçam feedback sincero sem medo de represálias) e fomentar relações de confiança entre líderes e liderados.
Quando a empresa está migrando para sistemas e metodologias de trabalho ágeis, uma das reações mais naturais é enfrentar resistência das lideranças.
Isso porque a cultura ágil pressupõe um poder de decisão e autonomia muito maiores para os colaboradores que não necessariamente ocupam cargos de liderança.
Isso fica claro neste exemplo sobre o Banco de Montreal, citado em uma reportagem da Harvard Business Review:
“Quando a instituição introduziu equipes ágeis para projetar alguns novos serviços para os clientes, os líderes seniores ainda não estavam totalmente prontos para abrir mão do controle, nem seus subordinados a assumi-lo.”
Sabe qual foi a solução encontrada pelo RH da instituição? Qualificar os seus líderes para atuarem como mentores, mais voltados para o desenvolvimento de pessoas que para a supervisão de processos. Além disso, o Banco instituiu uma prática de “retrospectivas”, ou seja, sessões de feedback realizadas após cada interação.
Esses processos permitiram identificar rapidamente sucessos e fracassos no projeto e deram mais segurança para as equipes agirem com autonomia.
Como já ficou claro no tópico anterior, um dos principais focos do RH Ágil deve ser o treinamento e qualificação das suas equipes. E não apenas para aprender a aplicar as novas metodologias de trabalho.
Com a velocidade das mudanças na era exponencial, não dá para assumir que um funcionário recém-formado na universidade estará preparado para atuar nesse contexto de incerteza e rápidas transformações – e quem dirá os colaboradores que estão há mais tempo fora das cadeiras das universidades e cursos livres.
Dessa forma, torna-se uma das responsabilidades da área de recursos humanos estimular o aprendizado e desenvolvimento contínuo dos colaboradores – seja por iniciativa própria ou por meio de programas institucionais, como a criação das “universidades corporativas” ou a contratação de cursos e treinamentos incompany.Como o RH tem contato com todas as áreas e colaboradores da empresa, isso coloca a área em uma posição estratégica para fomentar novas práticas organizacionais e facilitar a implementação de metodologias ágeis de trabalho.
Ou seja, o RH torna-se ágil para difundir e acelerar a inovação e a transformação digital em todas as áreas da empresa!
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