Confira o poder do storytelling e se inspire nesses exemplos para as suas apresentações.
Desde os primórdios, nós, seres humanos, somos apaixonados por histórias. Afinal, sempre foi e sempre será uma arte que une pessoas, provoca emoções e torna o aprendizado algo que não só desperta o interesse, mas permanece na memória.
Acontece que nos dias de hoje, essa técnica milenar ganhou o bonito nome de storytelling e milhares de exemplos têm surgido quando o assunto é falar em público.
Isso porque percebemos que não apenas quando crianças, mas mesmo adultos, temos muito mais facilidade em absorver as informações quando elas são transmitidas através de uma narrativa cativante, cheia de personagens e desafios.
Por conta disso, diversos exemplos de storytelling têm se apresentado como uma ferramenta útil para potencializar o conteúdo de uma apresentação.
É importante saber, no entanto, que a definição de storytelling vai muito além do “era uma vez” ou da “arte de contar história”, essa grande habilidade passa a ser, no universo da oratória, o que chamo de uma transfusão de emoções entre o apresentador e o seu público.
O motivo disso é que ao transformar o seu conteúdo em uma boa história você passa a ter o superpoder de atrair o foco das pessoas, tornando sua mensagem muito mais cativante e criando uma conexão real com o seu público.
Nesse artigo vou apresentar 3 grandes exemplos de como implementar o storytelling nas suas apresentações e prender a atenção do seu público de uma vez por todas!
Os exemplos abaixo são extraídos do TED Talks, um circuito de palestras, mundialmente conhecido, que tem como missão a disseminação de ideias.
1. Richard Turere: Minha invenção, que fez as pazes com os leões
Um bom exemplo de storytelling é o TED Talks de Richard Turere, um menino de 13 anos de idade que vive na comunidade Massai, onde o gado é extremamente precioso e tem sido alvo recorrente de ataques de leões.
E é nessa pequena e inspiradora palestra, que o jovem inventor compartilha, através de storytelling, toda a sua vida na superação desse desafio e como, com maestria, chegou a construir uma solução à base de energia solar, a fim de afugentar os leões, em segurança.
É preciso perceber que a narrativa conta com a estrutura de um excelente storytelling por meio da apresentação do personagem principal, que atravessa um conflito, alcança o ponto de virada e encontra a solução do problema!
Essa trama envolve o público a ponto de torcer pelo personagem do início ao fim.
Além disso, não sobram dicas para deixar o conteúdo ainda mais envolvente. Outra dica que se vê neste mesmo TED é a apresentação das imagens reais do personagem.
Cada trecho da história foi associado com fotos do palestrante, ajudando o público a vivenciar e fazer parte de fato do storytelling.
E como se não bastasse, ao final, Richard faz outra maravilhosa revelação (abaixo trazemos um pequeno spoiler), contando o que ainda está por vir na conquista dos seus sonhos… fazendo com que seu público torça por ele em cada passo desse caminho.
“Então, um ano atrás, eu era apenas um menino nos pastos da savana, pastoreando o gado do meu pai, e costumava ver aviões passando no céu, e eu disse para mim mesmo que, um dia, eu estaria lá, dentro de um. E aqui estou eu hoje. Eu tive a oportunidade de vir de avião, pela primeira vez, ao TED. Meu maior sonho é me tornar engenheiro aeronáutico e piloto, quando eu crescer.”
2. Amy Cuddy: Sua linguagem corporal molda quem você é
Outro exemplo de storytelling é o TED da psicóloga social Amy Cuddy.
Ela defende que “fazer poses de poder”, ou seja, ficar numa postura confiante, mesmo quando não nos sentimos confiantes, pode estimular o cérebro a você mesmo acreditar nisso e, desta forma, aumentar a sua performance.
Após a apresentação do seu estudo, a pesquisadora compartilha com a plateia a sua história pessoal, em que:
“Quando eu tinha 19 anos, tive um acidente de carro muito sério. Fui jogada pra fora do carro, rolei muitas vezes. Acordei numa reabilitação para lesão na cabeça, eu havia sido retirada da faculdade e eu soube que meu QI havia reduzido em dois desvios-padrão o que foi muito traumático. Eu sabia meu QI pois era identificada como inteligente e fora declarada superdotada na infância.”
Perceba que a confissão do acidente estava profundamente conectada com todo o estudo apresentado até ali, afinal, Amy contou ter buscado forças na superação desse desafio justamente modelando a sua linguagem corporal e obtendo a confiança necessária para seguir em frente, se formando e inspirando outras pessoas.
E esse é um exemplo do poder do storytelling, pois não basta ter uma história a ser contada, ela deve estar atrelada ao conteúdo, reforçando a mensagem a ser passada pelo apresentador.
Lembre-se sempre: a mensagem do storytelling é um presente a ser dado ao seu público, e ele o carregará para sempre!
3. J.J. Abrams: a caixa misteriosa
Outro grande exemplo sobre o assunto é o TED do J.J. Abrams, onde ele conta sobre o seu amor pelo mistério desconhecido – uma paixão que é evidente nos seus filmes e séries de TV, entre eles Cloverfield e Lost.
Através de uma história cativante, o escritor, diretor e produtor de cinema e televisão dos Estados Unidos mantém toda a plateia instigada e prestando atenção no conto que envolve a compra de uma caixa misteriosa e o fato dele nunca a ter aberto.
Abrams então, na dose certa da curiosidade e mistério, arte que domina, revela então o seu real motivo por trás da caixa.
Novamente, além da história estar diretamente ligada com tema apresentado, o escritor reforça o poder do storytelling ao revelar o que a caixa misteriosa representa para ele:
“… representa possibilidades infinitas. Representa esperança. Representa potencial. E o que eu amo sobre esta caixa, e o que eu provavelmente faço em qualquer coisa que faço, é que eu me encontro com possibilidades infinitas, este tipo de potencial. E concluo que o mistério é o catalisador da imaginação. Agora, não é a ideia mais original, mas quando comecei a pensar que talvez haja horas em que o mistério é mais importante que o conhecimento, eu comecei a ficar interessado nisso.”
Esse exemplo de storytelling representa o ideal daquilo que chamamos de “história de detetive”, um formato de apresentação que conduz o seu público, pouco a pouco, a descobrir pequenas revelações da sua história até o desfecho final.
Outros, costumam chamar esse formato de storytelling de “montanha russa”, já que mantém cada pessoa da plateia com a sensação e o desejo de saber o que vem pela frente naquela narrativa, como se estivessem, de fato, em um parque de diversões.
E aí, curtiu os exemplos?
Depois de inspirar-se com essas palestras, tenho certeza que suas apresentações nunca mais serão as mesmas. Chega de apresentações chatas e nada atrativas.
Mas lembre-se que além de um bom conteúdo, um grande apresentador também deve dominar as técnicas de oratória!
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