De Davos a Berrini. A tecnologia está no centro das preocupações das empresas de todos os setores. O que é ótimo, mas muita gente está confundindo tecnologia com inovação. E esse é um dos 3 principais erros das empresas que querem inovar.
É aí que as coisas podem ficar meio perigosas.
Tecnologias ficam obsoletas. E essa obsolescência, muitas vezes, chega no atropelo — as empresas gastam um caminhão de dinheiro com uma tecnologia que, de repente, deixa de ser usada. Assim, se veem presas a um investimento inútil.
Inovação é outra coisa. É o processo que permite que o investimento em tecnologia ocorra de forma estratégica.
Muitas empresas que eram as “mais tecnológicas” de seu tempo já foram parar no limbo da história. Se você pegou a internet do início dos anos 2000 deve se lembrar dos CDs de instalação da America Online. Quando a AOL se uniu a Time Warner, muita gente considerou que elas formariam a maior empresa de mídia do planeta.
Mas a tecnologia de discadores que movia a AOL subitamente tornou-se obsoleta. Afinal, ninguém mais usa internet discada. A fusão AOL-Time Warner, avaliada em US$ 164 bilhões, é hoje vista como uma das mais fracassadas da história. A tecnologia caiu em desuso e a AOL não se manteve inovadora.
Quer entender melhor sobre esse assunto? Dá uma olhada no vídeo da Marcela Cuenca, professora de inovação da Conquer:
Muitos exemplos ao longo da história mostram que quem domina um novo mercado não é necessariamente o criador daquela tecnologia.
Um novo mercado tende a ser dominado por quem compreende o valor da inovação. Ou seja: não é a tecnologia em si, mas a diferença que ela faz na vida das pessoas e dos clientes.
Os pioneiros da tecnologia trilham os primeiros passos, mas quem cria novos mercados são as empresas que encontram o valor da inovação.
Essa é uma das premissas da “Estratégia do Oceano Azul”, criada por Chan Kim e Renée Mauborngne (em livro de mesmo nome).
Eles pregam que as empresas devem parar de se ocupar dos concorrentes. Dessa forma, passam a se preocupar em criar mercados inteiramente novos, onde vão poder nadar de braçada (como em um oceano azul).
“A principal lição para migrar dos disputados mercados já existentes — que enxergamos como mares vermelhos, cheios de tubarões — para mercados totalmente novos, oceanos azuis sem concorrência e com crescimento exponencial, é que você deve focar no valor da inovação. E não na tecnologia per se“.
Como saber se você está criando valor para a sua inovação? Kim e Mauborgne dão algumas dicas, que podem criar os empreendedores nessa estratégia:
Para ter uma empresa inovadora, o ponto central não é a tecnologia. São as pessoas.
A inovação deve ser um processo e estar ligada diretamente ao modelo de negócios da empresa. Dentro de uma empresa tradicional, isso implica em adotar uma cultura voltada para o mindset digital.
É um caminho difícil, que passa por encontrar um propósito, mudar a forma de criar produtos e até de olhar para os problemas da organização. Mas é possível de ser trilhado.
Mais ainda: é necessário. As empresas que não se adaptarem para o digital tendem a ser engolidas pela irrelevância. E correm o risco de serem elas próprias obsoletas, porque o mundo não vai esperar a sua empresa se adaptar ao digital.
O programa Setup Innovation da Conquer, prepara as organizações para enfrentar o mundo digital. A mudança de mindset impacta as pessoas, que transformam as organizações.
O Eduardo Albuquerque, Head de Inovação da Conquer, contou quais são os passos para começar a inovar e explicou um pouco sobre esse programa de treinamentos em inovação.
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