Simon Sinek, uma das principais referências contemporâneas quando o assunto é inspiração e liderança, afirmou:
“Para onde for o líder, a cultura da empresa também irá.”
Acredito que, mais do que nunca, a pandemia trouxe essa premissa para mais perto da nossa realidade, desconstruindo muito do que se conhecia sobre trabalho em escritório e obrigando as empresas a olharem mais para dentro e repensarem seus processos – incluindo o trabalho remoto.
Foi assim que encarei um dos principais desafios desde que comecei na área de Pessoas na Juntos Somos Mais – ou como chamamos carinhosamente por aqui de “People”.
Como conduzir processos, pessoas, operações – absolutamente tudo – dali para frente?
A resposta estava nas lideranças.
Estamos em home office desde a segunda-feira, 16 de março. São quase 130 dias com toda a equipe – sem exceção – atuando de casa. Ainda nem temos dois anos de vida, dobramos de tamanho em seis meses. Mas preciso dizer: tivemos muitos ganhos.
Aqui na #Juntos, temos um valor que é: “um time forte, empático e divertido”. E isso nunca se fez tão verdade! Mas, para manter o time unido e confiante, as lideranças são o nosso alicerce.
A pandemia deixou claro que precisamos, mais do que nunca, de líderes. Mas acredito que ser um líder é mais do que inovar, ter boas experiências e trazer resultados.
Um líder deve estar constantemente aberto para ouvir e aprender com humildade.
Esse foi o período propício – e necessário – para reciclar conceitos. Juntos com as lideranças das nossas equipes, criamos o Leadership Experience, em parceria com a Conquer, para nos ajudar nessa jornada.
Agora, depois de completada a missão, compartilho com vocês 4 principais aprendizados que tiramos dessa experiência. Espero que eles sejam tão úteis para líderes quando foram para nós.
1. Antes de liderar pessoas, é preciso liderar nós mesmos
Sabe aquela máxima “conhece a ti mesmo”? É isso. Investir (muito!) em autoconhecimento é uma das principais alavancas da boa liderança.
A tecnologia pode ajudar nesse processo. Existem hoje, na literatura, inúmeras ferramentas que podem auxiliar: DISC, Quantum… Aqui na #Juntos, utilizamos o MBTI, um teste de personalidade bem interessante.
O MBTI ajuda a encontrar características e preferências pessoais, e a compreender como percebemos o mundo. Se você quer saber qual o seu tipo de personalidade, faça o teste aqui. Entender as suas preferencias, de seu time e de seus pares pode ajudá-lo a melhorar os relacionamentos, ter mais empatia e, consequentemente, potencializar os resultados.
Comunicação é tão importante quanto autoconhecimento. Ser transparente e assertivo nos ajuda a evitar conflitos prejudiciais. Também, como parte da comunicação, é preciso confiar nas pessoas: observar um fato é diferente de interpretá-lo. Evite julgamentos e deixe suas intenções claras.
Por exemplo: se alguém da sua equipe se atrasou para a última reunião, entenda o que aconteceu antes de dizer “ele SEMPRE se atrasa”. A forma como você se comunica impacta nos resultados e reflete – positiva ou negativamente – no clima entre liderados.
E priorize! Se tudo é prioridade, nada é prioridade. Conheça a capacidade produtiva do seu time e respeite esse limite. Há gargalos? Busque sempre a causa raiz e resolva a questão de uma vez, sem #mimimi. Você vai ver como tudo irá fluir melhor.
A postura que você adota como líder é responsabilidade sua; escolher como você vai liderar também.
2. Ser líder é um mindset, não uma posição
Por isso, ser líder representa mais uma atitude do que o poder que essa palavra pode trazer. Quem constrói uma empresa é o time e isso precisa estar muito claro para quem quer liderar.
Sempre, sempre, sempre aposte nas pessoas.
Entenda que cada pessoa tem um brilho no olhar e cada uma é motivada na sua individualidade. Deixe essa diversidade florescer.
Foque na construção de um círculo de confiança, em ter equipes que cooperam, que se integram. Invista em conhecer quem está a sua volta, faça dinâmicas, happy hours, cafés virtuais. Separe 15 minutos para debater algum conteúdo.
Abandone de vez aquele velho modelo de motivação com base em recompensas e punições – isso há tempos não funciona mais!
Engaje as pessoas. Produtividade, desempenho, resultados: isso tudo é consequência do cuidado que você tem com elas.
Valorize, reconheça e agradeça. Equipes que não comemoram podem se sentir desmotivadas e improdutivas. Portanto, celebre cada conquista.
Aqui na #Juntos, a gente envia elogios via Qulture Rocks, mandamos “buzinas virtuais” no Slack, enviamos presentes, fazemos eventos para integrar as pessoas e buscamos formas de comemorar cada vitória! Isso nos ajuda a enxergar nossas conquistas, as de outros, e a trabalhar em equipe.
Lembre-se: pequenas atitudes provocam grandes mudanças.
Dica bônus de leitura: recomendo muito o livro “Motivação 3.0″, do Daniel H.
3. Lean startup para sustentar o líder como mantenedor da cultura
Vivemos na Era da Informação. A todo momento, precisamos solucionar problemas, aprender com agilidade e trabalhar em um ambiente de inovação colaborativa. Nesse contexto, o pensamento lean incentiva uma forma de trabalho interessante que é:
“Falhe cedo, falhe barato e aprenda rápido”
A ideia por trás dessa premissa é que sejamos capazes de construir hipóteses, medir como nossos clientes irão reagir e aprender rapidamente, pivotando o modelo ou perseverando a partir de experimentos. Assim, o produto/serviço evolui de forma muito mais assertiva.
Minha dica de leitura aqui é o livro “Lean Startup”, de Eric Ries, que explica exatamente esse processo.
4. Seja exponencial
Aqui a ideia é: pense de forma disruptiva e olhe atentamente para o futuro. Você precisa inovar, claro, e a tecnologia é a sua aliada. Mas jamais perca de vista a conexão emocional com as pessoas.
Quer estabelecer objetivos ambiciosos? Vá sem medo! Mas maximize o aprendizado, empodere pessoas e aumente sua zona de influência.
Influenciar e transformar a vida das pessoas é um dos presentes mais fantásticos que líderes podem receber. Aproveite!