Como você tem feito a divisão do seu orçamento?
Em um primeiro momento, essa é uma pergunta que pode ficar sem uma resposta rápida. Afinal, não são todas as pessoas que sabem exatamente como a sua própria renda é distribuída em todas as contas e despesas.
Isso pode ser explicado porque muitas pessoas não sabem exatamente o valor da sua renda e nem mesmo quais são todos os gastos mensais. Ter o controle desses dois pontos, entendendo quais são os tipos de gastos e qual é o percentual da renda destinado a cada um deles, é essencial para manter a vida financeira sob controle.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Conquer em parceria com o Datacenso, 7 em cada 10 brasileiros não têm um bom planejamento financeiro, essa falta de organização impacta diretamente o bolso dessas pessoas: segundo a mesma pesquisa, 67% dos brasileiros estão endividados.
Se você tem dúvida sobre como iniciar a sua organização financeira, adotar a regra 50 30 20 pode ser o pontapé inicial para esse processo. Conheça mais detalhes dessa metodologia que você pode colocar em prática hoje mesmo:
A regra 50 30 20 é um método para fazer a divisão do seu orçamento e assim organizar as suas finanças. Ao dividir o seu orçamento com base nela, é possível criar mais equilíbrio financeiro.
A proposta dessa regra é que 50% da sua renda seja utilizada em gastos fixos referentes às suas necessidades; 30% seja de gastos variáveis, que podem ou não acontecer ao longo do mês; e 20% para o seu objetivo financeiro, seja ele fazer uma reserva de emergência, pagar dívidas ou investir, por exemplo.
O primeiro passo para colocar a regra 50 30 20 em prática é identificar exatamente qual é a sua renda. Para isso, faça o cálculo da sua renda líquida, ou seja, basta subtrair todos os descontos e impostos da sua renda bruta.
Depois de fazer esse cálculo, identifique e faça o registro de todos os seus gastos mensais – pode ser em uma planilha, em algum aplicativo ou até mesmo colocando na ponta do lápis.
Depois de fazer esse controle, chegou a hora de classificar cada um desses gastos. Para isso, as categorias são: gastos fixos e essenciais; gastos variáveis; e objetivos financeiros.
Metade do seu orçamento deve ser destinado às contas essenciais e obrigatórias, ou seja, aquilo que é indispensável. Nessa categoria estão gastos com alimentação, aluguel, contas como luz e água, entre outros itens.
Para entender o que é essencial, você pode fazer o seguinte exercício e se perguntar: esse mesmo gasto seria necessário caso eu tivesse um estilo de vida completamente diferente ou se os meus planos futuros fossem outros? Se a resposta for sim, é um gasto necessário.
Além disso, é importante ressaltar que esse é um exercício individual. Um certo gasto pode ser entendido como essencial para algumas pessoas e como dispensável para outras. Por isso, é importante que você exercite essa reflexão sobre os seus próprios gastos e seu estilo de vida.
Essa é a parte do orçamento que deve ser destinada aos desejos pessoais. Nesse grupo, entram despesas como passeios, idas a restaurantes e viagens, por exemplo. Essa é a categoria mais pessoal e a que mais varia, já que cada pessoa avalia quais são os seus desejos.
Mesmo que muitas pessoas pensem que essa categoria não seja relevante, é importante proporcionar momentos de lazer e de bem-estar. Por isso é fundamental prever isso no seu orçamento mensal e destinar essa porcentagem da sua renda para você mesmo.
A última porção do seu salário deve ser direcionada para algum objetivo financeiro, como a quitação de dívidas (caso você tenha), investimento ou mesmo a criação da sua reserva de emergência.
Se você tem dúvida do que fazer logo no início da sua reorganização financeira, priorize a criação da sua reserva. Em caso de emergências, ela vai ser fundamental para a sua saúde financeira.
Além disso, é possível distribuir os 20% da sua renda em diferentes frentes. Você pode, por exemplo, aplicar metade desse valor em algum tipo de investimento e a outra metade para o seu fundo de reserva, por exemplo.
Esse percentual é muito importante e não pode ser deixado de lado. É ele que pode dar o suporte necessário para os seus projetos no futuro e oferecer mais segurança financeira.
A principal vantagem da regra 50 30 20 é a sua rápida implementação. É um jeito ágil e prático de organizar as finanças e entender quais são os principais gastos, e, a partir disso, conseguir redirecionar a sua renda para cada uma das categorias.
É importante ressaltar que essa metodologia pode ser adaptada de acordo com as suas necessidades. Algumas pessoas podem destinar menos da sua renda à reserva de emergência, por exemplo, por não ter condições para reservar 20%. O importante é adaptar e seguir a ideia central de dividir a renda nas 3 categorias.
O que não se mede, não se gerencia. Por isso, criar uma boa relação com o seu dinheiro para saber como administrá-lo bem começa com a organização financeira.
Além da administração do seu dinheiro, a organização das suas finanças pode contribuir para a sua independência financeira com o apoio de boas práticas financeiras, incluindo o uso da metodologia 50 30 20.
Como já comentamos, a primeira etapa da organização financeira inclui entender qual é a sua renda líquida (valor sem todos os descontos) e quais são todas as suas despesas a partir de um controle minucioso.
Para te ajudar nessa etapa, criamos um modelo de planilha gratuito para você registrar informações importantes. Assim, você consegue acompanhar todas as suas movimentações financeiras de uma maneira descomplicada. Para baixar a planilha de finanças pessoais, é só acessar aqui.
A tarefa de controlar todos os seus gastos pode parecer chata, mas ela é fundamental para as demais etapas do seu controle financeiro. Além da planilha, existem aplicativos que facilitam esse exercício. Confira alguns:
Seja em um aplicativo, planilha ou mesmo com papel e caneta, adotar a metodologia 50 30 20 é um bom início para quem quer assumir o controle de todas suas finanças.
Como você percebeu, a regra do 50 30 20 é uma maneira prática de entender suas finanças, direcionando sua renda para aquilo que é essencial, o que é pessoal e para os seus objetivos financeiros.
É preciso ter disciplina para seguir a regra, mas é uma maneira de alcançar seu equilíbrio financeiro e ter mais controle do seu próprio dinheiro.
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