Neste cenário em que a única constante é a mudança, liderar é muito mais do que cobrar metas e acompanhar os resultados: estamos falando da habilidade de inovar, engajar e inspirar os times.
Um estudo da Deloitte mostrou que 70% do engajamento de um time depende da qualidade do seu líder. A pesquisa aponta também que uma equipe desengajada é duas vezes menos produtiva, 54% menos eficiente e tende a ficar cinco vezes menos tempo dentro da empresa.
Para desenvolver sua habilidade de liderar de forma rápida e assertiva, nada como aprender com profissionais que já lidaram com os desafios da jornada, aprenderam errando e acertando e, hoje, são referência no que fazem.
Entre 28 e 30 de setembro, na Semana de Liderança da Conquer, grandes nomes do mercado vão compartilhar conteúdos sobre futuro, inovação e transformação na liderança: Claudia Abreu, Conselheira Executiva, Ana Moises, Diretora Comercial Latam do LinkedIn, Guto Pedreira, Consultor JAP Treinamentos, Francisco Homem de Mello, CEO da Qulture.Rocks, Estevan Sartoreli, CEO Dengo e Ricardo Melo, VP de Gente e Gestão da Ambev.
Se você quer relembrar os melhores momentos, confira o resumo que preparamos para você. Confira!
Dia 1 :: Ambidestria: a competência essencial do CEO do futuro
Dia 2 :: Vulnerabilidade no C-Level
Dia 3 :: Antecipando tendências e adaptando culturas
No primeiro dia da Semana de Liderança, Claudia Abreu, Conselheira Executiva e ex-CEO da Mundo Verde, e da Ana Moises, Diretora Comercial Latam do LinkedIn, conversaram sobre “Ambidestria: a competência essencial do CEO do futuro”. Aline Gomes, Head Comercial da Conquer, e Edu Albuquerque, Cofundador do Conquer Labs, intermediaram a conversa.
Você pode conferir a apresentação da Aline em PDF clicando aqui.
No momento em que vivemos, a ambidestria se tornou fundamental para os líderes. Ao mesmo tempo em que precisamos nos adaptar à nova rotina que o distanciamento social impôs, é necessário identificar rapidamente as tendências e encontrar o melhor caminho para a sobrevivência do negócio em um futuro tão dinâmico.
Nesse contexto, as lideranças não tinham respostas prontas para tudo, o que valorizou ainda mais a habilidade de testar: é melhor errar pequeno e várias vezes do que errar grande uma única vez.
A falta da previsibilidade também contribui para a adoção de testes. Muitas empresas que não estavam preparadas para migrar para o digital foram desafiadas a se transformar, e os testes passaram a fazer parte da realidade de muitas delas. Líderes e seus times começaram a se arriscar mais e olhar também para o agora: o planejamento estratégico que era de cinco anos se tornou o plano dos próximos meses.
No processo de inovar e, ao mesmo tempo, ser produtivo e eficiente, o líder erra justamente quando não sabe lidar com o erro. Para isso, é preciso estar genuinamente disposto a delegar responsabilidades para o time e, caso exista o erro, ter tolerância a ele.
O líder precisou aprender a lidar com seu ego e entender que ele não tem todas as respostas, e não há problemas nisso. Só é possível inovar quando o erro é gerenciável: como inovar se o próprio líder não se permite errar?
Uma das características da ambidestria é a vulnerabilidade. Em um cenário de tantas transformações, ninguém mais tem as respostas prontas e é preciso estar disposto a testar, errar e assim construir soluções em conjunto. A partir do erro gerenciável e a vulnerabilidade do líder e do liderado, a relação de confiança e colaboração no time alcança um outro nível.
O líder que aposta no modelo de controle e comando não consegue sobreviver dentro das empresas. Essa liderança que impede o protagonismo impacta diretamente no dia a dia dos liderados e as pessoas saem das organizações em função dos seus líderes, como apontam diversas pesquisas que citamos no início deste artigo. Por isso, é fundamental que a liderança fomente a autonomia e o crescimento da sua equipe e não imponha apenas o controle e comando, um modelo de liderança que ficou no passado.
Nesse sentido, para que um líder conduza equipes criativas e colaborativas, mas também focadas em processos, eficiência e aprimoramento das entregas, ele deve pensar na longevidade das relações.
Em um time comercial, por exemplo, bater metas a qualquer custo não é o ideal para o momento em que vivemos. O líder e seu time precisam entender a relação com o cliente a longo prazo, contribuindo para a sobrevivência dele e do ecossistema em que estão inseridos, o que reflete no futuro do próprio negócio. Assim, a liderança tem o desafio de entender novas formas de mensuração e alinhar a longevidade da organização com aquilo que o funcionário está fazendo hoje.
Aliado à visão da longevidade, o líder precisa entender o poder da colaboração para solucionar problemas, algo difícil para quem tem a visão apenas a curto prazo. A liderança ambidestra tem a sensibilidade muito apurada e sabe criar um ambiente em que as pessoas se sentem confortáveis para não serem perfeitas.
No segundo dia da Semana de Liderança, Guto Pedreira, Consultor da JAP Treinamentos, e o Francisco Homem de Mello, CEO da Qulture.Rocks, deram uma verdadeira aula sobre vulnerabilidade.
Durante o webinar, os convidados compartilharam as suas experiências com a vulnerabilidade e como ela tem sido fundamental para a liderança. Confira os principais insights do webinar:
A vulnerabilidade é aquilo que experimentamos em momentos de incerteza, risco e exposição. Brené Brown, no seu livro A coragem para liderar, diz que “nossa capacidade de ser líderes ousados nunca será maior do que nossa capacidade para a vulnerabilidade”. A vulnerabilidade é sobre deixar a pessoa ser quem ela é.
Nas lideranças, a vulnerabilidade tem dois aspectos fundamentais: o primeiro é quando o líder admite para si e para a equipe que ele não tem todas as respostas, mas está buscando, e o segundo é o reconhecimento do erro, que reflete diretamente na construção de um ambiente inovador.
Em empresas que ainda adotam o modelo de comando e controle, é mais difícil de se demonstrar a vulnerabilidade. Entretanto, este modelo que antes funcionava já não cabe mais no presente: a vulnerabilidade precisa existir em um ambiente de inovação, repleto de líderes e times criativos que erram e inovam.
Dentro de seus times, os líderes recebem constantemente a demanda por respostas, sejam os caminhos que devem ser seguidos ou mesmo respostas finais e prontas. Mas a pandemia mostrou que ninguém, nem mesmo os líderes, tem todas as respostas.
Em um processo contínuo de aprendizado, é preciso ter autonomia e responsabilidade, mas não ter vergonha ao errar. A valorização do erro gerenciável deve fazer parte da cultura das organizações: errar é um elemento fundamental do crescimento, e não há inovação sem erro e melhoria.
Para demonstrar a importância da vulnerabilidade das lideranças na condução das empresas, Francisco trouxe como exemplo o livro O lado difícil das situações difíceis. Quando sua empresa estava prestes a falir, o autor Ben Horowitz conta sua experiência ao compartilhar o problema com a liderança, em um exercício de vulnerabilidade que contribuiu para construir soluções coletivas.
O líder é responsável pelos resultados do time, mas quando existe um problema, ele não precisa encontrar uma solução sozinho. Ao compartilhar a situação com mais pessoas, todos e todas passam a entender as dores e isso contribui para que visões diferentes estejam trabalhando em conjunto para a construção de uma saída. É uma estratégia que demonstra eficiência para toda a organização, desde o negócio até as lideranças.
O ambiente tem um papel muito importante para que as lideranças consigam demonstrar sua vulnerabilidade. O medo de se mostrar frágil e inseguro para seu time pode ser um indicativo para o líder de que o seu time não está saudável e que falta confiança nele. O líder tem mais a ganhar sendo vulnerável e dividindo suas dúvidas, uma maneira de entender melhor o time e com quem ele pode contar.
A equipe também tem uma participação fundamental no processo de vulnerabilidade do líder: ela pode atender aos pontos de fraqueza do líder.
Quando a liderança faz uma autoavaliação de seus pontos fortes e suas fraquezas, ela consegue encontrar pessoas que são boas nesses pontos que podem ser desenvolvidos. Isso permite que sejam construídos times que se complementam, baseados em relações de confiança e de transparência.
Além do time, o líder pode praticar pequenos atos de vulnerabilidade para iniciar esse processo com sua equipe. Em uma reunião de time, por exemplo, ele pode admitir algum tipo de vulnerabilidade, pedindo ajuda e dizendo que não tem uma resposta pronta. Em outras palavras, o líder vulnerável não tem medo de dizer que não sabe fazer.
No terceiro e último webinar da Semana de Liderança, Estevan Sartoreli, CEO da Dengo, e Ricardo Melo, VP de Gente e Gestão da Ambev, compartilharam suas experiências e aprendizados no webinar “Antecipando tendências e adaptando culturas”. A conversa foi comandada pela Aline Gomes, Head Comercial Brasil da Conquer, e pelo Edu Albuquerque, co-fundador do Conquerlabs.
Você pode conferir a apresentação do Edu clicando aqui.
Diante de tantas transformações, quais tendências de negócios e pessoas os líderes precisam assimilar para desenvolver sua habilidade de liderar? Sem dúvidas, o propósito ganha ainda mais relevância para o futuro.
E mais importante que simplesmente ter um propósito é tratá-lo como exercício diário, e não apenas como tática de negócio. Liderar por meio do propósito, deixando claro o porquê da empresa existir e como ela se conecta com a sociedade e a comunidade, continua sendo um ponto fundamental para os líderes e as organizações do futuro.
Nesse cenário, a diversidade também ganha destaque. O líder do futuro precisa estar atento aos benefícios de criar times diversos, integrados por pessoas de diferentes backgrounds, experiências de vida e opiniões. Comandar uma equipe que tem a diversidade como pilar nem sempre é fácil, mas, a médio e curto prazos, todos sentem os benefícios dessa composição que valoriza a diferença.
Por fim, a criação de uma força de trabalho líquida foi mencionada como ponto fundamental para as organizações do futuro. Na prática, isso significa criar e liderar times com alta capacidade de adaptação, dispostos e capazes de abraçar as prioridades que mudam a todo momento.
Em momentos de vulnerabilidade como o que estamos vivendo, a criatividade se tornou uma habilidade fundamental para o líder. A capacidade criativa diante do imprevisível vai além de executar bem as tarefas que já estavam previstas: é necessário co-criar soluções conjuntas, assertivas e inovadoras para o momento. Por esse motivo, é impossível falar de criatividade sem falar de autonomia e capacidade de delegação de tarefas.
Além disso, a função de engajar os colaboradores e times se tornou um grande desafio que depende, acima de tudo, de uma postura de confiança e humildade dos líderes. Para dar conta dessa tarefa, a liderança precisa ser guiada pelo propósito e pela paixão, uma unidade de valores que ultrapassa barreiras e consegue criar conexões que engajam e motivam as equipes.
O líder do futuro também precisa ser flexível e conseguir conciliar decisões ao mesmo tempo eficientes para o negócio e empáticas com as pessoas. É nesse cenário que surgem novas lideranças, pessoas que antes não tinham oportunidade de liderar e que, em um ambiente mais flexível e líquido, conquistaram espaço justamente por exercerem uma liderança mais adaptável e inovadora.
As organizações do passado eram muito centradas no processo. O foco era na eficiência, na produtividade, na execução e no resultado de curto prazo. Em cenários de incerteza, o desafio é sair desse “foco interno” e procurar um “foco externo”, olhar para um mundo que é mais complexo – claro, sem deixar de lado a garantia das operações e do negócio.
Na prática, executar essa mudança significa colocar as pessoas à frente do processo, fortalecendo a conexão com clientes, consumidores e stakeholders em uma relação de inovação interna e externa. Atenta ao presente e olhando para o futuro, a organização precisa aprimorar suas áreas de excelência e, ao mesmo tempo, entender o melhor caminho para explorar novas possibilidades.
Além disso, a organização do futuro é feita, acima de tudo, por pessoas que dominam as Soft Skills. Afinal, um dos maiores desafios para as lideranças em tempos de incerteza e mudança é a habilidade de influenciar e engajar as pessoas.
Nesse cenário, as métricas de análise da performance do líder mudam: o tempo de casa e a posição dele no organograma da empresa perdem relevância. Hoje, a capacidade do líder engajar por meio da influência, da inteligência emocional e de outras habilidades comportamentais é um pilar indiscutível da organização do futuro.
Para finalizar a Semana de Liderança com chave de ouro, Estevan e Ricardo foram convidados a deixar uma orientação para os líderes que estão dispostos a encarar os desafios do futuro. Afinal, por onde o líder deve começar? Qual é o primeiro – e, talvez, o mais importante – passo?
Para Estevan, é fundamental que o líder encontre sua paixão, afinal, atingir a maturidade humana passa por reconhecer que o que nos move é a paixão.
Para Ricardo, o primeiro passo é abraçar a cultura de aprendizado constante. Com transformações inéditas e em tempo recorde, é mais importante saber aprender do que querer ser especialista em tudo.
E aí, preparado(a) para colocar esses aprendizados no seu dia a dia como líder?
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