O que personalidades como Sheryl Sandberg, Michelle Obama e Meryl Streep têm em comum? Todas elas já declararam que não se sentem competentes o suficiente para estar no lugar que ocupam. Ou seja, sofrem do que se chama de síndrome da impostora.
Esse exemplo mostra que o exercício de autopercepção pode ser enganoso e que ele é uma realidade, especialmente para as mulheres. E por que isso acontece?
A síndrome da impostora não é algo que surge do dia para a noite. É uma percepção construída ao longo da vida das mulheres, especialmente da carreira. Uma autocobrança excessiva e a necessidade de se mostrar tão competente quanto um homem, por exemplo, é a combinação que potencializa o surgimento da síndrome da impostora em mulheres.
E muitas passam por isso: 75% das mulheres executivas relatam ter experimentado a síndrome da impostora em algum momento de suas carreiras, segundo a empresa de consultoria em negócios KPMG.
Em resumo, as mulheres tendem a se sentir incapazes e não merecedoras das suas próprias conquistas, e o sentimento constante é de que estão enganando a si próprias e aos demais.
Se você já se identificou com esse sentimento e quer entender o que é a síndrome da impostora, como identificá-la e por que pode ser um empecilho na sua carreira, confira este artigo. Vem com a gente!
Se alguém te perguntasse quais são as características de uma impostora, o que você responderia?
Você pode buscar a resposta em um dicionário e encontrar que impostor é aquele que engana os demais, que é mentiroso e trapaceiro.
Mas também é possível que você se identifique com essa definição e pense que você mesma é uma impostora. Pode acreditar: isso é mais comum do que imaginamos.
Vamos citar algumas situações em que a síndrome da impostora se manifesta para você identificar se já passou por elas.
No momento da sua promoção no trabalho, você teve a sensação de que não era qualificada o bastante para ela ou que isso aconteceu por pura sorte? Você já recebeu um feedback positivo que não pareceu tão sincero assim e que você interpretou apenas como uma maneira da outra pessoa tentar te agradar?
Esse tipo de percepção é típica em pessoas com a síndrome do impostor. É importante destacar, no entanto, que a síndrome não é uma exclusividade feminina. Apesar de afetar mais as mulheres, a síndrome pode prejudicar a carreira de todos, independentemente de idade, áreas de atuação ou personalidade.
A pessoa que sofre com a síndrome da impostora tem uma autopercepção de que ela não é boa o suficiente ou até mesmo não é merecedora de situações positivas que vivencia. A autossabotagem está diretamente relacionada à síndrome da impostora.
Você já deve ter conhecido alguém ou até mesmo tenha vivenciado a seguinte situação. No trabalho, sua colega se dedicou intensamente ao desenvolvimento de um projeto que trouxe resultados positivos. Ao final da entrega, ele não reconhece o próprio trabalho e acredita que os resultados foram frutos do acaso, da sorte ou de qualquer outro fator, menos do esforço e dedicação dela.
Além dessa percepção distorcida sobre si mesma, a síndrome da impostora conduz a mulher a interpretar que ela não merece o lugar que ocupa hoje. Seja pensando que sempre haverá alguém melhor para estar naquele cargo ou função, ou que ela não tem a qualificação suficiente para se candidatar a uma vaga e que ela não deve ocupar novos espaços assim: esses são alguns exemplos de situações em que a síndrome da impostora fala mais alto.
Neste vídeo do TED-Ed, você vai entender a psicologia por trás da síndrome do impostor e compreender esse sentimento tão comum de não se perceber merecedor de suas realizações.
A síndrome da impostora pode ser um grande obstáculo para o seu desenvolvimento profissional e vamos explicar como.
Imagine que você encontra uma nova oportunidade de emprego. Qualquer profissional de RH que analise seu currículo e seu perfil profissional diria que você está apta para aquela vaga: sua qualificação é adequada e suas experiências correspondem a todos os critérios da vaga.
Mas você não se sente qualificada o bastante para aquela oportunidade. Você pensa que as suas formações não são tão boas assim, ou que suas experiências não são suficientes para se candidatar a vaga. Ao final, a vaga de emprego que poderia acelerar sua carreira é encerrada e você nem se candidata.
A síndrome da impostora é congelante. Ela faz com que a pessoa não aceite novos desafios por achar que não é suficiente.
Essa autossabotagem prejudica não apenas o desenvolvimento profissional, mas também gera um constante sentimento de insatisfação com a própria carreira. Afinal, a mulher não reconhece as próprias conquistas e fica impedida de ver próximos passos e desafios.
Existem alguns padrões que se repetem em pessoas que sofrem com a síndrome da impostora. Separamos 3 deles:
O constante medo de que as conquistas sejam questionadas faz com que a pessoa exagere na autocobrança. Isso reflete em um esforço excessivo e no sentimento de que tudo precisa estar perfeito para que, no final, a pessoa realmente seja merecedora daquilo que conquistou.
Adiar a tarefa até o último instante também é uma prática comum entre quem sofre com a síndrome da impostora. Por sentir a necessidade de realizar entregas perfeitas e que não deem margem para os demais questionarem sua competência ou até mesmo apontarem sua incapacidade, as pessoas tendem a procrastinar suas tarefas constantemente.
Aliada a todos os outros padrões, a comparação é bastante traiçoeira e potencializa a síndrome da impostora. Além de não se sentir suficiente, a mulher com a síndrome da impostora passa a olhar os demais acreditando que qualquer outra pessoa seria “mais merecedora” daquela posição do que ela própria.
E fazer comparações nesse sentido não é saudável porque a referência que se tem do outro é apenas aquilo que se pode ver. A pessoa que tem a síndrome da impostora acaba comparando o seu próprio bastidor com o palco do outro.
Além do autoconhecimento e da ajuda de especialistas, quem experiencia a síndrome da impostora pode se desafiar diariamente para desconstruir os padrões de comportamento que vivencia.
Assim como a síndrome da impostora não surge do dia para a noite, a solução para ela também é um processo. Por isso, faça constantes avaliações das suas conquistas profissionais e o que as motivaram. Assim, você poderá perceber que de fato elas aconteceram porque você as construiu.
Pratique uma escuta ativa e acolha os feedbacks positivos que você receber, e também reconheça que todos têm limitações e, mais uma vez, não compare o seu bastidor com o palco do outro.
Agora que você conhece mais detalhes sobre a síndrome da impostora, como identificá-la e porque ela pode estar obstruindo caminhos para a liderança , você pode entender a importância do autoconhecimento nesse processo.
Entender o seu emocional para saber o que é real e o que não é se torna fundamental para gerenciar todos os efeitos da síndrome, impedindo que ela prejudique sua liderança.
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