Contar histórias é algo super importante para nós, humanos. É através delas que formamos quem somos em relação aos outros. Mas essa habilidade de criar narrativas não se limita apenas a pessoas, mas também se estende a marcas e empresas. É aqui que entra o storytelling.
Mas como fazer isso pensando no seu negócio? E qual é a base dessa narrativa? Esses são alguns dos pontos que vamos conversar no post de hoje.
Boa leitura!
O termo storytelling é derivado de duas palavras em inglês: “story”, que quer dizer história, e “telling”, do verbo contar.
Então, storytelling nada mais é do que a arte de contar histórias.
No mundo dos negócios e do marketing, a expressão “storytelling” é muitas vezes usada para se referir a uma técnica que usa uma narrativa envolvente para transmitir uma mensagem ou ensinar algo de forma mais interessante e memorável.
Storytelling envolve a construção de uma narrativa com um começo, meio e fim, com personagens, conflitos e resoluções.
O objetivo dessa técnica é envolver o público em um nível emocional e criar uma conexão mais forte com a mensagem sendo transmitida. Ela pode ser usada de várias maneiras, desde a criação de campanhas de publicidade até a melhoria da comunicação interna em uma empresa.
A ideia é usar a poderosa habilidade humana de se envolver com histórias para ajudar a transmitir informações e fazer com que elas sejam lembradas e compreendidas.
Mas é importante esclerecer que o o storytelling não é apenas contar uma história, como em um livro ou em uma narrativa oral. É ser capaz de prender a atenção do público por meio de uma narrativa relevante.
Logo, para gerar conexão verdadeiramente, sua história precisa de:
Para criar um storytelling de sucesso, é preciso conhecer bem o seu público criando personagens e narrativas que façam sentido para ele.
A história deve ter uma estrutura clara com início, meio e fim, e apresentar conflito e resolução para gerar engajamento.
É importante também garantir que a história esteja alinhada com a mensagem ou objetivo que você deseja transmitir, e usar um tom e linguagem que se conectem com o seu público, sendo autêntico e emocionalmente envolvente.
A história da sua marca não precisa ser diretamente relacionada ao seu produto, convencendo o consumidor a adquirir. Na verdade, ela deve evidenciar aquilo que sua empresa acredita, seus ideais.
Assim, você deve definir o que quer que as pessoas lembrem quando vejam o nome da sua empresa, aquilo que fará o público se conectar a ela.
Portanto, o storytelling não é uma estratégia de venda, mas uma forma de humanizar a sua marca.
Mais do que apenas ter uma boa história, saber contá-la é um baita diferencial.
Ainda que você seja capaz de criar uma narrativa comovente, se ela não for expressa da maneira adequada para o seu público, ela não alcançará seu objetivo.
Por isso, compreenda o que você deseja com seu storytelling e desenvolva as narrações.
Um dos principais modelos usados na construção de narrativas é o da “jornada do herói”, conceito desenvolvido pelo acadêmico Joseph Campbell.
Ele descreve um padrão universal de narrativa que envolve um protagonista que parte de seu mundo comum para uma região de maravilhas e perigos, onde enfrenta uma crise decisiva e vence um adversário poderoso.
Depois disso, ele retorna ao seu mundo de origem, transformado e detentor de novos conhecimentos ou habilidades que lhe permitirão melhorar sua comunidade.
Essa estrutura narrativa tem sido usada em mitos, contos de fadas, filmes e romances ao longo da história da humanidade.
Dessa forma, em 12 passos, ele discorre os conflitos vividos pelos protagonistas de diversas sagas famosas, e também pode ser usado na construção do storytelling da sua empresa:
1. A apresentação do homem comum:
Nesse momento, conhecemos nosso protagonista, que será motivo de identificação do público;
2. O chamado para a aventura:
Esse personagem descobrirá algo que mudará a sua vida e sua trajetória, logo, será obrigado a testar coisas novas;
3. A recusa do chamado:
Devido aos medos e inseguranças, ele resiste e tenta se convencer de que a situação não é importante e que não tem a confiança de enfrentá-la;
4. O encontro com o mentor:
O protagonista, agora, recebe apoio para seguir seu caminho, provavelmente por parte de outra pessoa;
5. Travessia de um primeiro desafio menor:
Para dar início à jornada, ele enfrentará uma primeira prova, conhecendo algo novo que o irá colocá-lo na narrativa;
6. Conhecer provas, amigos e inimigos:
Neste momento, o personagem conhecerá quem estará ao seu lado ou o contrário;
7. O casulo:
O protagonista se fechará, ou seja, voltará a ter questionamentos a respeito de si mesmo e de sua trajetória;
8. A grande provação:
O maior teste enfrentado pelo personagem, que só poderá ser superado por meio de todas os atributos que ele desenvolveu ao longo da história;
9. A recompensa:
Após todas as dificuldades, o herói merece um reconhecimento, que pode ser material ou imaterial;
10. A volta:
Quando o protagonista retorna à sua origem, ele precisa refletir sobre o bem pessoal ou coletivo, o que é moralmente mais correto;
11. A ressurreição:
É aquela provação que surge inesperadamente, quando a história parecia já ter chegado ao fim;
12. O retorno com o elixir:
Por fim, o herói retorna ao seu lar e seu sucesso é efetivamente recompensado.
A ideia aqui é que você consiga adaptar esse modelo e adequá-lo ao personagem e a narrativa desenvolvida pela sua empresa, construindo uma história que gere conexão com o seu público.
Você pode adaptar seu storytelling a cada canal para atingir um público específico em cada formato. Dessa forma, você também é capaz de transmitir a versatilidade da sua empresa.
Alguns exemplos de formatos e canais:
Ainda que a sua marca opte por um modelo mais usual, como uma postagem de blog, tente torná-lo mais atraente para o consumidor.
Assim, usar um tom mais coloquial, dinâmico e divertido pode ajudar a aproximar o público do seu produto.
Ainda que já tenhamos mencionado que o storytelling precisa criar um elo emocional com o leitor, é importante enfatizar esse ponto.
Por exemplo, relacione seu produto ou serviço a histórias de superação, como o herói vencendo a sua jornada.
Por fim, saber o que o consumidor busca na sua empresa é muito importante na hora de criar o seu storytelling. Assim, entenda quais são suas preocupações, as causas que acreditam, o futuro que almejam, etc.
Além disso, não basta ter uma boa história se ela não se relaciona em nada com o seu produto.
Logo, você também deve analisar em que contextos ele aparece, como ele impacta a vida das pessoas e em que ele pode ser útil.
Dessa forma, sua narrativa será não só bem elaborada, mas também valiosa para o seu público.
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