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Um a cada dois líderes é ineficaz

A ineficácia gerencial é extremamente cara. Pesquisas realizadas no início do século 21 por especialistas em gestão como Charan (2005), Lombardo e Eichinger (2005), Finkelstein (2004) e Fernandez-Araoz (2001) apontam […]
14 ago, 2017
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A ineficácia gerencial é extremamente cara.

Pesquisas realizadas no início do século 21 por especialistas em gestão como Charan (2005), Lombardo e Eichinger (2005), Finkelstein (2004) e Fernandez-Araoz (2001) apontam que 50% dos líderes e gestores são ineficazes. O termo ineficaz é utilizado no sentido amplo que engloba termos como decepção, incompetência, má contratação e fracasso real.

Para saber que tipo de líder você é clique aqui.

Para as empresas, o custo de uma demissão até a contratação chega ser de 15 a 20 salários de um executivo. Esse valor corresponde às indenizações, recrutamento, seleção e ajustes na função. Muitos dos líderes ineficazes começaram a carreira de forma promissora, com bons resultados até que um dia por alguma razão, estagnam na carreira, são demitidos e perdem a reputação que conquistaram. Esse fenômeno é conhecido na literatura como descarrilamento.

A pesquisa do Center for Creative Leadership (EUA) identificou 5 áreas de problemas associados a líderes que descarrilaram:

Problemas com relacionamento interpessoal.

Dificuldade em liderar uma equipe.

Dificuldade para mudar ou se adaptar.

Não cumprimento dos objetivos dos negócios.

Uma orientação funcional estreita demais.

Os problemas de relacionamento interpessoais se apresentam quando os líderes se comportam como autoritários, frios, distantes, arrogantes e que na maioria das vezes trabalham de forma isolada.

A dificuldade em liderar uma equipe já começa na seleção de pessoas que leva formar equipes de baixa performance. Outra característica dessa área-problema é a alta rotatividade de funcionários na sua gestão e a inabilidade em lidar com conflitos dentro das equipes.

A dificuldade para mudar ou se adaptar ocorre devido ao fato de que os líderes não conseguem aprender coisas novas, mudar a sua mentalidade, não são capazes de crescer em novos cargos, se apegam muito ao que faziam no passado e principalmente, não são ágeis em termos de aprender a estratégia do negócio.

A questão do baixo desempenho normalmente é o que mais aparece no dia a dia de um líder. Drucker já dizia que nada resiste ao resultado, quer pro bem ou quer pro mal.

A orientação funcional estreita demais mostra que os líderes estavam despreparados para a promoção, pois não são capazes de supervisionar além de sua função. Aqui se percebe uma dificuldade em transitar das competências técnicas para as conceituais.

Os líderes podem evitar o descarrilamento se investirem em atividades que aumentem sua autoconsciência. Todo líder precisa saber se eles se percebem como os outros o percebem, conhecer e compreender seus pontos fortes e fracos, e tomar consciência do seu trabalho.

Outra forma de aumentar a autoconsciência é por meio do feedback.

Aqui temos um ponto interessante, pois quanto maior a senioridade de um líder mais raro é ele receber um feedback verdadeiro. O poder relativo ao cargo faz com que as pessoas (liderados e pares) evitem um feedback honesto por medo das consequências ou da reação dele após ouvir o que não gostaria.

Dica Prática:

Mantenha o hábito de escrever um diário. No final de um dia ou uma semana de trabalho, reserve um tempo para colocar no papel o que aconteceu com você nesse período e quais as sensações, emoções e conquistas que surgiram. Com o passar do tempo você também vai reler as suas anotações e com isso criar alguns momentos de reflexão e auto avaliação, o que contribui para o aumento da sua autoconsciência.

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Texto escrito por Paulo Vieira de Campos, professor de Liderança na Escola Conquer. 
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Sobre a Escola Conquer: Desenvolvida no Vale do Silício, a Conquer ensina habilidades que as instituições tradicionais não ensinam, mas que são fundamentais para todos que querem performar em alto nível e chegar mais longe. www.EscolaConquer.com.br

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