Liderar uma equipe nunca foi algo fácil, concorda? Com as novas tecnologias, novas ferramentas, novas gerações trabalhando em conjunto com as anteriores, hoje, o desafio de liderar é ainda maior. Afinal, como mostrar qual caminho deve ser seguido se o próprio caminho muda a cada instante?
Uma coisa é certa: assim como mudou o perfil dos novos profissionais, o papel do líder também mudou e é preciso se adaptar à nova realidade.
O que as novas gerações esperam das lideranças?
No passado, era comum encontrar pessoas que se mantinham em um mesmo emprego por 30 ou 40 anos, submetendo-se a uma hierarquia extremamente rígida, em que o “patrão” era a autoridade máxima e sempre tinha a palavra final nas decisões da empresa. Mas as novas gerações, que já ocupam e estão ingressando em massa no mercado de trabalho, pensam de uma forma bem diferente.
De acordo com a pesquisa Carreira dos Sonhos 2024, realizada pelo grupo Cia de Talentos, as principais prioridades dos profissionais atualmente são qualidade de vida (56%), relacionamento familiar (14%) e segurança financeira (11%). O trabalho e a carreira aparecem apenas em quarto lugar, com 10%, indicando uma mudança significativa em relação a anos anteriores, quando o sucesso profissional era a principal meta.
Além disso, a pesquisa destaca dois movimentos importantes: o empoderamento individual e o letramento emocional. Os profissionais buscam mais autonomia para tomar decisões alinhadas aos seus valores e uma maior capacidade de reconhecer e expressar emoções de forma saudável. Essas tendências reforçam a necessidade de ambientes de trabalho que promovam bem-estar, flexibilidade e desenvolvimento pessoal.
As 5 principais transformações no papel do líder
Neste novo cenário, o que mudou no papel do líder? Quais competências o líder precisa desenvolver para se adaptar? Isso é o que você vai descobrir neste artigo. Dá uma olhada nessas 5 grandes mudanças no papel do líder na era digital.
1. Mentalidade incremental × Mentalidade exponencial
Hoje estamos na era exponencial, e nessa era não existem planos ideais, fórmulas prontas ou processos corretos e imutáveis. Ao contrário da mentalidade incremental, o caminho não é claro ou linear, podendo mudar a qualquer momento. Por isso, é preciso saber se adaptar rapidamente e lidar com a incerteza de forma otimista.
As empresas começam a pensar fora da caixa e a estabelecer objetivos cada vez mais ambiciosos. Um bom líder trabalha em desenvolver uma mentalidade de crescimento em si mesmo e nas pessoas da sua equipe.
Mas o que caracteriza uma mentalidade de crescimento?
Ser flexível, confiante e otimista; estar aberto a novas ideias e sugestões; se concentrar em fazer as melhores perguntas; saber dar e receber feedback e manter o foco em gerar resultados que aceleram exponencialmente ao longo do tempo. Nesta nova era, cultivar uma mentalidade de crescimento pode ser a coisa mais importante para melhorar seus resultados e atingir seus objetivos .
2. Segurança × Inovação
Com esta nova mentalidade de crescimento, as lideranças começam a deixar a segurança de suas estruturas, hierarquias e processos quadrados para mudar e inovar.
Nesse contexto, qual líder tem mais chance de ter melhores resultados? Aquele que encara desafio e fracasso como um problema ou como uma oportunidade para aprender e crescer? O profissional que encara divergências de opinião como uma ameaça ou como algo necessário para realizar processos de melhoria? Aquele que encara o risco como algo a se evitar ou como um passo indispensável para a inovação?
Certamente o profissional mais preparado para liderar em uma era de constante mudança é aquele capaz de aprender com os seus erros, considerar diferentes pontos de vista, inovar e arriscar-se a mudar cultura, processos e estruturas datadas, que já não têm o mesmo impacto de antes.
Hoje, arriscado é não arriscar.
3. Seguir a cartilha × Aprender a ler o mundo
O líder de hoje não pode basear suas decisões apenas naquilo que aprendeu no ensino tradicional ou ao longo de sua experiência profissional, por um motivo bastante simples: o ensino tradicional não avançou na mesma velocidade que o mundo do trabalho.
Além disso, as soluções do passado muitas vezes já não se aplicam para o presente, pois o mundo está mudando em uma velocidade incrível!
Um bom líder precisa ser curioso e ter paixão pelo futuro. Ele deve ter a capacidade de ver os dados atuais e imaginar as possibilidades para o amanhã. Analisar o território conhecido e explorar o desconhecido, indo muito além das previsões e tendências e questionando o status quo.
Por isso, o novo papel do líder também inclui estar em contato com o mundo, com o mercado e com o cliente, aprendendo a ler e antecipar suas tendências.
O líder precisa atualizar-se constantemente em relação ao desenvolvimento tecnológico e como isso pode afetar o seu negócio. Também deve trabalhar fortemente com as implicações éticas, morais e sociais decorrentes dessa mudança digital.
4. Foco no produto × Foco nas pessoas
Ler o mundo exige que o líder seja capaz de voltar os olhos de dentro para fora. De dentro da sua empresa e do seu produto para as novas demandas da era digital e, especialmente, para as pessoas que garantem a existência do seu negócio: os clientes. Já conhecemos o provável destino das empresas, profissionais e líderes que não são capazes de se antecipar às mudanças que estão acontecendo com o seu mercado.
O que aconteceu com as videolocadoras, redes de hotéis e taxistas com a chegada da Netflix, Airbnb e Uber? Muitas empresas – e até mesmo mercados inteiros – desapareceram por um motivo comum: não souberam atualizar seus modelos de negócio e estilo de liderança para atender às novas demandas da era digital.
O papel do líder deixa de ser defender um produto e passa a ser defender as necessidades do seu cliente. O foco deixa de ser “o que” fazemos e passa a ser “por que” fazemos. Afinal de contas, qual necessidade real do consumidor estamos solucionando? Por quanto tempo nossos produtos ou serviços vão continuar solucionando esta necessidade? A mesma lógica pode ser utilizada para os clientes internos da empresa – os seus colaboradores.
Neste TED Talks, Jim Hemerling, head de People & Organization and Transformation practices no Boston Consulting Group, fala sobre como colocar as pessoas em primeiro lugar é essencial para liderar em uma época de constante mudança:
5. Autoridade × Influência
O líder da era exponencial sabe que não tem todas as respostas – e está tudo bem!
Não é possível cobrir todas as bases sozinho. O seu poder não vem mais da autoridade ou da hierarquia, como acontecia no passado, mas da sua capacidade de reunir pessoas com competências diversas e complementares em torno de um propósito comum.
Por isso, o novo papel do líder envolve uma grande habilidade humana. Para um líder ter bons resultados é preciso criar um ambiente de trabalho significativo, saudável e com uma cultura positiva. Um bom líder promove equidade, incentiva a inclusão e a diversidade e busca desenvolver o pleno potencial do seu time. Nesse sentido, ele sabe dar autonomia e responsabilidade à equipe, empoderando o time para inovar e tomar decisões.
Líderes inspiradores estabelecem uma relação de confiança e diálogo, criam abertura para dar e receber feedbacks e são transparentes em relação às suas expectativas e aos objetivos da empresa. Não é por acaso que centralizar a tomada de decisão e reter o conhecimento são duas das maiores razões pelas quais os líderes falham nessa nova realidade.
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