Identificar as emoções e saber lidar com elas, nutrindo um relacionamento saudável consigo mesmo e com os colegas de trabalho. Resumidamente, essa é a principal habilidade do colaborador que tem inteligência emocional.
Mas como fica o equilíbrio psicológico dos colaboradores em tempos de incertezas como o que estamos vivendo?
Como promover a inteligência emocional de colaboradores que tiveram suas rotinas e vidas profundamente afetadas pela pandemia do novo coronavírus?
Não temos dúvidas de que 10 entre 10 empresas de todo o mundo ainda estão procurando uma resposta definitiva para essa pergunta.
Durante o pico do novo coronavírus na China, a Deloitte realizou uma pesquisa com RHs de empresas chinesas para identificar suas maiores dores com relação à Gestão de Pessoas naquele período.
Para 46% das companhias, lidar com o estresse psicológico dos colaboradores foi o principal desafio.
São muitas transformações: adaptar-se a novos fluxos de trabalho, lidar com a incerteza de um mercado em constante mudança, driblar os desafios de uma comunicação 100% digital com os colegas…
Sim, estamos nos reinventando e isso é muito admirável. Mas esse processo, naturalmente, gera estresse, tensão e ansiedade.
Nesse cenário, qual é a importância das empresas desenvolverem a inteligência emocional dos colaboradores?
É sobre isso que vamos falar neste artigo. Continue com a gente.
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A inteligência emocional ganhou destaque no ambiente empresarial nos últimos anos, e não foi por acaso.
As empresas compreenderam que colaboradores com desempenho acima da média são aqueles que conseguem identificar, entender e gerenciar não só as suas emoções, mas também as dos outros.
Além disso, uma das principais habilidades de quem tem inteligência emocional é adaptar-se a diferentes situações e, se necessário, modificá-las, algo muito valioso para o momento que estamos vivendo.
O responsável pela popularização do termo inteligência emocional é o autor norte-americano Daniel Goleman. Em seu best seller Inteligência Emocional, de 1995, ele publicou uma teoria que questionou a definição de inteligência.
De acordo com Goleman, o Quociente Intelectual (QI) responde por apenas 20% das aptidões necessárias para se tornar uma pessoa bem-sucedida. Os outros 80%, ou seja, a maioria das competências, compõem o Quociente Emocional (QE).
Além disso, o autor listou quatro habilidades que, juntas, compõem a inteligência emocional. São elas:
E qual é o impacto dessas aptidões no desempenho das organizações?
Uma empresa que desenvolve inteligência emocional nos colaboradores consegue criar um ambiente de colaboração e reciprocidade entre os times. Logo, o ambiente de trabalho se torna mais agradável e produtivo.
Ao contar com colaboradores que têm controle sobre suas emoções, altíssima capacidade de comunicação interpessoal e habilidade de se adaptar, as empresas aceleram o seu crescimento e o dos times.
A questão é que, em momentos de instabilidade e incerteza, até os colaboradores mais emocionalmente estáveis podem passar por momentos delicados.
A pandemia demonstra, mais do que nunca, que a gestão das emoções é um fator determinante para as organizações.
Se a inteligência emocional dos colaboradores da sua empresa não era uma preocupação frequente, agora é a hora de prestar atenção nela. Os desafios são grandes e há muitas perguntas ainda sem respostas.
Como desenvolver essa habilidade à distância?
Como convencer os colaboradores da importância de priorizar a inteligência emocional nesse cenário de indecisão?
O primeiro passo é entender que a inteligência emocional dos colaboradores deve ser tratada como prioridade não só por uma questão de bem-estar, mas também de performance e produtividade.
Com emoções à flor da pele, é possível que os colaboradores percam temporariamente a capacidade de encontrar sentido em suas ações.
O estresse, a ansiedade e o estranhamento diante do que é novo colocam a racionalidade em segundo plano.
Quando isso acontece, a pessoa se vê imersa em um emaranhado de emoções desorganizadas que afeta a sua vida pessoal e profissional.
Desenvolver o equilíbrio emocional dos colaboradores nesse cenário é fundamental para garantir o funcionamento da organização.
Pessoas com a inteligência emocional desenvolvida conseguem agir com assertividade em momentos de instabilidade.
Já aquelas que não controlam tão bem as emoções tendem a ficar paralisadas diante de uma situação que exige mudança rápida.
No período de isolamento social, os fluxos de trabalho se transformaram. A rotina dos colaboradores não é mais a mesma. Em muitos casos, nem mesmo a função deles na organização é a mesma.
Desenvolver no time a capacidade de se adaptar rapidamente a cada contexto é um ponto-chave para as organizações.
Por definição, empatia é a capacidade de sentir o que outra pessoa sentiria se você estivesse no lugar dela. Em outras palavras, é colocar-se no lugar do outro. E não há momento mais propício do que este para desenvolver essa habilidade nas pessoas.
Relações interpessoais que se constróem com base na empatia são mais respeitosas e duradouras, têm menos atritos.
Nas empresas, esse é o momento ideal para fomentar essa habilidade entre os colaboradores e garantir uma rotina harmoniosa e humana.
Pessoas emocionalmente estáveis não têm apenas a capacidade de controlar emoções. Elas conseguem ir além e encontrar saídas criativas e eficazes mesmo nos momentos mais adversos.
O surto do novo coronavírus está colocando as empresas fora da zona de conforto!
Algumas estão tendo que reformular todo o fluxo de trabalho, encontrando soluções digitais e outras formas de comunicação.
Já outras estão tendo que se reinventar do zero e de forma muito rápida. Elas precisam rever o formato e a distribuição dos produtos, questões logísticas e outros pontos.
Nesse cenário, é fundamental que os colaboradores tenham inteligência emocional para agir com protagonismo propondo soluções criativas e eficazes!
Agora que já entendemos a importância de desenvolver a inteligência emocional dos colaboradores em tempos de crise, chegou a hora de planejar e concretizar as ações.
Não existe uma receita perfeita para fazer isso. Antes de definir as estratégias, o RH precisa ter clareza sobre a realidade da empresa, a cultura organizacional e o perfil dos colaboradores. Mas, para ajudar você, nós listamos 4 ações que são válidas para (quase) todos os cenários.
O ponto positivo é que elas não exigem um grande tempo de planejamento e seus efeitos contribuem consideravelmente para a promoção da inteligência emocional dos colaboradores.
Confira!
Em épocas de WhatsApp, fake news e excesso de conteúdos, é fundamental orientar os colaboradores a filtrar suas fontes de informação.
Alguns profissionais de RH nos relataram que a desinformação e mensagens sensacionalistas têm agravado o estresse psicológico dos colaboradores nesse cenário.
Por isso, alerte sobre os perigos do compartilhamento de notícias que não são checadas.
Estimule as pessoas a acessarem canais oficiais de comunicação.E aqui vai uma dica que faz toda a diferença: incentive os colaboradores a lerem notícias boas e previsões menos pessimistas. Afinal, elas também existem, não é mesmo?
Sabe o tradicional happy hour de sexta-feira, que antes era naquele bar próximo à empresa? Que tal fazer uma versão virtual para o encontro?
O isolamento social exige criatividade, e muitas empresas estão apostando em encontros virtuais mais descontraídos em que os colaboradores possam relaxar, mesmo à distância.
Uma dica é fazer reuniões de time nesse esquema. Reforçar os nossos laços interpessoais para além do trabalho pode fazer uma grande diferença para o bem-estar dos colaboradores.
Aqui na Conquer, criamos um momento de ginástica Laboral online, que acontece todos os dias. Além de descontrair e aproximar o time, ajuda na disposição de toda a equipe.
Uma outra opção – talvez a mais assertiva – é oferecer um treinamento online de inteligência emocional para os colaboradores.
Nesse espaço, eles poderão aprender técnicas de gestão de emoções, a trabalhar sob pressão e desenvolver a empatia pelos colegas e líderes.
Há um grande potencial deles saírem do curso sendo profissionais e pessoas mais conscientes e inteligentes.
Por fim, mas não menos importante, compartilhe orientações sobre como os colaboradores podem manter a saúde mental nesse período delicado.
Já estão circulando diversos materiais com essas dicas.
Praticar exercícios, manter contato permanente com os familiares, estabelecer rotinas e se dedicar a um hobby são iniciativas aparentemente pequenas, mas com um impacto emocional muito positivo.
Aí vai uma dica: que tal criar uma newsletter para os seus colaboradores com essas orientações?
Faz um bom tempo que nós, da Conquer, estamos falando sobre a importância de um RH ágil e estratégico.
Defendemos que ele precisa se preocupar menos com as questões burocráticas e mais com os colaboradores, com a cultura e com o aspecto humano das organizações.
Bom, se tem um momento ideal para se preocupar com as pessoas, esse momento é agora.
Não é apenas um ponto relacionado à Gestão de Pessoas. Estamos falando de humanização, de empatia.
Nesse momento, reconhecer as dificuldades pelas quais estamos passando e acolher o colaborador em suas angústias, ajudando na superação delas, faz toda a diferença para a organização.
Tamo junto nessa!
Em junho, nós realizamos a RH Week, uma semana de webinars com lideranças de Recursos Humanos para debater os desafios do RH nesse momento de mudanças.
Foram mais de 12 mil inscritos acompanhando de perto as reflexões e os aprendizados de profissionais que fazem a diferença na vida dos colaboradores de empresas líderes de mercado.
Nos dias 14, 15 e 16 de setembro, temos um encontro marcado com profissionais e líderes de empresas como L’Oréal, Heidrick & Struggles, Cia de Talentos, Oracle, Revelo e Qulture.Rocks em um evento 100% online e gratuito.
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