Gestão da Mudança organizacional nas crises: o papel do RH

A palavra da vez é mudança.

Se na nossa vida pessoal estamos constantemente nos adaptando a transformações que exigem serenidade e resiliência, na vida profissional não tem sido diferente.

As empresas enfrentam uma realidade que exige adaptação contínua, inovação e capacidade de transformação em todos os níveis da organização.

Mas sabemos que toda mudança gera resistência.

E a pergunta mais importante é: diante de um cenário em que a mudança é sinônimo de sobrevivência e evolução, temos tempo a perder?

Um levantamento da Harvard Business Review identificou que 70% das mudanças propostas nas organizações não saem do papel.

É um número preocupante, que revela o impacto negativo da resistência, tanto de colaboradores quanto de lideranças, nos processos de transformação.

Agora pare e pense: se mesmo em condições favoráveis 7 em cada 10 mudanças falham, imagine quando o cenário é desafiador ou incerto.

O fato é: o mundo como conhecíamos mudou.

Todos, sem exceção, precisamos aprender novas formas de viver, trabalhar e colaborar.

E como área estratégica das empresas, o RH precisa, mais do que nunca, enxergar o lado humano das mudanças e assumir o protagonismo dessas transformações.

Se você entende o seu papel, mas ainda não sabe por onde começar, continue com a gente!

Neste artigo, você vai descobrir o papel do RH na Gestão da Mudança organizacional em tempos de transformação.

Ao final da leitura, ficará claro: as mudanças dependem de pessoas, e por isso, você profissional de RH  é uma das engrenagens mais importantes desse processo!

Gestão da mudança e resistências

Entre os principais desafios para implementar mudanças organizacionais, destacam-se dois pontos:

  1. A resistência dos colaboradores

Aqui entra um dos grandes papéis do RH: engajar por meio do propósito e do diálogo.
Mesmo quando decisões precisam ser tomadas com agilidade, é possível e desejável criar espaços de escuta e cocriação.

Apostar na colaboração e na transparência fortalece a adesão dos times à transformação.

  1. A resistência das lideranças

É essencial fomentar um relacionamento de confiança entre líderes e colaboradores.

Lideranças baseadas apenas em comando e controle são, geralmente, as mais resistentes à mudança.

O RH precisa promover lideranças mais humanas, abertas e preparadas para guiar suas equipes em momentos de transição.

Essas ações ajudam a reduzir a ansiedade dos colaboradores e contribuem para um ambiente mais seguro para mudanças.

Como fazer a Gestão da Mudança organizacional?

Para implementar mudanças com sucesso, é fundamental conhecer os perfis comportamentais dos colaboradores.

O gráfico de difusão da inovação nos ajuda a visualizar essa distribuição:

  • Inovadores e visionários (16%): adotam mudanças com facilidade e entusiasmo. Devem ser identificados e envolvidos desde o início.

  • Conservadores e pragmáticos (68%): geralmente aguardam mais segurança para aderir. Requerem argumentos consistentes e envolvimento progressivo.

  • Céticos e resistentes (16%): tendem a questionar ou rejeitar a mudança. É necessário escuta ativa e estratégias mais específicas para engajá-los.

Com essa visão, é possível traçar estratégias personalizadas para cada grupo.

No próximo tópico, apresentamos uma das ferramentas mais eficazes nesse processo: o modelo ADKAR.

ADKAR na Gestão da Mudança organizacional

O modelo ADKAR, desenvolvido pela Prosci, parte de uma premissa simples e poderosa: mudanças organizacionais só acontecem quando as pessoas mudam.

Veja cada etapa:

A – Awareness (Consciência)

O primeiro passo é criar a consciência de que a mudança é necessária. Isso significa explicar de forma clara o motivo da mudança, os riscos da inércia e os benefícios esperados.

D – Desire (Desejo)

Depois de entender a necessidade, os colaboradores precisam desejar a mudança. O RH deve conectar a transformação aos propósitos e motivações pessoais de cada um.

Quando os colaboradores se veem como parte ativa do processo, a resistência tende a diminuir.

K – Knowledge (Conhecimento)

Aqui entra a capacitação: o RH deve fornecer informações, ferramentas e treinamentos para preparar os colaboradores.
Reuniões regulares, newsletters internas e canais abertos de comunicação ajudam a reforçar a cultura e esclarecer dúvidas.

A – Action (Ação)

Agora é hora de agir! Estruture a mudança, defina os responsáveis por cada etapa e assegure que todos tenham o suporte necessário.

Evite a sobrecarga emocional e os saltos bruscos. Leve os colaboradores da zona de conforto para a zona de aprendizado, onde podem evoluir com apoio.

R – Reinforcement (Reforço)

Para que a mudança se consolide, é preciso reforçar comportamentos e celebrar conquistas.

Comunique os avanços, reconheça boas práticas e compartilhe aprendizados.
A transparência e o reforço positivo ajudam a sedimentar a nova cultura.

Gestão da Mudança: é hora de olhar para as pessoas!

Fazer Gestão da Mudança é um desafio enorme, afinal, estamos lidando com expectativas, emoções e comportamentos humanos.

Mas é justamente por isso que o RH tem um papel tão relevante.

Quando temos clareza de propósito e foco no desenvolvimento das pessoas, a transformação deixa de ser uma ameaça e passa a ser uma oportunidade.

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Giovana Chimentão

Escrito por

Giovana é apaixonada por impulsionar o desenvolvimento pessoal e profissional. Atua como Diretora de Educação na Escola Conquer, instituição de educação executiva e pós-graduação. É responsável por liderar equipes nas áreas de desenvolvimento de produtos, MKT de conteúdo e experiência do cliente, com foco em inovação e excelência. Tem MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios e um Mestrado em Educação pela UEL. Além disso, cursou a University of Cambridge, onde obteve seu diploma em Metodologia e Treinamento. O seu objetivo é inspirar outros a alcançarem seu potencial máximo através da educação!

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