O que fazer quando você não sabe o que fazer?
Na nossa rotina profissional, está se tornando comum nos vermos diante de tarefas cada vez mais desafiadoras. E com elas, vem o sentimento de dúvida sobre qual caminho tomar.
Isso acontece porque as empresas estão precisando ser ágeis em essência para acompanhar o ritmo das mudanças e otimizar suas operações. E algumas também estão se tornando mais horizontais, aumentando o escopo e as responsabilidades no trabalho.
Com mais mudanças e mais tarefas, surgem mais perguntas e desafios. E, nesse compasso, as respostas das perguntas de ontem não servirão para as de amanhã.
Então, como dar conta deste cenário? A resposta está em desenvolver em seus times uma habilidade chamada Learning Agility. Vamos conhecer mais sobre ela juntos?
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Learning Agility é uma mentalidade e um conjunto de práticas que ajudam as pessoas a conquistar novas skills de forma consciente e contínua, aprender com a experiência, superar desafios cada vez mais complexos e prosperar em meio a mudanças.
É você ir de forma consciente em direção ao aprendizado, colocar esse propósito em cada momento da sua vida. É se treinar para sempre pensar: o que eu aprendi com essa experiência?
E ao contrário do que o nome sugere, não é aprender rápido. O verdadeiro sentido dessa agilidade está no fato de que ela nos ajuda a acompanhar a velocidade das mudanças do mundo.
Veja só mais 3 pontos que vão te ajudar a entender a ideia por trás da Learning Agility:
A empresa não evolui se as pessoas não aprendem.
Se o colaborador não aprende coisas novas, a empresa não cria estratégias novas e tem dificuldade em acompanhar a velocidade do mercado, desperdiçando o seu potencial.
É esse poder de estar em constante reinvenção da Learning Agility que ajuda a mover o ponteiro em épocas boas e principalmente em épocas ruins, deixando a empresa mais resistente aos efeitos do tempo.
Isso ficou ainda mais óbvio durante a pandemia. O mundo corporativo virou de cabeça pra baixo com mudanças aceleradas e surgiu uma necessidade de aprendizado inédita e faminta.
Nesse sentido, a empresa que já explorava a Learning Agility de forma consciente teve uma jornada mais tranquila.
Além disso, a Learning Agility é muito conhecida como uma ferramenta para prever o potencial das pessoas e encontrar as verdadeiras estrelas do time. Quem tem essa habilidade automaticamente tem uma predisposição maior a fazer grandes entregas.
Mas para colher bons resultados, precisamos conhecer um pouco mais sobre Learning Agility. Por isso, na sequência vamos mergulhar fundo nos pilares dessa habilidade.
Os primeiros estudos sobre Learning Agility foram publicados há cerca de 20 anos, então, não estamos falando de um conceito tão antigo assim.
Nesse sentido, temos duas correntes de pensamento que dominam as conversas sobre Learning Agility. Uma difundida pelo Instituto Korn Ferry e outra criada pelo Dr. Warner Burke.
Como as duas são complementares e válidas, vamos falar um pouco sobre ambas, começando pela da Korn Ferry. Segundo o instituto, a Learning Agility tem 5 fatores:
• Autoconsciência: é entender seus pontos fortes e fracos, refletir sobre eles e buscar feedback e insights constantemente.
• Agilidade mental: é fazer conexões entre áreas diferentes, se manter sempre curioso e abraçar a complexidade das coisas.
• Agilidade com pessoas: é ter a mente aberta em relação aos colegas, gostar de interagir com pessoas diferentes e não levar questões de trabalho para o lado pessoal.
• Agilidade com mudanças: é o apetite para liderar transformações e explorar novos caminhos.
• Agilidade com resultados: é entregar bons resultados mesmo situações difíceis e gostar de enfrentar desafios
Já para o Dr. Burke, seus estudos concluíram que existem nove dimensões que compõem a habilidade. Elas são conhecidas no meio acadêmico como o Inventário de Learning Agility de Burke:
• Busca por feedback: perguntar aos outros sobre sua performance e sobre a qualidade das suas ideias.
• Busca por informação: usar várias formas de obter conhecimento para se manter atualizado dentro da área de atuação.
• Risco em performance: buscar ativamente novas tarefas, cargos e projetos que contém oportunidades de desafio.
• Risco em relacionamentos: contrapor os colegas de forma saudável, que leve ao aprendizado e a mudanças positivas.
• Colaboração: encontrar maneiras de trabalhar com os outros que gerem novos aprendizados.
• Experimentação: testar abordagens, ideias e ferramentas para determinar o que realmente funciona.
• Reflexão: desacelerar para avaliar sua performance e assim encontrar novas formas de ser mais eficaz.
• Flexibilidade: estar aberto a novas ideias e propor soluções fora da caixa.
• Velocidade: agir com rapidez de modo que o que está funcionando seja acelerado, e o que não está, abandonado.
Saindo agora um pouco da teoria, como a Learning Agility se manifesta na vida real? Quais atitudes os aprendizes ágeis têm no dia a dia?
Falando de uma forma bem sucinta, as pessoas com Learning Agility são aquelas que não esperam o tempo abrir. Elas dançam na chuva.
E, para que essa ideia fique mais clara pra você, vamos conversar um pouco sobre como alguém com agilidade de aprendizado lida com a busca por conhecimento, com desafios e com relacionamentos.
Um profissional com Learning Agility:
Um comportamento específico do profissional com Learning Agility é relacionar conceitos de áreas diferentes para alcançar seus objetivos.
Trazendo um exemplo prático, é quando um profissional de Gestão de Pessoas aplica o design thinking para resolver um problema, ou usa técnicas de copywriting para engajar colaboradores. Conceitos que são de Produto e de Marketing, respectivamente.
É uma pessoa inquieta, autocrítica e em constante desenvolvimento, sempre se estimulando de forma consciente a aprender mais e com qualidade. Para o profissional com Learning Agility, toda e qualquer experiência tem potencial de aprendizagem.
Quem domina a Learning Agility fica confortável lidando com a incerteza e os riscos que acompanham os desafios.
Dessa forma, tem inteligência emocional suficiente para se manter calmo e concentrado em superar cada obstáculo que compõe o problema.
Também por causa desse conforto, esse profissional gosta muito de novas experiências, novos desafios e de experimentar abordagens diferentes mesmo que a situação seja incerta ou ambígua.
É uma pessoa que desafia o status quo com frequência, perguntando: qual seria um outro jeito de lidar com isso?
Falando ainda dessa incerteza, não precisa de respostas 100% concretas para tomar decisões. Além de segurança e agilidade para recalcular a rota se for preciso.
Explorando o poder da “agilidade com pessoas”, cultiva uma relação muito honesta, madura e eficiente com os outros no ambiente de trabalho.
Isso porque, quando você tem Learning Agility, você não só é aberto aos feedbacks e a diferentes pontos de vista. Você busca ativamente pela crítica construtiva!
E absorver, refletir e aplicar esse feedback requer que você tenha um certo nível de maturidade nos relacionamentos.
Maturidade que também é demonstrada através de um desapego com suas próprias ideias em favor de soluções melhores.
Também são pessoas que procuram novas experiências de trabalho, como participar de projetos diferentes, conversar com outros times e testar novas ferramentas.
Até aqui, nós praticamente descrevemos o profissional perfeito, concorda?
Pessoas com Learning Agility são realmente difíceis de encontrar e contratar. Inclusive, uma pesquisa de dois estudiosos em LA, Lombardo e Eichinger, estima que apenas 10% das pessoas nascem com a habilidade.
Por isso, é mais barato e eficiente desenvolver a LA nos seus colaboradores atuais.
O primeiro passo pra fazer acontecer é assumir o papel de embaixador da Learning Agility, mostrando para os gestores o potencial dela como grande diferencial competitivo.
É importante que o maior número possível de pessoas acreditem nela. A terra tem que estar fértil para conseguirmos transformar profissionais “sabe tudo” em “aprende tudo”.
Aqui vão 7 ações que te ajudam a cumprir essa missão:
1. Entenda o momento atual da empresa e se alinhe com os objetivos dela. Essas metas são o “que” do negócio, enquanto a Learning Agility é mais o “como”. O alinhamento também ajuda você a trazer mais gestores para o seu time.
2. Bata um papo com as pessoas e pergunte o que elas aprenderam no último mês, semana ou ano. A quantidade e a qualidade dos aprendizados ajuda a distinguir quem já tem a habilidade daqueles que vão precisar de mais desenvolvimento.
3. Com base nisso, crie um ambiente seguro de aprendizagem, tolerante ao erro, com exposição a novas experiências. Dê oportunidades de aprendizado e estimule a busca consciente pelo conhecimento.
4. Inicie os trabalhos com um treinamento. Aqui na Conquer In Company, montamos jornadas personalizadas, de acordo com os desafios da sua empresa, inclusive sobre Learning Agility. Clique aqui para falar com um especialista e saber mais!
5. Conecte pessoas com projetos que aparentemente estão além da capacidade delas. Isso vai ajudá-las a superar seus limites, buscar novos conhecimentos e testar ferramentas, abordagens e conceitos.
6. A busca por feedback é uma atitude que define pessoas com Learning Agility. Para esse comportamento cascatear pela empresa, convença os líderes a tomar a iniciativa e começarem a pedir opiniões construtivas sobre o seu trabalho.
7. Proponha mentorias internas, onde qualquer colaborador pode guiar outro durante um projeto. Isso favorece a cultura de aprendizagem e a troca de experiências, práticas super importantes na construção da Learning Agility.
Vale também deixar bem claro para os colaboradores que todas essas ações acontecem dentro do universo da empresa, no dia a dia. Ou seja, não é tarefa de casa.
Tem mais mão na massa! Preparamos um assessment gratuito para te ajudar a identificar e posteriormente desenvolver a aprendizagem ágil nas suas equipes.
É um questionário com 10 afirmações, que você aplica no colaborador e ele as classifica de acordo com seu nível de concordância com cada uma delas.
Depois, no fim do processo, a pontuação determina o nível de Learning Agility de quem foi avaliado.
Clique aqui para acessar o Assessment de Learning Agility e faça sua cópia do arquivo!
Mas em que momentos usar essa ferramenta? Dentro da Gestão de Pessoas, você pode aplicar o assessment para a tomada de decisão em situações como:
Aqui, a ideia é casar o assessment, o seu gap de talentos e o momento da empresa. Pode ser que agora vocês não possam abrir mão de pessoas com alto nível de flexibilidade, pois acabaram de receber uma rodada de investimentos e precisam de gente que saiba não só acompanhar, mas ditar o ritmo.
Como etapa do seu processo de recrutamento e seleção, o assessment de Learning Agility contribui para que você consiga identificar e priorizar os candidatos alinhados às necessidades mais atuais do negócio.
O momento daquele diretor virar vice-presidente, ou de um gerente virar diretor é delicado, não é? São responsabilidades e desafios que só vão acumulando conforme a pessoa entra em novas fases da carreira. E no caso de uma empresa global, por exemplo, o sucessor terá que lidar com culturas diferentes.
Dessa forma, você pode aplicar o assessment ao longo da trajetória desse profissional para identificar o potencial de liderança e desenhar um plano de desenvolvimento para ele. Também é possível usar o assessment como prova de que a pessoa será um bom sucessor.
Quando avaliamos um colaborador, geralmente dividimos o nosso olhar para a performance e o comportamento dele. Mas observar o aprendizado das pessoas ao longo do tempo é um terceiro prisma muito importante.
Quando combinamos o assessment de aprendizado com avaliações de performance e comportamento, conseguimos cruzar as informações e ter clareza das lacunas que o colaborador precisa desenvolver na sua jornada.
Como nós falamos, uma das características mais importantes de um profissional ágil é a busca e a absorção consciente e constante de feedback.
Mas por mais que a crítica construtiva seja essencial para evoluirmos, é natural que a gente também queira ser elogiado e respeitado pelos nossos colegas, não é mesmo?
Quando somamos isso às circunstâncias nas quais alguns feedbacks são dados (como a confiança no interlocutor), fica fácil para o nosso cérebro se proteger das críticas e assumir uma postura defensiva. Isso impede que o feedback vire combustível para a aprendizagem ágil.
Um outro vilão que bloqueia o sucesso da Learning Agility nas empresas é a fadiga da mudança.
Segundo a Gartner, 54% dos líderes de RH dizem que suas equipes estão cansadas de tantas mudanças causadas pela pandemia. E é difícil culpar as pessoas por estarem se sentindo assim.
Nesse mesmo estudo, a Gartner relacionou a fadiga da mudança com 3 fatores do dia a dia das pessoas: mudanças de rotina, redução da confiança na empresa e diminuição da coesão das equipes.
E como muito do aprendizado ágil se baseia na capacidade das pessoas de prosperarem em meio às mudanças, é essencial para líderes e RHs mitigarem os efeitos desse fenômeno.
Saiba o que você pode fazer para contorná-lo:
Realmente, conseguir desenvolver a Learning Agility naquele colaborador-chave é uma conquista e tanto.
Mas quando o maior número de pessoas adquire a habilidade, a empresa colhe os melhores resultados dela. Nesse momento, a empresa atinge a Enterprise Agility, a agilidade do negócio.
Quer dizer que, através de vários profissionais com aprendizado ágil, ela conseguiu alinhar seus objetivos estratégicos e suas atitudes com a volatilidade e a complexidade do mundo.
Pra chegar nesse nível, nós precisamos criar toda uma estrutura que facilite e mantenha o lifelong learning aceso na companhia.
Na prática, dentro do campo do aprendizado, a empresa ágil precisa ser abundante em direcionamento, propósito, feedback, oportunidade, facilidade e confiança.
Veja abaixo como você pode atender a cada um desses quesitos:
Aprender é difícil. Mas aprender também é uma escolha. E inspirar as pessoas (ou a você mesmo) a fazer essa escolha vai além de criar profissionais acima da média.
Significa iluminar a estrada para que alguém sempre saiba o que fazer e consiga ser um pouquinho melhor todo dia, seja no trabalho ou fora dele.
Somos a Conquer In Company, unidade de negócio da Escola Conquer voltada para empresas, e oferecemos treinamentos corporativos de soft skills, inovação e muitos outros para líderes e times.
Nossos objetivos principais são transformar a educação corporativa do Brasil, mudar comportamentos, gerar resultados e preparar empresas pro agora. Afinal, somos de empresa para empresa, mas principalmente somos de pessoas para pessoas.
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Excelente, o artigo. Dá a impressão que tudo já é conhecido, mas foi colocado de forma bem organizada e didática. Vou aplicar. Aliás, já aplico bastante disso.
Obrigada pelo post!