Realidade Virtual: uma ferramenta para praticar empatia

Acho mais divertido explicar Virtual Reality-VR pelas lentes do filme Jogador Número 1°: uma senhora chamada Gilmore pergunta de forma sarcástica para Wide (nosso astro principal): “Olá Wide! O que […]
22 mar, 2019
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Acho mais divertido explicar Virtual Reality-VR pelas lentes do filme Jogador Número 1°: uma senhora chamada Gilmore pergunta de forma sarcástica para Wide (nosso astro principal): “Olá Wide! O que foi? A vida está deprimindo você?”, mas ela o faz de uma forma sarcástica, justamente porque na história do filme, as pessoas não vivem mais “no mundo real”, e isso o nosso astro principal explica na sequência. Wide fala que nos dias atuais (2045) a realidade é um saco e todos querem escapar dela.

Pra escapar da realidade, as pessoas vão para Oasis, um novo universo digital. Wide explica que elas vão pra lá por tudo que podem fazer, mas ficam por tudo que podem se tornar: altos, bonitos, assustadores, magros, de outro sexo, de outra espécie, etc… você é quem decide. Exceto por comer, dormir e ir ao banheiro, qualquer outra coisa pode ser feita dentro de Oasis, e é por lá que você se conecta com outras pessoas e até constrói grandes amizades.

A partir de agora, toda vez que você assistir, ler ou ouvir uma obra de ficção científica, tenha uma coisa em mente: ficção científica é a forma como enxergamos o presente e entendemos o futuro (uma pena que geralmente gostamos de pensar no pior). Tirando a parte triste do futuro distópico de Jogador Número 1, onde as pessoas não querem mais viver no mundo real e querem ficar apenas no digital, eu espero que o resto se torne real, pois a mesma tecnologia que faz com que queiramos escapar da realidade pode nos dar uma perspectiva completamente diferente sobre o mundo.

Então, realidade virtual (VR ou RV) é sair do mundo concreto e entrar dentro de uma outra realidade, seja um jogo, um filme ou uma festa. Entrar em um mundo digital é entrar em uma ilusão.

Mas esse texto não é para falar sobre jogos de VR, e, sim, sobre como podemos conseguir empatia através dessa tecnologia.

Realidade virtual e empatia

Empatia, segundo o dicionário, é a “ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias”. Para saber mais sobre empatia leia o artigo “O que é empatia, na prática?

Na minha opinião, e acho que na de muita gente, a falta de empatia é um super problema no mundo, e vai ser um hiper problema para o futuro (mas, claro, só se a gente não buscar resolver antes). 

A boa notícia é que já é possível utilizar VR para experimentar de forma mais profunda várias sensações. Seja para entender melhor um familiar ou um amigo, seja para criar um projeto ou até mesmo atender um cliente, o VR pode te transportar para o lugar dessas pessoas, e talvez te fazer sentir um pedaço do que elas experimentam todos os dias. Por isso, eu realmente acredito que podemos ser mais empáticos com a ajuda da realidade virtual.Para experimentar a realidade virtual de uma forma muito simples, você vai precisar de 2 coisas: um smartphone, uma “caixinha de papelão” (comprar / fazer) e, se possível, um fone de ouvido pra melhorar ainda mais a experiência.

Esse equipamento é o que podemos entender como de “entrada” no mundo da VR, mas hoje já temos óculos bem mais avançados. Os dois principais são o Rift e o Vive, que podem ser usados para assistir filmes, jogar, ir a festas virtuais, e até ter jornadas de autoconhecimento… mas por enquanto, com a sua caixinha VR, você já pode ter novas experiências bem legais 🙂

Meu apps preferidos são Stories, Within e o GuardianVR, mas hoje vamos falar sobre esse último. Dá uma olhada em algumas das experiências dele:

The Party

Limbo

First Impression

Gostei dessa especialmente porque quero ser pai um dia, e talvez por ignorância minha não fazia ideia que assim eram os primeiros momentos de um bebê. <Iphone>, <Android>, <Online>. Já vou te avisando: a visão online não é a mesma coisa.

Agora imagine você está criando um produto e se depara com o seguinte dado: Segundo a OMS, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma forma de deficiência, dentre as quais cerca de 200 milhões experimentam dificuldades funcionais consideráveis. Como você pode fazer com que seu time entenda essas pessoas e também as incluam no desenvolvimento do produto que vocês estão criando? Acho que VR pode ser uma boa resposta. Dá só uma olhada aqui.

Resumindo: VR (realidade virtual) é uma das tecnologias emergentes que eu mais acompanho e curto, e enquanto eu não compro o meu tão sonhado equipamento, eu sempre aproveito todas as oportunidades em fliperamas e arcades de realidade virtual. Dá uma conferida pra ver se você encontra alguma na sua cidade 🙂

VR na Conquer

Em parceria com uma startup do Vale do Silício, chamada Panic Lobster, alunos do Coragem (curso de oratória da Escola Conquer) fizeram, em Realidade Virtual, apresentações para diferentes tipos e tamanhos de plateias.

O projeto está em fase piloto na nossa unidade de Curitiba e, com base nos resultados e feedbacks dos alunos, poderá ser escalado para todas unidades da Conquer pelo Brasil!Essa é uma forma de os alunos – que querem aprender a falar bem em público – se colocarem no lugar do palestrante e sentirem como é estar lá na frente ou em cima de um palco com várias pessoas na plateia, que podem ou não estar prestando atenção na apresentação.

Com a Realidade Virtual é possível passar por diferentes situações para despertar a empatia e ajudar a enfrentar medos e inseguranças, com isso, o aprendizado fica muito mais real e interativo para todos.

#QUEROMAIS

Para assistir na TV: Jogador Número 1°

Para assistir no VR: Ghost in the Shell. Quando vi esse trailer, a primeira coisa que fiz foi mandar uma mensagem para o meu amigo crítico de cinema, e dizer: “agora vi uma coisa que pode me fazer ficar horas assistindo um filme em VR. Essa perspectiva de visão é muito incrível.

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